Visita a Padova - Parte X





Novamente no autocarro segue-se pelo Corso Garibaldi e após passar-se o rio Brenta para a outra margem, vira-se à direita pela Via Trieste. No cruzamento de estradas perto da Stazione Autocorriere (Estação de Autocarros), volta-se à direita pela Via Porciglia até encontrar e seguir pela Via Giambattista Morgagni que nos leva até à Piazzetta Ippolito Nievo.É na Via Giambattista Morgagni que se encontra a Faculdade de Medicina de Padova e o próprio nome desta rua corresponde ao fundador da Anatomia Patológica (uma das principais fundações da medicina moderna), que foi professor de Anatomia na Universidade de Padova durante 56 anos.
No final da Via Morgagni aparece o nó de vias da Piazzetta Nievo, onde é encontrada a Chiesa di Santa Sofia, situada no cruzamento com a Via Santa Sofia Altinate. Nestas vias que se desembocam na Piazzetta Ipolito Nievo, são encontrados a maioria dos hotéis da cidade.A Chiesa di Santa Sofia é a igreja mais antiga da cidade de Padova, sendo conhecida e famosa por sua estrutura original, que no último século foi objecto de estudos por muitos especialistas. A conversão para lugar de culto cristão, parece ser devido a San Prosdocimo, no início da era cristã.

O interior é composto por três naves, que apoiam em pilares irregulares, feitos de material heterogéneo de ruínas romanas e medievais. A parede interna do hemiciclo é atravessada por nichos semelhantes aos de fora, e num deles existe um belo fresco que representa a Virgem e o Menino, atribuído a Giovanni da Gaibana, enquanto o fresco na luneta acima do acesso à capela, retrata a “Madona in Trono” que é atribuído à escola de Giotto. O altar simples mas singelo é adornado com um retábulo de Andrea Mantegna, de 1448.Restos de fundações romanas são visíveis na cripta e a descoberta de uma pedra sacrificial sobre as ruínas testemunha a existência anterior naquele local de um templo pagão, provavelmente dedicado ao deus Mithras, um deus de origem persa, cujos vestígios datam de 1300 a.C.. A primeira grande renovação da igreja remonta ao séc. IX, durante o período carolíngio. O actual edifício, estilisticamente semelhante ao tipo comum na costa do Adriático, foi construído a partir da área da abside, entre 1106 e 1110, e concluída em 1127.


Seguindo pela Via Belzoni, onde se encontra o polo universitário de Ciências e Matemática, e depois pela Via Ognissanti aproximamo-nos das muralhas da cidade, junto da margem esquerda do rio Brenta.
O autocarro vira à esquerda e percorre primeiro a Via Gradenigo, depois a Via Leonardo Loredan, sempre acompanhado à esquerda pelo que resta das antigas muralhas da cidade e pela margem esquerda do rio Brenta.

No cruzamento da Via Gradenigo com a Via del Portello observa-se do lado direito a Ponte del Portello e a Porta Portello que dá passagem naquele ponto, para a outra margem do rio Brenta, sendo também outrora uma importante porta das muralhas da cidade.


As muralhas que ali observamos não são apenas uma obra de grande interesse arquitectónico, pois nelas trabalharam ao longo de 35 anos milhares de homens, mas também representam uma ferramenta valiosa para entender melhor a evolução desta parte das muralhas de Padova. As muralhas foram construídas durante a era romana e a Idade Média e o seu percurso corresponde a um meandro do rio Brenta (outrora o rio Medoacus), que circunda a cidade, no qual se desenvolveu o primeiro centro urbano da Padova medieval.

A Porta Portello e a sua ponte formavam outrora o ponto fulcral de um complexo portuário e monumental, que correspondia ao porto fluvial mais importante da cidade de Padova, durante a dominação veneziana. Situada entre o rio Brenta a norte e do rio Bacchiglione a sul, Padova já foi um marco do tráfego comercial por meio de sua rede de mais de 590 canais escavados nos tempos medievais. Em 1209 toda a rede de canais foi concluída, sendo a hidrovia principal de Padova constituída por 10 km de comprimento. Dentro da cidade velha os canais correm junto dos principais bairros da cidade, onde se juntam as águas do rio Brenta e do rio Bacchiglione que conectam directamente no Canal Brenta, seguindo depois para Veneza.

No final da rua deixa de haver vestígios de muralhas, e o autocarro encaminha-se novamente para a Via Porciglia, dando a volta pelo complexo da Piazza Eremitani, já anteriormente visitado, onde está situada a Chiesa degli Eremitani, o Museu Cívico, Museu Arqueológico e o Museu de Arte Medieval e Moderna, que estão alojados nos claustros do convento dos Frades Eremitas, bem como o Giardini dell’Arena, o Palazzo Zuckermann e a Capela Scrovegni. Fonte: Wikipédia.org / http://www.magicoveneto.it/ http://www2.regione.veneto.it/ http://www.laviadelbrenta.it

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