Guimarães - 2º Dia - Castelo de Guimarães - Parte II

Pela rua Dona Mafalda depressa se chega ao Castelo de Guimarães. Desde sempre presente nos livros de história de todos os portugueses, é obviamente de reconhecimento natural e familiar, mas perante a sua presença física, sente-se que ele exerce sobre nós uma enorme força que nos impele à reverência e ao deslumbramento.


 
Fortemente marcado pelos episódios históricos que deram origem a Portugal, o Castelo de Guimarães terá assistido também ao nascimento do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques.
Segundo reza a história, a primeira estrutura militar construída em “Vimaranes”, (Guimarães) data provavelmente do séc. X, mandada edificar por, Mumadona Dias (viúva do conde de Tui, Ermegildo Gonçalves), que herdara do seu marido o governo das terras de Portucale. Esta estrutura defensiva tinha como finalidade a recolha da população em caso de ataque e a defesa do Mosteiro que, Mumadona, ali mandou edificar.

Este mosteiro viria a ser alvo de muitas doações de Mumadona Dias, nomeadamente terras, gado, rendas, objetos de culto e livros religiosos e também o próprio castelo, que na época não devia ser mais do que uma estrutura simples.
Estas terras foram doadas, por volta do ano de 1100, pelo rei Afonso VI de Leão e Castela, a D. Henrique da Borgonha, pelos serviços prestados na luta contra os árabes, dando-lhe também a sua filha natural e mais nova em casamento (D. Teresa de Leão, sua filha ilegítima com D. Ximena Moniz, uma nobre castelhana), formando assim o Condado Portucalense.
 
O Conde D. Henrique e sua esposa instalam-se então em “Vimaranes”, supondo-se que terão erguido um novo castelo, com uma Torre de Menagem e melhorado as estruturas defensivas à sua volta. A exígua moradia, cujos restos ainda se localizam no lado norte, terá sido, dada a sua reduzida dimensão, o lar condal dos pais do Conquistador.
Segundo consta foi ali que terá nascido D. Afonso Henriques, que mais tarde nele resistiu, já na sua luta pela independência, ao ataque das forças do rei Afonso VII, de Leão, em 1127, e no campo de S. Mamede, nas imediações da fortaleza, derrotou, no ano seguinte, as forças de D. Teresa, sua mãe.


É claro que a sua história não parou por aqui, mas o seu forte simbolismo reside e remonta sem sombra de dúvida, ao seu fundamental papel no início da nossa nacionalidade.
 
Assim, o Castelo de Guimarães, como muitos outros, conheceu no decurso dos séculos XVI a XIX, o influxo dos tempos e o desrespeito dos homens, até que o restauro levado a cabo há já algum tempo, logrou restituir às suas muralhas e torres, onde ainda se repercute o eco de épicas lutas, toda a sua grandiosidade e digno simbolismo, restituindo-lhe toda a sua severa e majestosa beleza.
 

Em volta deste belíssimo Castelo existe toda uma áurea de prestígio e honra, emoção e orgulho. A tudo isto há a acrescentar a beleza da paisagem à sua volta e a que se vislumbra do cimo da sua Torre de Menagem, não esquecendo a própria obra de arte feita de pedra, que é o próprio Castelo.


Fonte: Wikipédia.org / http://www.guiadacidade.pt/ http://castelosdeportugal.no.sapo.pt/ http://lazer.publico.pt/

 
 

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