Mandar é servir. O chefe está ao serviço da
comunidade, mas não quer isto dizer que deva estar às suas ordens: estas não
são muitas vezes senão a expressão de seus caprichos ou fantasias, quando não
são o fruto de sugestões estranhas, mais ou menos interessadas. Com razão, deve
dizer-se do chefe que ele deve ser o intérprete do bem comum; não significa
isto, porém, que deva ser o intérprete da vontade geral. Esta, dadas as
variações de sensibilidade próprias da psicologia das multidões, não é muitas
vezes outra coisa senão a inconstante opinião pública, em frequente contradição
com o verdadeiro bem superior do conjunto.
O chefe não é um simples delegado da comunidade,
mas o seu guia em prossecução dos seus mais altos fins. Mesmo eleito e
designado por seus pares, a autoridade de que é o depositário confere-lhe o
direito de mandar sem que tenha de usar sempre, para se fazer obedecer, de
persuasão e de argumentos pessoais.
In A Aldeia (http://lideranca.aaldeia.net/mandar-e-servir/)
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