Liberdade, onde estás? Quem te demora?




“Não é bom viver no Portugal onde reina o engano e a mentira institucionalizada.”

«Este artigo é um panfleto. Não acrescenta nada de novo àquilo que digo há mais de dois anos, pelo que não tem interesse mediático. Não é distanciado, nem racional, nem equilibrado, nem paciente, nem tem um átomo da imensa gravitas de Estado que enche a nossa vida pública no PS e no PSD, cheia daquilo a que já chamei redondismo e pensamento balofo. Como vêem já disse isto tudo e estou-me a repetir. Não é sequer um artigo feliz, que se faça com gosto e prazer. Prescindia bem de o fazer para falar de outras coisas, refrigérios da alma, como se dizia no passado, seja livros, seja o Inverno, seja algum momento especial, uma descoberta de amador curioso, uma coisa que se aprendeu, uma calmaria hegeliana do espírito, ou uma negatividade divertida e sagaz.

Bem pelo contrário. Não ilumina, não é feito pela curiosidade, é feito em nome da voz que não tem voz e por isso tem muitos adjectivos e podia ser todo escrito em calão, aqueles plebeísmos, grosserias e obscenidades que tem nos dias de hoje a enorme vantagem de não conter hipocrisia, porque são palavras inventadas contra a hipocrisia. Ao menos, vamos hoje usar o esplendor das belas palavras do português contra o abastardamento da língua como maneira de falarmos uns com os outros, de nos entendermos na simplicidade do povo comum, ou na riqueza criativa de uma velha fala, capaz de tudo se a deixarmos à solta, mas magoada e ferida pelo seu uso para esconder vilezas e malfeitorias, e acima de tudo para esconder arrogâncias ignorantes, que é a moeda falsa que para aí circula.

Pode ser porque eu dou valor às palavras — uma sinistra manifestação da condição suspeita de intelectual — que me repugna, enoja, irrita, indigna, encanita, faz-me passar do sério, a sua sistemática violação pelo governo. Violação, exactamente como as outras violações. Devia haver uma lei não escrita para punir a violência feita com as palavras e pelas palavras, como há com a violência doméstica, a violência contra os mais fracos, o abuso do poder. Devia haver uma lei não escrita para punir o envenenamento das palavras pela desfaçatez lampeira, a esperteza saloia.

De novo, pela pecha de ser intelectual, — um estado miserável nos dias de hoje, “treinador de bancada”, “comentador”, “opinador”, “achista”, “inútil”, “velho do restelo”, “negativista”, ou qualquer outra variante das palavras com que hoje o poder e os seus serviçais entendem diabolizar o debate público que não lhes convém — é que me repugna, enoja, irrita, indigna, encanita, faz-me passar do sério, a sistemática tentativa de nos enganar, de nos tomar por parvos, de nos despachar com um qualquer truque verbal destinado a dizer que uma coisa é diferente do que o que é, porque convém que não se perceba o que é.

Os exemplos abundam. Por exemplo, chamar aos cortes “poupanças”, como se não fosse insultuoso para quem quer que seja ver a sua vida ficar miserável por uma ”poupança” virtuosa, cuja natural bondade não pode ser atacada. Quem ousa ser contra poupanças? Pode-se ser contra os despedimentos, contra a redução das despesas sociais, contra os cortes, mas não se pode ser contra as “poupanças”. Mesmo quando elas mais não sejam do que cortes, despedimentos, reduções de prestações, reformas miseráveis ainda mais miseráveis, ou, como diz Bagão Félix, “diminuição do rendimento das famílias”. Os espertos assessores de comunicação, que se esforçam todos os dias para dar ao Governo a “política” que o professor Marcelo diz que ele não tem e evitar assim “erros de comunicação”, são os aprendizes de feiticeiros deste quotidiano embuste em que vivemos. Mas estão todos bem uns para os outros.

Chamar a um novo plano de austeridade, o enésimo de há dois anos para cá, sempre precedido da mentira de que “não vai ser necessária mais austeridade”, mais uma vez sobre os funcionários públicos, os pensionistas e os que precisam de serviços públicos de saúde, educação, e outros, essa coisa obscura e neutra de “medidas contingentes”, não é também um insulto à nossa inteligência e, pior que tudo, uma ofensa aos que vão ser vítimas daquilo que o Governo chama “desvios na execução orçamental”, ou seja erros? A verdade, nua, bruta, cruel, dura, pétrea, é que cada vez que o Governo erra, há um novo plano de austeridade destinado a garantir que a mesma receita que falhou seja tentada de novo, com mais uns milhares de milhões retirados às pessoas, às famílias, à economia, para pagar uma obstinação, um beco sem saída ideológico, uma tese sem prova, uma abstracção intelectual, no fundo uma enorme vaidade sem perdão. Sócrates deitou fora milhões e milhões mal gastos e perdulários, Passos Coelho deita fora milhões e milhões para um vazio de arrogância, ignorância e vaidade, sem melhorar o défice, aumentando a dívida, sem se ver qualquer utilidade. Mas o dinheiro, antes como agora, foi para algum sítio.

E como aceitar o supremo insulto fruto de uma displicência que acaba por ser maldosa e arrogante, de se dizer que a recessão para este ano “aumenta de um ponto percentual”, como se passasse de 35,4 para 36,4, quando passa de 35,4 para 70,8, usando estes números imaginários para se perceber a enormidade do “ponto percentual” que significa errar por 100%, duplicar por dois uma desgraça, que passa a ser o dobro do que era, ou seja uma pequena coisa, “um pequeno ponto percentual”, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Os erros agora também se chamam “ajustamentos” e podem ser tidos apenas como a natural consequência da “dificuldade das previsões macroeconómicas”, que se tem que ir “ajustando” mês a mês. Mas os erros antes de serem “ajustados” acaso não foram instrumentos de combate político, fonte de afirmação de legitimidade, atirados contra todos os que suspeitavam da sua verdade e exequibilidade? Não tem importância, encontra-se uma estatística qualquer que mostra que estamos no “caminho certo”, mesmo que tudo esteja errado, e há sempre quem coma esta palha.

É tudo “ajustamento” porque os manipuladores das palavras entendem que, lá fora da sua janela do poder, tudo é plástico que se pode moldar, é tudo paisagem em que se pode plantar uma sebe alta para não ver o mais de um milhão de desempregados “em linha com o que estava previsto”, e colocar os portugueses numa jaula de ratinhos a correr para fazer experiências. E que tal cortar metade da comida a ver se eles se “ajustam” à “poupança” de só comer metade? Trinta morrem, quarenta ficam doentes, vinte ainda têm gordura para aguentar. Aguentam, aguentam, diz o tratador. Excelente, ficam dez por cento, a “selecção natural” funcionou e deixou-nos com os mais fortes, os que se “ajustam”, os “empreendedores”. Morreram alguns comidos pelos outros? Não há problema, sempre há ratinhos “empreendedores” e que não são “piegas”, e que mostram as virtudes do modelo.

No dia em que este Governo for corrido, pelo mesmo tipo de onda de rejeição que varreu o seu antecessor, só que agora do tamanho das ondas do Canhão da Nazaré, vai sair com a atitude daquele que diz: o último a sair que feche a luz e a porta, porque já não é connosco, “queríamos mudar Portugal e não nos deixaram”. E irão para os seus lugares de acolhimento confortável, já pensados e preparados, sem temor e sem tremor.

No entretanto, estragaram Portugal com a mesma sanha do filósofo de Paris, numa situação que vai demorar décadas para ser consertada, se é que tem remédio. Descaracterizaram o PSD como Sócrates fez ao PS, tornaram pestíferos os políticos em democracia e as instituições da democracia, destruíram a geração actual, a que tratam sobranceiramente como a dos “instalados” e querem desempregar para “ajustar” o preço da mão-de-obra, e hipotecaram a geração seguinte com a mesma antiga maldição da baixa qualificação, do provincianismo, do quotidiano de subsistência onde não há recursos para os bens materiais quanto mais para os “imateriais”.

Vão deixar-nos na periferia da periferia, como um país eternamente assistido por uma Europa para quem pagar ao seu bom aluno são trocos desde que ele se porte bem. Irá a ficará o BCE, a Comissão Europeia e o Pacto orçamental. Ficará um país medíocre e remediado, uma praia razoável para o Verão. Deles vamos herdar uma enorme colecção de invejas e ressentimentos sociais, que dividirão os portugueses entre si, aumentando ao mesmo tempo a apatia e a violência social.»

José Pacheco Pereira, in Jornal Público de ontem, dia 23 – 02 – 2013
(Foi mantida a ortografia original)

Publicado por: http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.pt/2013/02/liberdade-onde-estas-quem-te-demora.html

 
Eis um drink que merece ser sorvido até à alma!




Brouage - 8º Dia - Parte II



 
A chegada à cidadela de Brouage pelas 4h00 da tarde encontrou a vila com bastantes turistas.

Situada no coração dos pântanos da região alagada de Marais-Poitevin e perto da costa oeste francesa, Brouage é uma vila medieval amuralhada fundada em 1555 por Jacques de Pons, num local que outrora era situado junto ao mar, no Golfo da Biscaia e de frente para o Oceano Atlântico.

Historicamente um importante centro regional, a sua economia era baseada na produção de sal e na pesca devido à sua situação privilegiada de fácil acesso ao mar, Brouage foi a primeira cidade importante de negociação do sal na França, e também o principal porto de comércio e expedição de sal, que empregava milhares de pessoas.  

A povoação foi mandada fortificar em meados do séc. XVII, entre 1630 e 1640, pelo Cardeal Richelieu como um bastião católico, para resistir à cidade protestante vizinha de La Rochelle.

Durante as guerras de religião a sua porta de mar ficou bloqueada por navios afundados intencionalmente pelos protestantes, para evitar que o comércio de católicos.

A cidade começou então a perder comércio para a vizinha cidade de Rochefort, e  por volta do séc. XVII, a sua sorte declinou quando o porto se tornou menos acessível aos navios, devido a descida das águas.

Aos poucos e devido aos estuários que existiam ali perto, o porto foi assoreando e na última metade do séc. XVII, a cidade e as suas terras foram ficando cada vez mais longe do mar.

Um longo período de declínio marcou a cidade, devido ao abandono sucessivo de uma cidade que vivia predominantemente do mar, a cidade foi ficando em ruínas, mas hoje é um povoado medieval bem reconstruido, que respira história por todos os poros, muito movimentado devido ao grande número de turistas que a todo o momento chegam à vila.

As muralhas e edifícios associados foram renovados e são estes que agora atraem mais visitantes a Brouage, para verem as fortificações da cidadela e as belas paisagens onde abundam pastagens, os sapais e um pequeno resto das antigas salinas ancestrais que a circundam, ricas em aves que por ali nidificam. É possível caminhar ao longo do topo das muralhas, numa caminhada de aproximadamente 2 km.  
 
Os sapais à volta da cidadela são uma reserva natural que atrai muitos milhares de aves, incluindo cegonhas, que nidificam nos locais mais altos da cidade e que são vistas a voar pela vila ou empoleiradas nas fortificações.
 
Junto da escadaria que nos leva ao cimo da muralha, existe um amplo e comprido edifício, a Halle aux Vivres um antigo edifício que outrora servia de quartel ao exército e era também um armazém que guardava mantimentos como carne salgada e vinho, para manter a cidadela em tempos de guerra. Agora é usada como centro de exposições, com muitos artigos interessantes relacionados com a história  militar da Europa.

Vários outros edifícios militares que também datam do séc. XVII, podem ser visitados, como lojas, forjas e edifícios de armazenamento de pólvora.

Na cidadela pode ainda ser visitada uma rústica e típica casa de gelo que foi reconstruida dentro das fortificações da cidade - as muralhas espessas permitia que o gelo se mantivesse congelado por um período muito longo, por isso poderia estar disponível para o hospital.
 
Deixando de edifícios militares para trás, e caminhamos em direção à Igreja de Saint-Pierre, também do séc. XVII. Foi construída em 1608 e a entrada parece ser em estilo diferente do que o restante da igreja, pois a entrada original foi substituída no séc. XVIII após ter sofrido alguns danos, sendo reconstruida numa época em que o "estilo clássico" mais ornamentado estava na moda.

A Igreja de Brouage, dedicada a São Pedro e São Paulo é um lugar muito visitado e desde 1982 possui vários vitrais que ali foram instalados por descendentes de antigos marinheiros de Brouage, habitantes no Quebec e Nova Brunswick, para que se recordassem as figuras históricas da vila na Nova França, incluindo Samuel de Champlain, o fundador do Quebec e um antigo navegador que ali nasceu e viveu enquanto jovem. Junto à porta de saída, pode ver-se do lado esquerdo, um antigo relógio medieval de corda.

Também dignos de observação detalhada, são as suas ruas calcetadas com calhaus rolados, ladeadas de casas muito antigas de 2 pisos, que albergam no rés-do-chão restaurantes e cafés.

Antigos armazéns estão hoje abertos ao público e ocupados por muitas lojas cheias de turistas, que oferecem artigos de artesanato e iguarias da região, A Porta, designada por Royale Porte, dava outrora acesso ao cais. A outra entrada original já não existe.

Fonte: http://www.francethisway.com/ http://sobrefrancia.com/ http://en.wikipedia.org


Buracos Cósmicos


O nosso universo "infinito" está repleto de fenómenos estranhos e violentos que podem transportar a vida. Imagine portais cósmicos onde objetos podem desaparecer ou ser lançados para outro lugar no espaço ou no tempo.

Descolemos para lugares longínquos no Universo onde cientistas procuram por buracos negros, buracos brancos e buracos de minhoca. Eles são meras fantasias ou fatos científicos?

O nome buraco de minhoca surgiu como uma analogia a uma larva que tenta atravessar uma maçã, onde ela não se move através da superfície, mas vai abrindo caminho através do miolo.
Se conseguíssemos encontrar um buraco de minhoca, estabilizá-lo, e posicionar uma das suas aberturas próxima da Terra e outra no centro da galáxia, o tempo passaria com velocidades diferentes entre uma extremidade e outra, enquanto dentro do túnel o tempo passaria com a mesma velocidade. Essa diferença entre as velocidades relativas das extremidades e no interior do buraco de minhoca, é que poderia fazê-lo como viajando numa máquina do tempo.
Imagine que na extremidade A, o tempo passa mais rápido que na extremidade B, então se se entrasse em A, às 12:00h, poderia sair-se em B centenas de anos antes de se ter entrado em A, ou poderia entrar-se na boca em que o tempo passa mais lentamente e sair-se do outro lado num futuro muito distante, pois do lado em que se sai, o tempo passa mais rápido.
Se houvesse um buraco de minhoca com as duas extremidades ligadas, poderíamos entrar por uma extremidade e sair no outro lado no exato instante em que entramos. E ao contrário dos buracos negros, onde tudo que entra no túnel jamais poderá sair, as viagens através de buracos de minhoca não seriam só de ida, onde poderia retornar à extremidade por onde se entrou.
Será então possível viajar no tempo por um destes buracos, quer para o futuro, quer para o passado?
Os cientistas não sabem ao certo se esses buracos de minhoca acontecem ao acaso no espaço e se por ventura possam ser criados em laboratório. Há os que dizem que a viagem no tempo através de um buraco de minhoca é com certeza muito improvável, pois a viagem no tempo traria paradoxos realmente difíceis. Um desses paradoxos ligados a essa questão é o do avô. Imagine-se que se tinha uma máquina no tempo, e que viajando ao passado eu matava o meu avô. Sendo assim, o meu avô não seria pai do meu pai, que consequentemente não me teria como filha, e eu não teria nascido para poder um dia viajar no tempo e matar o meu avô. Será que poderíamos através de uma máquina do tempo mudar a história?
É importante esclarecer que a ideia da existência de buracos de minhoca são apenas especulações. Enfim, há cientistas que afirmam a impossibilidade de viajar no tempo através de um buraco de minhoca, pois ele destruiria qualquer tentativa.
Porém, existem físicos que consideram isso possível, que alguma geração daqui a milhões de anos possa ter o domínio dos conhecimentos necessários que nós ainda não temos e que se um dia alguém aparecer à sua procura dizendo ser seu tetraneto é melhor não duvidar…
Em 1916, o astrónomo Karl Schwarzschild encontrou uma solução para a teoria da relatividade de Einstein. O trabalho de Schwarzschild revelou uma consequência impressionante da relatividade geral. Ele mostrou que, se a massa de uma estrela estiver concentrada numa região suficientemente pequena, o campo gravitacional na superfície da estrela torna-se tão forte que nem a luz consegue escapar.
Imagine-se que para lançarmos um foguete ao espaço, precisamos que este foguete tenha uma certa velocidade para que ele vença a força da gravidade da terra e chegue ao espaço. Esta velocidade, chamada velocidade de escape, é cerca de 11 quilómetros por segundo (11Km/s). Agora imagine-se a força gravitacional que se deve ter, para que mesmo a luz, que tem velocidade de 300 mil quilómetros por segundo (300.000Km/s), não consiga "viajar". Deve ser mesmo uma força incrível! Mais tarde, descobrimos que isso é o que hoje chamamos de Buraco Negro. Durante muito tempo, muitos físicos, inclusive Einstein, não acreditaram que algo tão extremo pudesse realmente ocorrer no Universo.
Mas o que são os buracos negros? Os Buracos Negros Estelares são originados a partir da evolução de estrelas massivas e portanto com massa da ordem das massas estelares. Neste caso, são os buracos negros formados pelo colapso de estrelas de neutrões.
Mas também existem os Buracos Negros Supermassivos que são encontrados nos centros das galáxias, com massas de milhões a um bilhão de vezes a massa solar, provavelmente formados quando o Universo era bem mais jovem, a partir do colapso de gigantescas nuvens de gás ou de aglomerados com milhões de estrelas.
O jato cósmico ou buraco branco porém encontra-se no início e no fim da nossa compreensão da existência e seria o outro lado de um buraco negro.
Na verdade, o Universo pode estar explodindo e implodindo, simultaneamente, num estado oscilante.
Hoje em dia podemos falar somente sobre nosso próprio Universo e do seu surgimento como um buraco branco cosmicamente jorrante, expandindo e espiralando.
Mas os astrónomos modernos, cuja descrição da física inclui gigantes vermelhas, anãs brancas, horizontes de eventos, desvios para o vermelho, quarks, neutrões, taquiões, quasars e buracos negros, estão atualmente a reconstruir uma nova e completa Cosmologia além da nossa imaginação.

Fonte: http://www.ced.ufsc.br/ http://www.youtube.com/ http://www.imagick.org.br/

Marennes - 8º Dia - Parte I




Deixámos Royan ao final da tarde e posemo-nos à estrada, com rumo a La Rochelle. Depois de alguns quilómetros feitos, e chegada a meia-noite, aparcamos junto da entrada de um parque de campismo, já fechado, onde pernoitámos.

 
No dia seguinte partimos em direção a La Rochelle onde queríamos ir pernoitar, mas no caminho iríamos fazer algumas incursões por lugares imperdíveis, quer pelo seu interesse turístico ou histórico.


O caminho aproxima-se do litoral, percorrendo o "Vallée de la Seudre" situado no estuário do rio Seudre, que historicamente, sempre foi importante, não apenas por ser uma zona de produção de ostras, mas também à sua histórica produção de sal. Nestas salinas, chamados "Salants Marais", produz-se a flor de sal mais preciosa de França.

Depois veem-se zonas de terras baixas, hoje destinadas à produção de ceriais e mais a norte veem-se zonas de sapal. A primeira paragem aproxima-se, sendo realizada um pouco mais a norte, numa vila litoral mundialmente famosa pelo cultivo de ostras, Marennes, que está ainda localizada na região francesa de Charente-Maritime.

Situada na foz do rio Charente, mais a sul, mas bem próxima da ilha de Oléron ("Ile d'Oléron"), Marennes também chamada a capital das ostras, possui uma enorme abundância de hotéis, casas de férias e muitos parques de campismo.

Marennesfica localizada no coração dos pântanos salgados, numa zona de produção de sal que outrora foi um dos alimentos mais populares e uma grande fonte de riqueza. Hoje, a povoação deve a sua fama à produção de ostras, tornando-se um importante centro de produção e comercialização e exportação através do Porto de La Cayenne, que é um dos mais ativos da bacia.

Chegados a Marennes procurámos um restaurante bem típico para degustarmos as famosas ostras da região. Esse lugar foi encontrado junto da praia, em lugar muito sossegado, numa tasca/barraca à beira de estrada e situada ao lado do viveiro de produção particular.

Ali na barraca de praia, as ostras são quase ao preço de tremoços, e degustadas vivas…, tendo a nossa escolha recaído no tamanho quatro,que equivale a quatro anos de crescimento da ostra em viveiro. Segundo o viveirista, homem de meia-idade onde já se notava algum cansaço, é “muito tempo de crescimento”, que assim vê a idade passar, sem conseguir passar o negócio…O que não dirão os produtores de vinho do Porto!...

A zona de Marennes-Oléron é, de longe, a maior área de cultivo de ostras de toda a Europa. Os viveiros de ostras da região espalham-se um pouco por todo o lado, numa extensão de cerca de 6.000 hectares. Anualmente são ali produzidas de 45.000 a 60.000 toneladas de ostras. Mas a zona de Marennes-Oléron por ser uma zona litoral de águas calmas, é também o destino de férias favorito para inúmeros turistas de toda a Europa.

Depois da comezaina, seguimos para Brouage, uma vila medieval situada ali perto, mas mais para o interior.
Fonte: http://www.oysters.us/marennes.html ; http://www.nombalais.fr/ http://fr.wikipedia.org/

Dia Mundial da Justiça Social



Hoje 20 de fevereiro é Dia Mundial da Justiça Social. Todos temos direito a igualdade social.

A justiça social é um princípio fundamental para a convivência pacífica e próspera entre, e nas nações.



Promovemos a justiça social quando eliminamos as barreiras enfrentadas pelas pessoas por motivos de género, idade, raça, etnia, religião, cultura ou por portar alguma deficiência.

O Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, abrange este ano o tema da "Proteção Social", destacando especialmente a vulnerabilidade da mulher neste contexto.


Ban Ki-moon cita as 18 políticas de proteção social inovadoras lançadas este ano pela OIL (Organização Internacional do Trabalho) e o PNUD (Programa das NNUU para o Desenvolvimento); e recorda que para obter os Objetivos do Milénio, é necessário reduzir as desigualdades e a exclusão social, o que se faz somente com sistemas de proteção social.

“A justiça social é mais do que um imperativo ético, é um alicerce para a estabilidade nacional e a prosperidade global” - frisa. E neste sentido, Ban Ki-moon pede ao mundo ações firmes, contra toda forma de discriminação religiosa, étnica e económica.


O Secretário-geral da ONU conclui: “A justiça social é fundamental para maximizar o potencial de crescimento com igualdade e minimizar o risco de desordem social. Juntos, devemos acolher este desafio e garantir que o nosso trabalho pelo desenvolvimento sustentável assegure a justiça social para todos”.

Fonte: http://umasalaespecial.blogspot.pt/ ; http://www.adital.com.br/

Royan - Les Jardins du Monde - 7º Dia - Parte II

 
O conhecimento de Royan não estaria completo sem uma visita aos seus famosos Les Jardins du Monde, e foi para lá que nos encaminhámos. Estes famosos jardins visitam-se em cerca 2horas e 30 minutos e contam com mais de sete hectares, onde se podem ver muitas plantas e estilos de jardim de todo o mundo, incluindo um jardim japonês e uma floresta da Indonésia, um labirinto de bambu e coleções de orquídeas e uma sala envidraçada com muitas borboletas.

Para descrever Les Jardins du Monde de Royan não se poderá dizer que é somente um parque botânico, porque não se lhe faria justiça. Na área de Marais Pousseau, em terrenos que outrora eram de sapal, é constituído por um complexo de estufas envidraçadas, rodeadas de terrenos com jardins temáticos e canais cheios de água que os rodeiam.

Para adultos e crianças há barcos elétricos que navegam através nos canais e que os jovens a partir dos 16 anos podem tripular.

Numa das estufas, designadaserre aux papillons” ou casa das borboletas, onde nos sentimos absolutamente fascinados por estarmos cercados por borboletas exóticas de todo o mundo.

A estrela desta exposição é na verdade uma mariposa - a gigante do Atlas (Attacus atlas), uma traça da Ásia, que tem uma envergadura de até 30cm. Mas não é apenas o tamanho da mariposa que é impressionante, é também a forma de suas asas em ponta, que lembram a cabeça de uma cobra para deter os predadores.

As principais atrações, no entanto, são, naturalmente, as variadíssimas espécies de plantas,. Além disso possuem uma grande variedade de estilos diferentes de jardim para admirar, sendo o jardim japonês e o jardim Inglês de enorme beleza. Tem também um labirinto de bambu, uma floresta inundada, uma coleção maravilhosa grandes bonsais.

Lá também podemos observar uma bela oliveira de 1.800 anos. No contexto histórico esta árvore, que tem uma copa que faz uma circunferência de 7 metros e segundo consta foi originalmente plantada numa vila espanhola de nome Cálig, no auge do Império Romano, de onde veio.

Os Jardins du Monde também são conhecidos por ter uma enorme coleção de orquídeas, que se encontram todas numa grande e bela estufa dedicada às mais exóticas orquídeas da Europa. Nela podemos ver cerca de 3.000 plantas que se encontram em exposição no orquidário, mas nele também existe um lago cheio de peixes das mais variadas cores.

Fonte: http://www.discover-poitou-charentes.com/ ; http://www.jardinsdumonde.com/ http://pt.wikipedia.org/

Royan - 7º Dia - Parte I



Pelas 11h00 da manhã saímos de autocaravana a caminho da Igreja de Notre-Dame de Royan, situada no centro da cidade.Um bom parque de estacionamento situado junto da igreja acolheu-nos e dali nos encaminhámos para iniciarmos a visita à imponente igreja.
 
Ao contrário do estilo românico da região, esta igreja é definitivamente modernista, e tem um interior imponente. Construída entre 1952 e 1956, para substituir a igreja original que foi destruída durante o bombardeio aliado, é toda em betão à vista e aparentemente parece maior no seu interior do que no exterior e sua nave é tão alta como Notre-Dame de Paris. No interior, os vitrais contam a história de Royan.
 
Seguimos depois para um reconhecimento de Royan. A cidade é também um resortchique, possuindo cinco praias em meia-lua, uma marina e um porto de pesca. É a capital da "Côte de beauté" também designada Charente-Maritime, e está localizada na foz do Estuário do Gironde, o maior da Europa.
 
Ruas primorosamente pavimentadas, largos passeios, candelabros, cafés,casinos e vilas daBelle Epoque, é a atmosfera da cidade. Esta é também a alma da praia de Le Conche Grande, uma meia-lua gigantesca de areia branca e mar muito calmo, situada no coração da cidade.
 
La Grande Conche virada a sul é agradabilíssima e é também a sua maior praia. Na marginal, podem ver-se alguns dos seus muitos prédios, com arquitetura Belle Époque, que outrora caracterizou Royan.
 
A cidade foi arrasada em janeiro de 1945 pelos bombardeios aliados, durante a 2ªGuerra Mundial, no entanto este ataque que causou enormes danos à cidade, parece ter sido desnecessário, pois, e de acordo com os historiadores, os alemães já haviam deixado a cidade.

Uma equipa de arquitetos do movimento moderno, inspirado em Le Corbusier, veio então para a cidade. Claude Ferret, um de seus discípulos, ousadamente impõe o famoso princípio de ar-luz do sol. A cidade foi assim reconstruída em estilo modernista na década de 1950, e hoje é uma combinação atraente de velho e novo, tendo restado também algumas velhas moradias coloridas, perto do porto de pesca.
 
A partir de meados do séc. XX a cidade passou a ser o local de férias de veraneio, preferido de muitos franceses famosos. Primeiro a burguesia de Bordeaux, logo seguidos pelos parisienses. Pablo Picasso, Sacha Guitry, Emile Zola, vinham para ali saborear as alegrias dosbanhos de mar e dos prazeres mundanos.
 
 
Outra peça marcante da arquitetura modernista da cidade é o mercado coberto de Royan, um edifício em forma de concha invertida, que também foi criado durante a reconstrução da década de 1950. Está aberto sete dias por semana, das 07:00 às 13:00, e vale a pena entrar para vê-lo no seu melhor, muito movimentado como os moradores da cidade, que vêm para comprar não apenas frutos e legumes frescos, mas também o mais fresco peixe do dia.


Fonte: http://www.tourmagazine.fr/Royan ; http://en.wikipedia.org/ ; http://www.discover-poitou-charentes.com/

A Saúde Mental no séc. XXI



A saúde mental (ou sanidade mental) é um termo usado para descrever um nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional ou a ausência de uma doença mental. Na perspetiva da psicologia positiva ou do holismo, a saúde mental pode incluir a capacidade de um indivíduo de apreciar a vida e procurar um equilíbrio entre as suas atividades e os esforços para atingir a resiliência psicológica.

Mas o que é que significa ser “mentalmente saudável” na atualidade? Como podemos acompanhar as rápidas transformações do mundo de hoje, sem que a nossa saúde mental seja abalada?
A tratar destas questões temos o médico e psicanalista Nahman Harmony, que nos apresenta neste episódio do Café Filosófico, a psicanálise de Donald Woods Winnicott.

 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/ ; http://www.youtube.com/

A violência na comunidade escolar


No final da semana passada a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa divulgou alguns dados sobre a actividade do Ministério Público em 2012. Entre outra informação lê-se que se registaram 245 processos de violência nas comunidades escolares, mais 86 que em 2011, um aumento de 54%. O Distrito Judicial de Lisboa abrange os círculos judiciais de Almada, Caldas da Rainha, Cascais, Sintra, Lisboa, Loures, Oeiras, Amadora, Torres Vedras e Vila Franca de Xira, além das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, o que traduz um retrato significativo do país.


Estes números referem-se, evidentemente, a episódios reportados sendo que, como acontece em múltiplas áreas, muitos outras ocorrências não serão contabilizadas. Estranhamente, do meu ponto de vista, esta informação não passou, que desse conta, de uma nota de rodapé em alguma imprensa, o aumento do fenómeno da violência na comunidade escolar parece já não merecer mais do que uma referência breve, sem um sobressalto. Creio, no entanto, que se justificam algumas notas.


Os comportamentos agressivos em contexto escolar, bullying por exemplo, são tão antigos quanto a instituição escolar, sendo certo que os estudos destes fenómenos são mais recentes. Actualmente, estes fenómenos são também mais objecto de referências fora dos contextos escolares dado o volume e a gravidade de algumas situações, bem como a divulgação de estudos e a fortíssima mediatização advinda do papel das novas tecnologias de informação. Todos recordamos variadíssimos episódios de violência que surgiram no YouTube registados em salas de aula, recreios escolares ou fora da escola e que tiveram ampla divulgação.


Em vários estudos muito recentes constata-se que os adolescentes tendem a encarar a violência entre si, e de uma forma geral, como normal, o que não surpreenderá os mais atentos. A sociedade da informação e os sistemas de valores actuais banalizaram a violência, não são os adolescentes que a banalizaram, acompanham o tempo.


Por outro lado, a escola, por ser o espaço onde os adolescentes passam a maior parte do seu tempo é, naturalmente, o espaço onde emergem e se tornam visíveis os problemas e inquietações que os alunos carregam. No entanto, não é possível considerar-se que a escola é mágica e omnipotente pelo que tudo resolverá. “Tudo” pode envolver a escola, mas nem “tudo” é da exclusiva responsabilidade da escola. A escola não tem meios, recursos e competências para “resolver” um problema que é, sobretudo, da comunidade. Aliás, a violência é apenas um dos vários aspectos em que sendo certo que a escola pode fazer parte da solução, não é, não pode e não consegue ser A solução, admitindo que existe uma solução, algo de improvável nos nossos tempos.


Apesar disso, no que respeita à violência envolvendo jovens e outros elementos das comunidades escolares, um fenómeno complexo, duas questões que me parecem essenciais e contributivas para a reflexão. Em primeiro lugar é importante criar nos alunos, ou adultos, vitimizados a convicção de que se podem queixar e denunciar as situações e encontrar dispositivos de apoio que garantam protecção, o medo de represálias é o principal motivo da não apresentação da queixa, sobretudo entre os mais novos. É importante também que os actores da escola e pais e encarregados de educação saibam detectar nos alunos sinais que indiciem vitimização.


Em segundo lugar, é preciso contrariar no limite do possível a ideia de impunidade, de que não acontece nada ao agressor, seja aluno, pai ou encarregado de educação, funcionário, professor, etc. As escolas, tal como a comunidade em geral podem e devem assumir atitudes, discursos e montar dispositivos que, visivelmente, mostrem com clareza que não existe tolerância para determinados comportamentos. Os efeitos de uma certa cultura de impunidade que de mansinho se instalou em múltiplos sectores da nossa sociedade são devastadores da sua qualidade ética e cívica.


Por outro lado e no que respeita à violência que envolve professores, o desgaste, intencional ou não, da imagem dos professores produzido por discursos de responsáveis, incluindo parte do discurso de responsáveis da tutela, algum do discurso produzido pelos próprios representantes dos professores e também o discurso que muitos opinadores profissionais, mais ou menos ignorantes, produzem sobre os professores e a escola, contribuíram para um risco evidente de desvalorização da imagem social dos professores, fragilizando-a seriamente aos olhos da comunidade educativa, designadamente de alunos e pais. Esta fragilização, para além das alterações nos modelos que regulam as interacções sociais, tem, do meu ponto de vista, graves e óbvias consequências, na relação dos professores com alunos e pais, sobretudo porque mina a percepção da autoridade e do papel regulador dos professores.


Um professor ganha tanta ou mais autoridade quanto mais competente e apoiado se sentir. É também importante não esquecer a formação de professores. As escolas de formação de professores não podem “ensinar” só o que sabem ensinar, mas o que é necessário ser aprendido e reflectido pelos novos professores e pelos professores já em exercício. Problemas "novos" carecem também de abordagens "novas". São recorrentes as referências a falta de formação para lidar com algumas situações de maior tensão.


As escolas devem poder usar a sua autonomia para desenvolver dispositivos de apoio, por exemplo, o recurso a outros técnicos ou a utilização regular de dois professores em sala de aula que pode ser uma medida de contenção de problemas de natureza disciplinar que não raramente se transformam em episódios de violência, no momento ou algum tempo depois no recreio ou à saída da escola. Não é necessário aumentar o número de professores, é imprescindível que os recursos sejam geridos de outra maneira e aproveitar os professores experientes que já estão no sistema. Parece também claro que escolas e turmas sobredimensionadas são um enorme factor de risco em muitas escolas, em sala de aula ou no recreio. Este risco, entre outros, tem sido, aliás, pouco considerado, nas decisões do Ministério da Educação e Ciência em matéria de organização da rede escolar, na gestão do número de professores e na definição do número de alunos por turma.


Escolas organizadas, com cultura institucional sólida traduzida na adequação e consistência dos seus projectos educativos e com lideranças eficazes são mais organizadoras dos comportamentos de quem nelas habita, como qualquer outra organização.


Os discursos demagógicos e populistas, ainda que eventualmente bem-intencionados, não são um bom serviço à minimização destes incidentes que minam a qualidade cívica da nossa vida.


José Morgado, in Público (Foi mantida a ortografia original)

José Morgado é Professor universitário no Instituto Superior de Psicologia Aplicada

Mistérios da Lua


Vista a olho nu a Lua é cinzenta e cheia de manchas escuras. Mesmo assim encanta os observadores que se admiram sempre ao vislumbrar a Lua Cheia.

A Lua está repleta de crateras e pequenos mares, mas existem alguns mais fáceis de serem identificados e com um pequeno binóculo diversos acidentes interessantes podem ser vistos e pesquisados.

Com um telescópio podem-se ver as suas crateras com maior detalhe, mas ela continua cinzenta, mesmo numa fotografia comum. Mas com fotografias digitais e com um simples filtro para aumentar a saturação de cores, descobrimos que nosso satélite tem tons muito ténues que realçados, incluem mesmo azuis-marinhos e vermelhos.

A Lua gira em torno da Terra e existe uma parte de sua superfície (cerca de 40%), que nunca se volta para a Terra, devido a uma rotação sincronizada com a terra.

Durante muitos anos fantasiou-se sobre o "lado escuro" da Lua. Na verdade, o Sol ilumina todos os lados da Lua enquanto ela gira. Entretanto, existe um "lado distante da Lua" que nunca é visto da Terra. Com o passar das eras, as forças gravitacionais da Terra reduziram a rotação da Lua sobre seu eixo até que o período rotacional fosse exatamente igual ao período de sua órbita em torno da Terra.

A atração gravitacional que a Lua exerce sobre a Terra tem efeito principalmente sobre as águas. No ponto da Terra mais próximo da Lua, a água atraída irá se concentrar, subindo de nível e descendo quando a Lua se afasta do planeta. É o chamado fenómeno das marés.

É do senso comum que a Lua acompanha as fases das mulheres, tanto que o ciclo menstrual se completa a cada 28 dias, tempo necessário para a Lua dar uma volta em torno da Terra. Existe também uma íntima relação entre as fases da Lua e a gravidez: Lua Nova no momento da conceção; Crescente em relação ao desenvolvimento do feto; Cheia quanto ao nascimento da criança e Minguante, depois do parto – quando toda a vitalidade se transfere para o leite materno.

Na agricultura, muitos são os que adaptam o seu calendário de cultivo e poda às fases da Lua, baseando-se no aproveitamento correto da sua luminosidade que, embora menos intensa do que a do Sol penetra mais fundo no solo e pode acelerar o processo de germinação das sementes. As culturas são também influenciadas pela atração que a Lua exerce sobre os líquidos, sabendo-se que as plantas são compostas de grande percentagem de água. Encontra-se assim o dia mais propício para cada tipo de atividade agrícola, observando e conhecendo a ação das várias fases da Lua sobre as plantas.

Estudar e conhecer a Lua é sempre para todos nós uma tarefa muito prazerosa. Boa visualização.
 


Fonte: http://www.youtube.com/; http://www.vocesabia.net/ http://alquimistaspontocom.blogspot.pt/