O 6º dia acordou chuvoso. Nas árvores e arbustos o som da passarada era mais abafado, pois havia que recolher da chuva. E como os dias de férias são sempre uma bênção, aquele penúltimo dia no Parque Biológico de Gaia foi passado a descansar e dormiu-se até mais tarde.
A saída ao final da tarde do parque foi
realizada de táxi, que nos levou diretamente até ao Cais de Gaia. Antes de caminharmos até à Ribeira para ali passarmos o fim de ano, queríamos percorrer toda a
zona ribeirinha da cidade de Gaia,
para observarmos as mudanças ocorridas desde a nossa última estadia na cidade,
há já alguns anos atrás.
Situada na margem esquerda do rio
Douro, diante da cidade do Porto,
Gaia está ligada a esta por cinco
pontes: as pontes de D. Luiz I, da Arrábida, do Freixo, de D. Maria Pia
e de S. João, sendo estas duas
últimas ferroviárias. Uma nova ponte foi construída, mesmo ao
lado da centenária D. Luiz I, a Ponte
do Infante, a mais esbelta de todas.
Situando-se no sopé de Gaia
existiu na Idade Média, o Portus Cale,
que veio a dar origem, segundo vários historiadores, ao nome do nosso país, Portugal. Desde essa altura que Gaia é um importante entreposto
vinícola, em especial do Vinho do Porto,
a partir do séc. XVIII.
Depois de muitas décadas ao serviço da atividade portuária de mercadorias,
o Cais de Gaia, nos últimos anos ganhou
nova vida, transformando-se num espaço de convívio, animação e lazer.
Esta zona ribeirinha representa hoje uma área com grande potencial turístico
e é ali que encontramos o seu Centro
Cultural. Os equipamentos construídos orientam-se pelo alinhamento do cais,
alternando construções baixas e espaços livres reduzindo o impacto volumétrico
sobre a margem de modo a manter uma excelente visibilidade sobre o casco urbano
da zona histórica de Gaia.
Utilizando materiais que reforçam a leveza e a transparência das fachadas, como
as largas vidraças, os edifícios são basicamente de dois pisos, cujas
coberturas inclinadas participam no jogo dinâmico das silhuetas características
dos armazéns das Caves do Vinho do Porto.
De todo o Cais de Gaia e
particularmente das esplanadas dos pisos superiores, desfrutam-se inesquecíveis
vistas sobre o rio Douro e a paisagem
Património Mundial da Ribeira do Porto.
Participante e ativo no vaivém das gentes e dos barcos que fizeram a
história do vinho do Porto, o Cais de Gaia é nos dias de hoje o polo
central da vivência urbana.
Passando a Ponte D. Luiz a pé,
rapidamente se chega à Ribeira onde iriamos
passar grande parte da noite daquele dia 31 de dezembro.
Na
esplanada aquecida do restaurante Mercearia, estivemos
tranquilamente sentados, na companhia das pessoas de que mais gostamos, admirando
o espetáculo proporcionado pela paisagem, sem esquecer a garrafa de champanhe e
as doze passas.
À
beira-rio, em pleno centro histórico,com o Douro
aos nossos pés, e mais tarde pelas vielas da Ribeira cheias de gente, a noite decorreu sem sobressaltos e o novo
ano de 2012 foi recebido como sempre, com a certeza que este só será realmente novo, se nele fizermos coisas novas.
Fonte: http://www.caisdegaia.com/
http://www.vngaia.online.pt/
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