O Ego e a Paz



Liberte-se do Eu – 3ª Palestra

A educação foi sempre uma das preocupações de Jiddu Krishnamurti. Fundou várias escolas em diferentes partes do mundo onde crianças, jovens e adultos pudessem aprender juntos a viver um quotidiano de compreensão da sua relação com o mundo e com os outros seres humanos, de descondicionamento e de florescimento interior.

Jiddu Krishnamurti durante grande parte da sua vida, rejeitou insistentemente o estatuto de guia espiritual que alguns lhe tentaram atribuir, mas continuou sempre a atrair grandes audiências por todo o mundo, recusando sempre qualquer autoridade, não aceitando discípulos e falando sempre de modo direto aos interlocutores. 

O cerne do seu ensinamento consiste na afirmação de que é necessária e urgente uma mudança fundamental da sociedade, que só pode acontecer através da transformação da consciência individual.

A necessidade do autoconhecimento e da compreensão das influências restritivas e separativas das religiões organizadas, dos nacionalismos e de outros condicionamentos, foram por ele constantemente realçadas.

As suas palestras e escritos não se ligam a nenhuma religião específica, nem pertencem ao Oriente ou ao Ocidente, mas sim ao Mundo na sua globalidade:

"Afirmo que a Verdade é uma terra sem caminho. O homem não pode atingi-la por intermédio de nenhuma organização, de nenhum credo () Tem de encontrá-la através do espelho do relacionamento, através da compreensão dos conteúdos da sua própria mente, através da observação. ()".

Durante a sua vida, viajou por todo o mundo para falar às pessoas, tendo falecido em 1986, com a idade de noventa anos. As suas palestras e diálogos, diários e outros escritos estão reunidos em mais de sessenta livros.




Fontes: http://www.youtube.com/watch?v=RPrPmIcNTGY; http://www.youtube.com/watch?v=VgiPuSLjsSg

Confronto, declínio ou colapso civilizacional


O tempo acaba sempre por levar os grandes projectos e organizações humanas, incluindo as civilizações, ao seu fim.

As civilizações são sistemas adaptativos complexos que funcionam em equilíbrio instável à beira do caos. Colónias de abelhas e formigas, ecossistemas, o cérebro, a Internet, o mercado de acções e os partidos políticos são também sistemas adaptativos complexos, caracterizados por uma rede dinâmica de interacções em que os comportamentos individuais e colectivos dos componentes se auto-organizam e adaptam às condições internas e externas.

As civilizações são também sistemas caóticos porque uma muito pequena perturbação pode, por vezes, conduzir a alterações profundas, praticamente impossíveis de prever. Partilham o “efeito borboleta”, definido pelo matemático e meteorologista Edward Lorenz quando formulou a pergunta: será que o bater de asas de uma borboleta no Brasil pode conduzir a um tornado no Texas?

O bater de asas constitui uma parte das condições iniciais da atmosfera que, por meio de uma cadeia de eventos, pode gerar fenómenos de larga escala. Um sistema é caótico se o seu comportamento for teoricamente previsível mas praticamente imprevisível para intervalos de tempo que não sejam muito curtos, devido a uma grande sensibilidade nas condições iniciais.

A história das civilizações, das suas origens, evoluções e interacções é o reflexo da imensa complexidade e capacidade de adaptação dos sistemas humanos e naturais. Recuemos até ao final da Idade Média para tentar interpretar o presente.

No início do século XV, a China sob a dinastia Ming tinha a civilização mais evoluída do mundo, capaz de assegurar relativamente maior bem-estar a uma parte significativa da sua população. A partir dessa época as posições relativas da Europa e da China inverteram-se, devido, essencialmente, ao desenvolvimento gerado pela competição, por vezes feroz, entre os Estados-nação europeus, à descoberta do método científico, à medicina moderna, à revolução industrial, à democracia representativa, ao direito de propriedade, à legislação laboral e à sociedade de consumo.

Passados cerca de 500 anos, nos finais do século XIX, os países ocidentais exibiam uma espectacular superioridade militar, económica, social e política, liderada pela Grã-Bretanha. As grandes nações asiáticas interrogavam-se sobre este enorme sucesso civilizacional e iniciavam um processo de descoberta, análise e cópia dos elementos culturais e institucionais que o determinavam.

O primeiro país a entrar por esta via foi o Japão. Durante o reinado do Imperador Meiji, de 1868 a 1912, o Japão copiou tudo, desde o vestuário à democracia e ao hábito ocidental de conquista e expansão territorial, que começou a praticar com a Primeira Guerra Sino-Japonesa de 1894-1895.
Seguiram-se os dois gigantes da Ásia, China e Índia, com ritmos e ênfases diferentes na transposição dos elementos-chave culturais, sociais, políticos e económicos do Ocidente. Na China, privilegiou-se a ciência e a tecnologia, a sociedade de consumo e a legislação laboral e rejeitou-se a democracia. Contudo, o sucesso económico foi extraordinário, sem equivalente na História. O PIB cresceu por um factor de 10 em 26 anos, enquanto a Grã-Bretanha levou 70 anos a crescer por um factor de 4 a partir de 1830.

A América Latina e a África evoluem no mesmo sentido. Caminhamos para uma civilização globalizante com modulações culturais, políticas e religiosas e diferenças de fase a nível regional e nacional. Será possível continuar a aplicar este modelo de civilização ocidental a todos os países do mundo até se atingirem os níveis de consumo e bem-estar médios dos actuais países da OCDE? Haverá recursos naturais suficientes para atingir este objectivo num contexto de uma população global que continua a crescer vigorosamente? Creio que não.

Entretanto, o historiador Samuel Huntingdon adverte-nos que a política global do século XXI será dominada pelo confronto de civilizações e que as suas linhas de fractura serão as frentes de batalha do futuro. Não restam dúvidas de que os EUA e a China se enredam numa rivalidade crescente que poderá gerar um conflito armado mas, actualmente, ambos integram a mesma civilização global.

As elites dos EUA vivem num permanente pesadelo de a supremacia económica mundial passar para a China, provavelmente já em 2020, e analisam até à exaustão tudo o que poderá fazer descarrilar a sua ascensão explosiva.

Simultaneamente, há no Ocidente sinais claros de declínio civilizacional. A crise financeira e económica de 2008-2009 nasceu no cerne do Ocidente, nos EUA, e deve-se, essencialmente, à desregulamentação dos mercados financeiros, alimentada por uma ganância ferina e implacável e à crescente escassez e consequente aumento de preços de alguns recursos naturais provocada pela gigantesca procura nos países com economias emergentes, em especial a China.

No que respeita ao primeiro factor, a situação actual caracteriza-se por uma grande incapacidade política para recuperar da crise, especialmente na União Europeia, que começa a dar sinais de desagregação. Curiosamente são os EUA e o Japão, com fortes políticas monetárias expansivas, que estão a ter algum sucesso na recuperação do crescimento económico, enquanto no continente onde nasceu a civilização ocidental, a UE, agora comandada pela Alemanha, segue uma política de austeridade que a está a levar para um declínio ainda maior.

No que respeita ao segundo factor, ele afecta todos os países do mundo e resulta da aplicação global da civilização que nasceu no Ocidente. Na China, há também uma forma de declínio civilizacional, mas de natureza diferente, porque resulta da progressiva e dramática poluição do ar, da água e dos solos provocada por um uso insustentável dos recursos naturais. Como exemplo, note-se que se estima em 1,2 milhões o número de pessoas que morreram prematuramente na China no ano de 2010 devido à poluição do ar.

Paul Ehrlich, o conhecido biólogo norte-americano, vai mais longe num artigo recente intitulado “Poder-se-á evitar o colapso da civilização global?” De acordo com Ehrlich, as razões do colapso seriam de natureza ambiental associadas principalmente às alterações climáticas, à crescente escassez de água e de outros recursos naturais, à perda de biodiversidade e a uma poluição galopante do ar, da água e dos solos em algumas regiões do mundo.

Há vários exemplos na História de colapsos, ou seja, de situações de grande perda da complexidade social, política e económica, acompanhada por uma dramática diminuição da população, em que a degradação ambiental desempenhou um papel importante, tais como a Suméria, os maias e a população isolada da Ilha da Páscoa. Há também exemplos de grande resiliência civilizacional, sendo os mais notáveis o Egipto e a China, que foram capazes de repetidamente recuperar e reflorescer. A diferença no futuro é que o colapso seria de natureza globalizante.

Estou convicto de que mergulhámos num declínio civilizacional global com características circunstanciais diversas no Ocidente e nos outros países. Creio ser possível, mas difícil, de o inverter mediante uma transição civilizacional, mas estamos muito longe do colapso. Penso sobretudo que estão a nascer novas gerações, cerca de 353 mil pessoas por dia, com a capacidade de adaptação, a consciência, a vontade e a inteligência que têm caracterizado o Homo sapiens. Temos de fazer florescer a nossa esperança.


Filipe Duarte Santos, in Jornal o Público de 31/05/2013

Filipe Duarte Santos é professor catedrático da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e autor de vários trabalhos sobre alterações climáticas em Portugal e no mundo.

Oceanos

Hoje dia 8 de junho é Dia Mundial dos Oceanos. A celebração dos Oceanos teve origem na Conferência da ONU sobre Ambiente e Desenvolvimento, que se realizou na cidade brasileira do Rio de Janeiro em 1992.

Vários países celebram a data, mostrando a importância dos oceanos no clima e como elemento essencial da biosfera.

A importância dos oceanos para a preservação das espécies e da biosfera são alguns dos factos destacados pelas Nações Unidas, que escolhe todos os anos um tema central para o debate de novas ideias e projetos de preservação e proteção dos oceanos.

Este documentário é uma delícia. Neste dia nada como vermos e ouvirmos a mensagem nele transmitida. Boa visualização e audição.




Fonte: http://www.calendarr.com/; https://www.youtube.com/watch?v=ezStRkLXxPM

Humildade


“Meus pais não eram cientistas. Eles não sabiam quase nada sobre Ciência. Mas ao motivarem-me simultaneamente para o ceticismo e para o saber, ensinaram-me os dois modos de pensamento coexistentes e essenciais para o método científico.”

Carl Sagan


Carl Sagan foi durante toda a sua vida um grande defensor do ceticismo e do uso do método científico, promovendo a busca por inteligência extraterrestre através do projeto SETI, instituindo o envio de mensagens a bordo de sondas espaciais, destinados a informar possíveis civilizações extraterrestres sobre a existência humana, na Terra e na Galáxia Via Láctea.

Mediante as suas observações da atmosfera de Vénus, foi um dos primeiros cientistas a estudar o efeito estufa em escala planetária. Também fundou a organização não-governamental Sociedade Planetária e foi pioneiro no ramo da ciência exobiologia.

Mas Sagan é também considerado um dos divulgadores científicos mais carismáticos e influentes da história, graças à sua capacidade de transmitir as ideias científicas e os aspetos culturais ao público não especializado.

Este vídeo é uma prova disso!...



Fontes: http://obiroska.blogspot.pt/2013/03/carl-sagan-video-humility-humildade.html; https://www.youtube.com/watch?v=HRlQ1_KRCCw

Fim de Semana de Primavera no Baixo Alentejo

 
O fim de semana de 17, 18 e 19 de maio levou-nos até ao Baixo Alentejo. O Alentejo é sempre uma boa escolha, mesmo quando não se tenha um interesse particular. No entanto desta feita foi um evento especial que nos levou até lá.

Queríamos ir ver como se faziam feiras na da antiga "Mirtolah muçulmana", que naquele final de semana iria tentar recriar-se mais uma vez em Mértola. Mas nela queríamos ainda encontrar arqueologia, história e natureza.
Queríamos ir até à vizinha e antiga Mina de São Domingos, um local sossegado e singular, com uma belíssima praia fluvial, e que outrora foi uma pobre povoação que cresceu à volta de uma importante mina de exploração de cobre.
E finalmente, também queríamos ir até a um lugar com vistas fantásticas, que se enquadram num cenário de sonho, em pleno Parque Natural do rio Guadiana, onde a natureza inspira qualquer caminheiro, pelas suas formas bem talhadas, pela forte corrente do rio, pelo ribombar de uma queda de água, no lugar do Pulo do Lobo.
Neste final de semana o itinerário para ir e voltar foi:

1º Dia – Casa; Mértola;

2º Dia – Mértola; Minas de São Domingos;

3º Dia – Minas de São Domingos; Pulo do Lobo; Casa.

Fontes: http://www.sal.pt/default.htm ; http://www.visitalentejo.pt/; http://www.avesdeportugal.info/sitminasaodoming.html

O Ambiente Nosso Amigo

 
O Dia Mundial do Ambiente é celebrado hoje, dia 5 de junho. É um evento anual que tem como objetivo principal, assinalar ações positivas de proteção e preservação do ambiente e alertar as populações e os governos para a necessidade de o salvar.

Salvar a Natureza é mais do que um dever do ser humano, é um favor que ele faz a si próprio.
 
Fontes:
https://www.youtube.com/watch?v=3xSKc8JQM6U; http://www.calendarr.com/;

Santuário de Lourdes - 23º Dia - Parte II





Uma vez no Santuário de Lourdes fomos visitar os seus lugares mais emblemáticos. Dirigimo-nos em primeiro lugar à Gruta onde Nossa Senhora apareceu a Bernadette Soubirous, que naquele dia estava repleta de gente.  

Aliás no verão e em especial durante as férias grandes, Lourdes fica cheia de turistas e peregrinos. Não é fácil achar vaga nem nos comboios, nem nos hotéis, sendo preciso fazer fila para tudo, até para entrar na Gruta das Aparições.

Para complicar a situação na hora da nossa chegada ao Santuário, decorria uma das muitas procissões que diariamente ali se realizam, sendo uma das paragens obrigatórias a Gruta, e por isso levou muito tempo a ser desimpedida, pelo que deixámos a sua visita para o final.

No entanto é sempre interessante observar uma procissão em Lourdes. Desde as varandas / passadiços por cima das arcadas que levam à Basílica do Rosário, assistimos à bênção do Santíssimo (bênção dedicada especialmente às pessoas enfermas) e à Via Sacra.

Depois sobe-se a caminho da Basílica do Rosário. Esta é uma Basílica esplendida, em estilo romano-bizantino que embora pequena tem um riquíssimo interior, onde se destacam belíssimos painéis com mosaicos a toda a volta do seu interior.

Também esta basílica estava cheia de gente que assistia a uma missa, e foi assim em todas os lugares visitados naquele dia. Por cima desta ainda se encontra a Basílica Superior, também uma belíssima e elegante igreja.

De facto, no perímetro do Santuário existem nada mais nada menos que 4 basílicas. Por ordem de antiguidade, temos a Basílica da Imaculada Conceição, a de Nossa Senhora do Rosário, a Nova Basílica de Santa Bernardete Soubirous (anos 80) e a gigantesca Basílica de Santo Pio X, a última a ser visitada por nós e que tem a particularidade de ser subterrânea.

Na primeira destas, estão depositadas algumas relíquias de Santa Bernardete, já que o seu corpo incorrupto está exposto na Catedral de Nevers, onde ela viveu os últimos anos de vida num convento.

Há entrada da Basílica do Rosário existe um terraço de onde se desfrutam belas vistas sobre todo o complexo do Santuário, da cidade de Lourdes e do rio. Por baixo dela existe a Cripta, que é também uma igreja em ponto pequeno.

Também por baixo e a norte da Basílica de Nossa Senhora do Rosário, está a famosa Gruta onde se deu uma das 18 aparições de Nossa Senhora e onde nos espera sempre uma enorme fila.

Ali perto pode ser bebia a água de Lourdes, que a tradição diz ser água abençoada. De facto numa das primeiras aparições, Nossa Senhora terá dito que todos deviam beber daquela fonte e então foram construídos vários pontos de distribuição daquela nascente ao longo da parede da Basílica.

Finalmente e só depois da visita à Gruta a fim de serem colocadas velas pela família, encaminhámo-nos para a Basílica de Pio X.

Na gigantesca nave subterrânea que constitui a Basílica de Pio X, mais uma missa. Desta feita era uma missa internacional que se iniciava, pelo que resolvemos assistir na íntegra. A missa foi rezada nas seis línguas oficiais do Santuário, Francês, Inglês, Italiano, Espanhol, Holandês e Alemão.


A partida ao final da tarde de Lourdes levou-nos rumo a casa, onde iria finalizar esta viagem. Mais uma paragem para dormida e uma nova partida seguida de uma jornada de esticão até Portugal, resumem o final desta viagem.


Fonte: https://www.youtube.com/  http://peninha.bloguepessoal.com/432827/Lourdes-e-Pic-du-Jer/; http://pt.wikipedia.org/wiki/Nossa_Senhora_de_Lourdes

O cérebro pode-se transformar a si próprio?


“Liberdade requer muita disciplina. Liberdade implica, grande humildade, inata disciplina interna e trabalho.”

Jiddu Krishnamurti




Jiddu Krishnamurti (Madanapalle, 11 de maio de 1895 — Ojai, 17 de fevereiro de 1986) foi um filósofo, escritor, e educador indiano.

Entre os seus temas favoritos estavam incluídos, a revolução psicológica, meditação, conhecimento, liberdade, relações humanas, a natureza da mente, a origem do pensamento e a realização de mudanças positivas na sociedade global.

Jiddu Krishnamurti constantemente ressaltou a necessidade de uma revolução na psique de cada ser humano e enfatizou que tal revolução não poderia ser levada a cabo por nenhuma entidade externa, seja religiosa, política ou social. Uma revolução que só poderia ocorrer através do autoconhecimento e da prática correta da meditação, ao homem liberto de toda e qualquer forma de autoridade psicológica.

Esta é a 1ª Palestra que Jiddu Krishnamurti deu ao vivo, subordinada ao tema “Um Mundo de Paz” - dada em 27 agosto 1983, no Brockwood Park School, em Inglaterra. Nela Jiddu Krishnamurti fala-nos na possibilidade do cérebro realizar a mutação necessária ao pleno entendimento.

Estas são as perguntas a que Jiddu Krishnamurti se propôs responder:

- É possível efetuar uma mutação nas próprias células cerebrais condicionadas por milhares de anos?

- Ou se diz que isso não é possível e se põe fim à investigação, ou se diz eu realmente não sei.

- Sem qualquer escolha estou consciente de que meu cérebro está condicionado?

- Qual é a natureza do condicionamento?

- É essencialmente experiência e conhecimento?

- Porque a estrutura da psique é essencialmente baseada no conhecimento?

- O que sou eu sem memória?

- É possível viver psicologicamente sem memórias?

- A divisão entre memória e o observador cria conflito?



Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jiddu_Krishnamurti: http://www.youtube.com/watch?v=eu6cU1XE5CQ;http://www.youtube.com/watch?v=qNhw1zdX4Vw

A Razão, o Passado, o Presente e o Futuro


Razão, irmã do Amor e da Justiça,
Mais uma vez escuta a minha prece.
É a voz dum coração que te apetece,
Duma alma livre só a ti submissa.

Por ti é que a poeira movediça
De astros, sóis e mundos permanece;
E é por ti que a virtude prevalece,
E a flor do heroísmo medra e viça.

Por ti, na arena trágica, as nações
buscam a liberdade entre clarões;
e os que olham o futuro e cismam, mudos,

Por ti podem sofrer e não se abatem,
Mãe de filhos robustos que combatem
Tendo o teu nome escrito em seus escudos!
Antero de Quental, Hino à Razão, in "Sonetos”

A ideia da série "Conversas Vadias" era confrontar o Professor Agostinho da Silva com perguntas das mais variadas personalidades da vida nacional. O jornalista e escritor português Manuel António Pina, falecido no ano passado e premiado em 2011 com o Prémio Camões, foi o interlocutor deste programa.

Começando por definir a sua ideia de poeta, "aquele que cria", Agostinho da Silva continua por aí fora, a explanar o seu pensamento.

A ideia de que todos nós devíamos morrer sem matar a criança que existe dentro de nós é outra teoria de Agostinho da Silva. Chega mesmo a fazer um trocadilho de palavras, considerando que ser adulto é ser adulterado.

Fala depois de novo dos homens do século XIII que foram, segundo o Professor, os arautos do futuro.

Com realização de António Marques Pinto, esta entrevista é mais uma interessante lição do Professor Agostinho da Silva.


Fontes: http://www.citador.pt/  
http://www.rtp.pt/programa/tv/p17695/e6;http://www.youtube.com/watch?v=ScQGh-RpD4M&list=PLB1cvCMdrns5lS7HC2nbJRWNNo1EVpKPP

Em Louvor das Crianças

O que se fizer com as crianças hoje, elas farão com a sociedade amanhã.
 
Karl Menninger
 

Brinca enquanto souberes!
Tudo o que é bom e belo
Se desaprende...
A vida compra e vende
A perdição,
Alheado e feliz,
Brinca no mundo da imaginação,
Que nenhum outro mundo contradiz!
Brinca instintivamente
Como um bicho!
Fura os olhos do tempo,
E à volta do seu pasmo alvar
De cabra-cega tonta,
A saltar e a correr,
Desafronta
O adulto que hás-de ser!

Miguel Torga, Brincar 
 
Hoje é Dia Mundial da Criança. É um dos dias mais especiais do ano, inteiramente dedicado aos seres de palmo e meio de todo o mundo.

Relembra a proclamação, pela ONU, da Declaração Universal dos Direitos da Criança.

Mas este dia deve ser sobretudo, para que nós adultos paremos para pensar sobre o presente e o futuro das nossas crianças.

É precisamente por isso que aqui deixo este vídeo, para nos ajudar a refletir sobre a importância de cuidar bem das nossas crianças, que representam o futuro.

De acordo com o educador Mário Sérgio Cortella, nós estamos a gastar o futuro por antecipação. Isto significa que nós estamos a gastar os meios que permitiriam a existência de próximas gerações.

Boa visualização e audição…



Fonte: http://lazer.publico.pt/noticias/320554_dia-mundial-da-crianca https://www.youtube.com/watch?v=t3C-N2gdlxI&list=PL99F0CF7C79524111 http://www.citador.pt/