Fogo Cruzado


"O perigo do passado era que os homens se tornassem escravos. O perigo do futuro é que os homens se tornem autómatos."

Erich Fromm
 


Nota importante: Quero aqui deixar registado que quando escolho uma série de vídeos para aqui colocar no blogue, é porque já os vi há algum tempo e os acho de excelente conteúdo.

No entanto, quando os aqui coloco, tenho de os ouvir novamente para escrever acertadamente sobre o seu conteúdo, não porque seja obrigada a isso, uma vez que já existem resumos feitos a acompanhar os mesmos, mas sim porque tenho prazer nisso e tenho gosto em os personalizar. Assim sendo, não consigo entender porque é que me impedem de os ouvir novamente, no dia da sua publicação. (Microsoft Hosting, Redmond, Washington, United States)

O trabalho que aqui está feito neste blogue é sobretudo para mim, e dou-o porque acho que poderá ser útil para alguém que o quiser usar. No entanto parece-me que o mesmo está sob fogo cruzado, para quê? O que quer esta gente provar? Que eu própria não existo? Que sou uma fraude ou simplesmente uma máquina?

Fiquem “descansados” que isso jamais serei!...

Quero também dizer que entrarei no meu blogue as vezes que entender, pois a isso tenho direito e verificarei também o registo de entradas as vezes que quiser, porque mais uma vez, friso, a isso tenho direito.

Pé de Vento



Devo acrescentar que aqui serão sempre convidados de honra:


Virtua, Campinas, Sao Paulo, Brazil (desculpe a confusão professor, sou apenas mortal.)

ZON TV Cabo, Lisbon, Lisboa, Portugal

Brasil Telecom S/A - Filial Distrito Federal, Florianópolis, Santa Catarina, Brazil
Obrigada Professores


Fonte: http://www.citador.pt/

Histórias de Viajantes - A Odisseia da Voyager


 “Para aqueles que fazem música, em todos os mundos e em todos os tempos”.
Mensagem escrita no Voyager Golden Record

 
Há 300 anos apenas, a Holanda enviou pela primeira vez barcos que se aventuraram mar dentro e que deram meia volta ao mundo, reunindo conhecimentos do nosso planeta. Hoje já se enviaram naves espaciais a todos os planetas que os nossos antepassados conheciam.

Neste 6º episódio da série Coscos, Carl Sagan leva-nos ao interior do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, em Pasadena, na Califórnia. Ali, no dia 8 de Julho de 1979, a espaço-nave Voyager II, iniciava a aproximação ao planeta Júpiter e às suas luas. Pacientemente explica-nos como funciona o mecanismo da espaço-nave Voyager, mostrando-nos como esta maravilha da técnica contribui de forma incrível, para o nosso conhecimento sobre os astros que nos são próximos.

Explica-nos ainda, como numa espécie de bilhar cósmico a Voyager, ao passar pelos planetas a partir de Júpiter, acelerou o seu caminho, ao ser impelida pela gravidade dos planetas por onde passava, de modo a conseguir ultrapassar o espaço para fora do sistema solar, tornando-se numa nave espacial interestelar, vagando para sempre no oceano cósmico.

Fala-nos também nos famosos discos dourados fonográficos (que eu tantas vezes já referi aos meus alunos), e que viajam a bordo de as naves Voyager I e II, que levam uma mensagem. Eles são um presente de uma ilha azul de civilização no oceano cósmico, para uma outra que o encontrar. Eles contêm também uma saudação em Inglês escrita à mão, que diz: “Para aqueles que fazem música, em todos os mundos e em todos os tempos”. Além de possuírem instruções de uso, contêm uma mostra de fotos, sons, saudações e uma hora e meia de música primorosa com os maiores êxitos da Terra, bem como imagens selecionados, com uma amostra da diversidade de vida e culturas da Terra, sendo dirigidos a qualquer forma de vida extraterrestre (ou a seres humanos do futuro distante) que os encontrem.

As viagens da Voyager de exploração e descobrimento, são as últimas de uma longa série, que caracterizou e distinguiu a espécie humana.

Nos séculos XV e XVI, podia-se viajar de barco de Espanha para os Açores em poucos dias, o mesmo tempo que agora se leva a cruzar aquele pequeno canal que separa a Terra da Lua.

Na mesma época demorava-se alguns meses para se atravessar o Oceano Atlântico e chegarmos aquele que então se chamava o novo mundo, as Américas.  Hoje levamos apenas alguns meses para atravessar o oceano do sistema solar interno e chegarmos a Vénus ou Marte, que são literalmente novos mundos à nossa espera.

Nos séculos XVII e XVIII, podia-se viajar da Holanda à China levando um ou dois anos, o mesmo tempo que agora se leva para se viajar da Terra a Júpiter.

Em comparação com os recursos económicos da sociedade daquelas épocas, custava mais mandar navios veleiros para o extremo oriente, do que custa agora mandar uma nave espacial para os planetas.

Refere a Holanda do séc. XVII, cujos cidadãos iniciaram o curso de uma vigorosa exploração planetária. Recentemente libertada do domínio espanhol a Holanda era uma sociedade revolucionária, mas também racional, disciplinada e criativa, que abraçou o espirito do esclarecimento europeu.

As viagens eram o sangue vital da nova republica e as expedições não tinham um âmbito apenas comercial, pois além dos apelos habituais de ganância, orgulho nacional e sede de aventura, os holandeses eram impelidos por uma vocação científica poderosa e uma fascinação pela novidade, novas terras, novos povos, novas plantas e animais.

Mostra-nos uma sala que na época era a Câmara de Amesterdão e que pela sua riqueza é a memória do orgulho nacional por suas conquistas e prosperidade. Nesta sala mostra-nos esculturas em alabastro, numa delas está Atlas suportando os Céus nos ombros, e em baixo, noutra bela escultura vê-se a Justiça, empunhando uma espada e uma balança em ouro, ladeada pela Morte e pela Punição. E quem é que a Justiça está pisoteando? São a Avareza e a Inveja, as deusas dos mercadores. Os holandeses sabiam que a procura desenfreada pelo lucro, era  uma ameaça séria à alma da nação.

Neste episódio Carl Sagan faz-nos compreender que a paixão pela exploração reside no coração do ser humano. O impulso de ir, de ver, de conhecer, de aprender, deixou expressão em cada cultura. Fala-nos da importância do estudo dessas viagens realizadas há alguns séculos atrás, fazendo uma ligação destas com as viagens espaciais aos planetas do sistema solar.

No fim, comandando a espaço-nave da imaginação segue a trilha da Voyager levando-nos aos anéis de Saturno e ao seu satélite Titã, a maior lua do sistema solar, cuja atmosfera é rica em moléculas orgânicas. E após explorar Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno, a nave Voyager continuará cruzando para sempre o grande oceano interestelar...



Fontes:
http://www.carlsagan.com/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cosmos
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carl_Sagan
http://www.documentarios.org/serie/de
http://www.aeroespacial.org.br/educac
http://pt.wikipedia.org/

Saint-Malo - 16º Dia - Parte I




“Depois da liberdade desaparecer, resta um país, mas já não há pátria.”

François Chateaubriand
 

No dia seguinte ao da chegada a Saint-Malo, pegámos nas bicicletas e fomos até à cidade. Embora a distância seja grande, o terreno é quase na sua totalidade plano, o que torna muito agradável a viagem que se faz em jeito de passeio.
Mas esse prazer é redobrado, quando nos lembramos que estamos a pisar terrenos que guardam memórias de gentes bravas, que souberam ao longo dos séculos riscar o seu próprio destino.
Saint-Malo defendeu desde cedo a sua autonomia perante normandos, franceses e bretões, recusando vassalagem a quem quer que fosse, uma vez que, chegaram a proclamar a República de Saint-Malo no tempo de Henrique IV. As gentes audaciosas da velha cidade, corsários, mercadores ou simples marinheiros, viraram-se desde cedo para o mar, de onde tiraram sempre o seu provento.
Depois de pedalarmos rumo à cidadela e de nos embrulharmos durante algum tempo na cidade moderna, passámos pela marginal que segue paralela à praia, designada por Chaussée du Silon.
A Chaussée du Silon situa-se em frente à Grande Plage du Silon, já bem perto das muralhas da cidade corsária. Naquele dia a maré estava baixa e o areal estendia-se mar adentro, de modo que se podia caminhar com facilidade até ao Fort Petit Bé, situado numa pequena ilhota de maré (Ile Petit Bé), que quando há maré baixa fica acessível por terra.
O Fort Petit Bé é uma fortaleza construída no séc. XVII, que fazia parte de um cinturão defensivo projetado por Vauban para proteger a cidade de Saint-Malo de britânicos, holandeses e navios pirata.
O percurso até ao forte, permite descobrir bons ângulos fotográficos, que oferecem belas perspetivas do sistema de muralhas de Saint-Malo. No entanto a caminhada de ida e volta deverá ser apressada, pois a subida da maré é muito rápida e segundo as indicações do guarda do forte, sobe num espaço de tempo de cerca de 15 min, havendo com frequência, casos de incautos surpreendidos pelo fenómeno.
Bem perto desta pequena ilha existe uma outra, chamada Grande Bé, onde se encontra o túmulo de François Chateaubriand, um escritor, ensaísta, diplomata e político francês que foi um dos nomes maiores da literatura romântica, que teve uma influência decisiva na Europa pela sua obra memorável.
Uma vez visitado o Fort Petit Bé, pegámos nas bicicletas e fomos até à cidadela, que nos mostra praticamente incólumes as altas e belas muralhas também projetadas por Vauban.
De fora do burgo medieval, há alguns pontos que oferecem notáveis perspetivas da cidade e do horizonte para norte e para sul da cidadela.

Para norte, o horizonte alarga-se mar dentro, com o recorte da ilhota de Petit Bé e do Bastião de S. Filipe, à beira da foz do rio Rance, avistando-se a estância balnear de Dinard, do outro lado do estuário, que foi o destino amado pela aristocracia inglesa no final do séc. XIX e cenário de um dos últimos filmes de Eric Rohmer.
Para sul, a muralha acompanha o Quai de Dinan e a Rue de Orléans, que nos leva ao interior da cidadela. Este trecho é especialmente interessante pela possibilidade de observação mais próxima, das austeras fachadas dos palácios de armadores que fizeram a história e a fortuna de Saint-Malo. A partir do Bastião S. Luís, a paisagem é um mar de mastros e velas, dos inúmeros barcos de recreio e outros, que ao sabor da ondulação oscilam na Marina de Saint-Malo.
Fonte: http://www.almadeviajante.com/ http://pt.wikipedia.org/ http://france-for-visitors.com http://www.mercure.com/ http://dobomsensoebomgosto.blogspot.pt/

Chegada a Saint-Malo - 15º Dia - Parte III



 
Depois da visita a Brest, partimos com destino a Saint-Malo, para ali ficarmos 2 noites, antes de rumarmos ao Mont Saint-Michel, já na Normandia, onde terminaria a nossa viagem de ida.

Saint-Malo é uma cidade de tamanho médio/grande, onde o turismo é bastante intenso, sobrepondo-se às restantes atividades e gentes locais. Ali a melhor opção não é a procura de uma AS perto da cidade, mas sim de um bom parque de campismo, sossegado e sem confusões.

Lá chegados seguimos então para o Camping de la Cité d'Aleth, do outro lado do estuário e em frente a Saint-Malo e um pouco longe desta cidade. Outrora foi uma ilha, mas hoje parece-se mais com numa restinga, designada ainda hoje por Ile d’Aleth ou Cité d’Aleth, pois só está ligada ao continente por um istmo que comporta a estrada que a liga a Saint-Malo. O Camping está muito bem situado, é bastante moderno e agradável, e fica situado numa elevação de terreno, com uma excelente vista panorâmica sobre o estuário e Saint-Malo. Nesta Ile d’Aleth existe um antigo forte medieval, que teve outrora muita importância na defesa da zona.

Quanto a Saint-Malo é uma antiga cidade medieval cercada de muralhas, construída com a mesma pedra de granito cinza, que o Mont Saint-Michel. Há sua volta o estuário do rio Rance, forma muitas ilhotas, algumas rochosas e outras formadas por bancos de areia, que dão uma expressão única ao lugar.

A cidade era na Idade Média, uma ilha fortificada na foz do rio Rance, que controlava não só o estuário, mas também toda a zona costeira por aquelas bandas. No entanto a cidade nova de Saint-Malo tem as suas origens num pequeno povoado de origem monástica, que cresceu à volta do Mosteiro de Cézembre, situado numa pequena ilha, próxima de Aleth e fundado pelos santos, St. Aarão (em bretão, Santo Aihran) e St. Brendan, no início do séc. VI.

Outrora além de Saint-Malo, era também o Forte do promontório da Ile d’Aleth (onde fica situado o camping escolhido por nós), situado a sul do centro moderno de Saint-Malo, que comandava as abordagens ao estuário do rio Rance, mesmo antes da ocupação romana.

Nos séculos seguintes, este lugar e o seu forte, tornaram-se famosos como o lar de uma comunidade feroz de piratas-marinheiros, que nunca estiveram sob o controle de ninguém, tendo mesmo durante quatro anos, a partir de 1590, sido, uma república independente. Os Corsaires de Saint-Malo, como eram chamados, não só obrigavam os navios ingleses que passavam no canal, a pagar tributo, como iam buscar tesouros além-mar, ou riquezas que aprisionavam a outros navios que por ali passavam vindos de longe.

Jacques Cartier, que colonizou o Canadá, viveu e partiu de uma das ilhas de Saint-Malo (Ille-et-Vilaine), fazendo três viagens ao Canadá, em busca de ouro, tal como fizeram os primeiros colonos das ilhas Falklands, da Argentina. Estas ilhas, são também designadas de Las Malvinas, cujo nome deriva de les Malouins, os habitantes franceses de Saint-Malo.

Imprimir lendas a estes lugares do norte francês, não significa muito para os pergaminhos de Saint-Malo nem das ilhas em seu redor, pois não lhe acrescentam nenhuma mais-valia artificial. A vida real do burgo dispensa ficções fantasiosas, pois a sua história é atravessada pela exata notícia de muitos feitos audaciosos, não só pela sólida matéria dos sonhos tornados realidade, mas também pelas firmes façanhas das suas gentes que ao longo dos séculos se afirmaram tanto, quanto as largas muralhas de granito da sua orgulhosa cidadela.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/ http://www.almadeviajante.com/ http://ferryto.com.hr/pt

Brest - 15º Dia - Parte II




No final da visita ao Océanopolis, seguimos a caminho de Brest. De dia tudo se vê melhor. Era agora tempo de vermos de relance a cidade, a caminho daquilo que ela nos tinha para oferecer de mais emblemático, que é também o que a marca do ponto de vista histórico.
Seguimos primeiro para a torre medieval da cidade, a Tour Tanguy, que encerra hoje o Museu de História de Brest, de onde se domina todo o porto.
Localizada no bairro Recouvrance num dos poucos edifícios poupados pela Segunda Guerra Mundial, o museu Tour Tanguy visa preservar a memória de Brest. A sua posição no morro em frente do local onde se ergue o castelo, a Tour Tanguy é um testemunho do que resta da arquitetura medieval de uma cidade que foi quase totalmente arrasada durante a 2ª Guerra. A velha torre medieval tornou-se nos nossos dias, uma espécie de caleidoscópio do passado histórico de Brest, graças às suas salas cilíndricas, que guardam as memórias da cidade.
Esta torre fazia parte de um edifício que foi sede de justiça, nos séculos XIV e XV, mudando de mãos várias vezes, para se tornar a moradia do rei da França em 1786. Vendida como propriedade nacional durante a Revolução Francesa, foi convertida a moradia, antes de ser destruída por um incêndio em 1944, tornando-se propriedade da cidade depois da guerra. A torre é o que resta desse antigo edifício e a edilidade transformou-a no atual museu dedicado a Brest antes de 1939, confiando ao pintor e historiador Jim Sevellec a realização de grandes dioramas, que lá se exibem.
A sala no andar térreo, abre a visita, e nela são observados alguns fragmentos da história e região à volta de Brest. A existência da prisão é recordada através de gravuras, assim como cartas geográficas e vários objetos. É ali mostrado um projeto desenhado da antiga Igreja de Saint-Louis (destruída durante a 2ª Guerra), mas também ali se veem os planos de vários pontos da cidade, o mais antigo dos quais data de 1636. A região também é homenageada como muitas gravuras e fotografias das gentes bretãs.
O primeiro andar é dedicado a eventos da história da cidade. O principal interesse do museu encontra-se de facto em seus grandes dioramas, feitos com cuidado e atenção aos detalhes, incluindo muitos sobre a própria história da cidade.
No segundo andar as mostras são feitas em painéis arranjados em forma de livro que mostram fotografias, cartões postais e outros documentos relacionados com a história da cidade. Para finalizar com um toque de originalidade e folclore, os visitantes podem mergulhar no estudo dos desenhos e canções tradicionais ilustradas.
Da plataforma onde se encontra a Tour Tanguy, observa-se o Castelo de Brest, do outro lado do porto, que tantos episódios da sua história têm para nos contar. É o monumento mais antigo da cidade, que foi construído no local de uma antiga fortaleza galo-romana e que hoje é principalmente o resultado de dois períodos de construção: os séculos XV e XVII.
Na cidade também se vê uma alta torre de cerca de 50 m de altura. É um monumento levantado pelos Estados Unidos para lembrar a participação dos seus soldados na Primeira Guerra Mundial. Após esta guerra os Estados Unidos decidiram erigir uma série de monumentos na Europa, homenageando as ações de suas forças armadas durante o conflito. Brest foi escolhida para comemorar os «feitos das Forças Navais americanos e franceses». Esta torre em granito polido tem três andares e está localizada perto da estela que comemora a partida dos mesmos soldados para a América.
Convém explicar que foi em Brest que mais de 800 mil americanos, os «doughboys», desembarcaram desde 12 novembro de 1917 a 28 de novembro de 1918. Enquanto aguardavam a sua transferência para a frente, 80.000 soldados foram alojados em Pontanézen, uma cidade litoral situada a norte, nas proximidades de Brest, que literalmente se tornou uma cidade americana. Em 13 de dezembro de 1918, também foi em Brest, que o presidente Wilson desembarcou e recebeu uma receção triunfal a caminho para a conferência de paz que pôs fim à guerra. E também foi em Brest, que as mesmas tropas americanas voltaram para casa, num processo que durou até agosto de 1919.
Fonte: http://www.univ-brest.fr/ https://maps.google.pt/ http://www.linternaute.com/

Nossos Medos e Fantasias da Perfeição




“A utopia está lá no horizonte. Aproximo-me dois passos, ela afasta-se dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais a alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.”

 Eduardo Galeano

 
O que é ser humano? Um animal frágil que esconde os seus medos? Um corpo finito preso a uma alma que observa o infinito? Uma consciência que percebe a tragédia de viver?

Entre a vida e a morte, entre o céu e o inferno, entre ser e não ser, o ser humano procura por sentido. A saída pode estar na religião, na ciência, nas utopias… Ou o sentido da vida pode estar na total ausência de sentido?

Neste excelente episódio do Café Filosófico, transmitido pela CPFL Cultura, Leandro Karnal, Luiz Felipe Pondé, Oswaldo Giacóia Jr, Marcelo Coelho, Caterina Koltai e Ricardo Goldenberg, reúnem-se para tratar o tema Nossos Medos e Fantasias da Perfeição”.

Nesta multipalestra, filósofos, historiadores, sociólogos, psicanalistas, reúnem-se para falar sobre a condição humana, num debate sobre as perguntas que nunca se calam: Quem somos? Para onde vamos? Como viver no meio de tanta incerteza?

É aí que reside a importância de “pensar”. O mecanismo de “pensar” é acionado de cada vez que precisamos encontrar respostas a perguntas determinadas, e esse é um atributo exclusivo da espécie humana. Por isso esse deverá ser sempre o nosso principal desafio!...

Dos nossos medos
nascem as nossas coragens,
e em nossas dúvidas
vivem as nossas certezas.
Os sonhos anunciam
outra realidade possível,
e os delírios outra razão.
Nos descaminhos
Esperam-nos surpresas,
Porque é preciso perder-se
Para voltar a encontrar-se.

 Eduardo Galeano




Fonte: http://pensador.uol.com.brhttp://olharaesquerda.blogspot.pt ; http://www.youtube.com/watch?v=cfaiBKBBzPU&list=PLjbRZ4RvBP9FQXcJJkrUgQT1DEffeyF7Q

"Escutar o Mundo"



O nome dele é Jonathan, um pequeno e adorável bebé que nasceu surdo, e que só aos oito meses os pais conseguiram um implante capaz de o fazer ouvir. No vídeo podemos ver a reação do bebé assim que o seu implante coclear é ativado e finalmente pôde ouvir pela primeira vez a voz da mãe.
 
Não sei se a melhor parte é quando o bebé fica de boca aberta com o susto e deixa a chupeta cair, ou quase no final, quando fecha os olhos e parece apreciar os sons. :-)
 
O que é o implante coclear? O implante coclear é um dispositivo eletrónico que estimula eletricamente as fibras nervosas, permitindo que um sinal elétrico seja transmitido ao nervo auditivo, para ser descodificado pelo córtex cerebral.
 
Esta verdadeira maravilha da tecnologia permite que os surdos possam ouvir. O momento em que o dispositivo se liga, e o bebé ouve, é tão comovente, que pode levar os mais sensíveis até às lágrimas.
 
Escutar o mundo pela primeira vez para este bebé, foi quase como para mim, quando experimentei pela primeira vez, navegar pelo mundo pela internet, há poucos anos. Fiquei radiante, fiquei estupefacta, fiquei feliz…
 
Também foi através da internet que tive a oportunidade de aprender mais e de ficar melhor como pessoa. A internet tal como o coclear é também um verdadeiro milagre da técnica e é por isso que devemos lutar por todos os meios para afastar de todo o que é negativo nela.
 
Para todos os que pensam como eu, o meu bem hajam. Boa Páscoa para todos.

Brest - Océanopolis - 15º Dia - Parte I



Na manhã seguinte ao acordar em Brest, tivemos a agradável surpresa de estarmos nas margens prazenteiras de uma belíssima marina dedicada a barcos de lazer e à beira do tão desejado Océanopolis, que se destinava visitar. Assim e logo que podemos fomos direitos ao oceanógrafo que é dos mais famosos centros científicos dedicados ao mar da Europa.
 
O Océanopolis é um moderno edifício, que está situado perto da marina de Moulin Blanc. É um amplo oceanógrafo e a forma do primeiro edifício, o pavilhão de clima temperado, lembra um caranguejo e foi projetado pelo arquiteto Jacques Rougerie e inaugurado em 1990.
 
Totalmente remodelado em 2000, com a adição de pavilhões polares e tropicais, o Océanopolis oferece uma abordagem científica para o ambiente marinho como um todo.

Possui 50 aquários, sendo um deles um enorme tanque dedicado aos tubarões. Além das piscinas, possui também vários painéis interativos, que fornecem informações adicionais sobre a biologia das espécies, a proteção do meio ambiente, o funcionamento de ecossistemas...

O centro está dividido em três pavilhões correspondendo a três diferentes ambientes: Ambientes temperado, polar e tropical, onde cerca 10.000 animais e plantas marinhos de 1000 espécies, podem ser encontrados neste complexo.
 
No Pavilhão Temperado podemos ver enormes aquários com muitas algas entre as quais muitas algas da espécie Seagrass (erva do mar), plantas marinhas dos fundos oceânicos que permitem a formação em cativeiro ou não, de ecossistemas para um grande número de pequenos peixes.
 
Este pavilhão temperado foi criado para mostrar os ecossistemas marinhos da região. Na parte inferior da plataforma continental do Atlântico, na praia de areia, descobrimos plantas e animais da costa da Bretanha, em ambientes reconstruídos mas muito realistas.
 
O pavilhão também oferece mais informações sobre os fenómenos físicos, tais como o mar e as marés, bem como dados sobre a ondulação oceânica.
 
No final do pavilhão, os visitantes têm ainda a oportunidade de se familiarizar com a fauna costeira onde se podem observar estrelas-do-mar, anémonas, ouriços-do-mar e outros...
 
No Pavilhão Polar encontram-se os lobos-marinhos que são a grande atração deste pavilhão, que podem ser encontrados quer no polo norte como no polo sul e que ali podemos ver num enorme tanque, onde coabitam com peixes-lapa (Cyclopterus lumpus).
 
Logo no início do pavilhão encontramos os pinguins e diversas espécies de aves que habitam as ilhas subantárticas, que durante um bom bocado de tempo entretêm os visitantes. Um pouco mais adiante, numa área de transição podemos aprender, em painéis interativos, alguma coisa mais sobre as relações alimentares dos animais que vivem no Ártico.
Numa segunda etapa, descobrimos mais animais selvagens ártico, que podem ser encontrados noutro tanque. E um pouco mais adiante, podemos ver três tanques que nos mostram a vida submarina que habita os fundos do Oceano Ártico.
No Pavilhão Tropical é a tartaruga cabeçuda que é um dos pontos fortes do pavilhão. O pavilhão está construído de modo que a visita se faça como uma viagem tropical em quatro etapas, através dos mares tropicais. Cada etapa corresponde a uma área tropical, com uma ou mais piscinas dedicadas ao tema.
A primeira etapa é dedicada ao Oceano Pacífico e aos seus tubarões. A segunda etapa é dedicada ao arquipélago indo-australiano, aos corais e aos habitantes dos recifes de coral. A terceira etapa é dedicada ao Oceano Índico e às grandes famílias de peixes tropicais. A quarta etapa é dedicada aos grupos taxonómicos que se desenvolveram na região do Caribe, as grandes e pequenas Antilhas.
A visita termina com uma caminhada por uma estufa que retrata uma minifloresta, que ali está representada em parceria com a National Botanical Conservatório de Brest.
Fonte: http://fr.wikipedia.org/wiki/Oc%C3%A9anopolis http://www.oceanopolis.com/ http://aquarium.findthebest.com/l/198/Oceanopolis http://fr.wikipedia.org