Braga - 2º Dia - Feira Medieval - Parte III


 
Deixamos o Café A Brasileira e seguimos pela Rua do Souto a caminho do centro histórico de Braga. A meio caminho enveredámos pela Rua do Castelo e caminhando protegidos por compridos pórticos de vários edifícios “Arte Deco”, fomos até à Praça do Castelo.

Dali até à Praça da Republica é um saltinho e lá encontramos a Igreja dos Terceiros. A fachada, onde já desponta o barroco, apresenta um frontão quebrado, encimado por uma cruz e as armas de São Francisco. A Torre Sineira é traseira à igreja. No interior o teto é abobadado em pedra, os altares são em talha dourada e as paredes estão azulejadas, com motivos hagiográficos assinados por Nicolau de Freitas.

Bem perto da Igreja dos Terceiros, aparece-nos o Largo do Terreiro do Castelo, com a sua emblemática Torre de Menagem. Esta Torre de Menagem, localiza-se em pleno centro histórico de Braga, por detrás das famosas arcadas, e é visível logo a partir da Avenida Central.

É a única torre que testemunha a existência do antigo Castelo de Braga (construído no reinado de D. Dinis e demolido nos princípios do séc. XX), mandada construir por D. Fernando I. Esta torre está delimitada pela Praça do Castelo e a Praça da República, e a leste pela Rua do Castelo. É uma grande torre defensiva coroada por ameias, que foi construída em granito com uma altura aproximada de 30 metros. Fazia parte das cinco torres situadas nas muralhas medievais, que serviam de vigilância à cidade e atualmente funciona como miradouro e como espaço cultural, acolhendo exposições de pintura e fotografia entre outras iniciativas culturais.

Continuou-se caminhando por baixo de pórticos, até encontrarmos novamente as bancas da Feira Medieval, que se desenrolava pelas várias ruas do centro histórico. Ali a encenação característica de uma feira medieval era mais próxima da realidade, com uma mais cuidada recriação dos quadros próprios daquela época.

Importa salientar o que eram as feiras na época medieval. Correspondiam a uma das instituições mais curiosas da época e tinham sobretudo uma função económica, que consistia fundamentalmente na localização em prazos e termos determinados, onde produtores, consumidores e distribuidores, se encontravam para comercializar os seus produtos, corrigindo assim a falta de comunicações fáceis e rápidas.

Embora remontem à Idade Média, as feiras em Portugal tiveram sempre uma enorme importância ao longo dos séculos, para a economia do país. Depois de uma notória decadência, nos dois últimos séculos, ainda hoje é possível a existência dessas reuniões periódicas um pouco por todo o território português. Assim o comércio errante, os feirantes e as feiras, representam ainda hoje, o seu papel na economia da Nação e vários pequenos produtores ainda encontram nelas, a melhor forma de colocação e distribuição dos seus produtos e artefactos.

Fonte: http://www.trivago.pt/ http://pt.wikipedia.org/http://www.aportugal.com/

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