A Razão, o Passado, o Presente e o Futuro


Razão, irmã do Amor e da Justiça,
Mais uma vez escuta a minha prece.
É a voz dum coração que te apetece,
Duma alma livre só a ti submissa.

Por ti é que a poeira movediça
De astros, sóis e mundos permanece;
E é por ti que a virtude prevalece,
E a flor do heroísmo medra e viça.

Por ti, na arena trágica, as nações
buscam a liberdade entre clarões;
e os que olham o futuro e cismam, mudos,

Por ti podem sofrer e não se abatem,
Mãe de filhos robustos que combatem
Tendo o teu nome escrito em seus escudos!
Antero de Quental, Hino à Razão, in "Sonetos”

A ideia da série "Conversas Vadias" era confrontar o Professor Agostinho da Silva com perguntas das mais variadas personalidades da vida nacional. O jornalista e escritor português Manuel António Pina, falecido no ano passado e premiado em 2011 com o Prémio Camões, foi o interlocutor deste programa.

Começando por definir a sua ideia de poeta, "aquele que cria", Agostinho da Silva continua por aí fora, a explanar o seu pensamento.

A ideia de que todos nós devíamos morrer sem matar a criança que existe dentro de nós é outra teoria de Agostinho da Silva. Chega mesmo a fazer um trocadilho de palavras, considerando que ser adulto é ser adulterado.

Fala depois de novo dos homens do século XIII que foram, segundo o Professor, os arautos do futuro.

Com realização de António Marques Pinto, esta entrevista é mais uma interessante lição do Professor Agostinho da Silva.


Fontes: http://www.citador.pt/  
http://www.rtp.pt/programa/tv/p17695/e6;http://www.youtube.com/watch?v=ScQGh-RpD4M&list=PLB1cvCMdrns5lS7HC2nbJRWNNo1EVpKPP

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