Na noite do 10º dia de
viagem e depois da visita ao Grand Park
de Puy du Fou, ainda dormimos na AC do lugar, e logo que acordámos rumámos
a Nantes, para depois nos
dirigirmo-nos mais uma vez para o litoral.
Porta
de entrada do vale do Loire e da Bretanha, Nantes é reconhecida como a capital europeia do bem-estar.
Situada
às margens do rio Loire, perto da
costa do Atlântico, Nantes é uma cidade
“verde”, por impedir o trânsito no seu interior, só deixando circular dentro da
cidade bicicletas e transportes públicos elétricos. É a sexta maior cidade da
França e em 2004, a revista Time Magazine classificou Nantes
como "a cidade mais habitável na
Europa", tendo adquirido este ano (2013) o título de Capital Verde Europeia.
Os ventos
vindos de oeste trazem para Nantes o
perfume do iodo e sal do Atlântico próximo. O rio Loire navegável desde a costa oeste ilumina a cidade, e as suas
margens propiciam a existência de muitas esplanadas e cafés.
A
cidade guarda ainda as aventuras marítimas do séc. XVIII, vendo-se ainda alguns
barcos dessa época de três mastros, misturando a sua história antiga com a
louca modernidade cultural...
Embora Nantes tenha muito que ver e visitar,
optamos por uma passagem ligeira pela cidade, a caminho de outras paragens mais
marítimas. Assim Nantes, capital da Bretanha foi uma
cidade somente de passagem e dela se recorda sobretudo a modernidade e as belas
varandas naturais, nas margens do Loire.
Pornic é uma típica terra de pescadores para onde nos dirigimos a partir de Nantes e que sem qualquer dúvida justificou
a visita, mas como ainda era cedo preferimos nos retermos ali a pernoitar.
Pornic, é a verdadeira joia da Costa
Jade e é o mais meridional dos portos da Bretanha Atlântica. Um dos cantos
os mais encantadores de Pornic é sem
dúvida o seu velho porto. Dominado pela cidade medieval e o Castelo de Gilles de Rais, é
particularmente animado por uns vinte arrastões que vêm ali abrigar-se.
O Porto de Pornic é
frequentado a partir da Antiguidade. Primeiro como refúgio de corsários, sendo mais
um porto de partida dos pescadores para a Terra Nova, desde o séc. XVI ao séc. XX, que
deixavam a costa europeia em cada ano para irem pescar bacalhau nos Grandes Bancos da Terra Nova. Seguidamente acolheu numerosos navios comerciais provenientes dos
portos britânicos, holandeses e escandinavos.
Pornic, que se estende sobre a
vasta baía de Bourgneuf, é um sítio
ideal para a vela e a prática de regatas e além do porto velho, possui ainda
mais dois portos: o Porto de Gourmalon
que pode acolher cerca de 350 embarcações e o porto de águas profundas de La Noëveillard, que pode receber cerca de 900
embarcações.
No cume
do penhasco, vale a pena percorrer a velha cidade ao encanto medieval e
descobrir, sobretudo os dias de mercado, os mercados que datam de 1609. No
casario típico, admiram os tetos vermelhos e azuis, mistura da telha e da
ardósia, e as escadas que ligam a alta cidade ao porto de pesca que constituem
um labirinto particularmente pitoresco.
Mas não
podemos esquecer que estamos no Vale do
Loire, que é sinónimo de casas senhoriais encantadoras. E Pornic, tal como Nantes, não são exceção à regra, e mostram-nos também os seus
belíssimos exemplares.
O Châteaux de
Pornic, é
um belíssimo castelo, também conhecido como o "Castelo do Barba Azul", porque pertenceu a Gilles de Rais.
Gilles de Rais,
ou Gilles de Retz (1404 - 1440), foi um nobre e aguerrido soldado francês
que lutou em diversas batalhas ao lado de Joana
D'Arc contra os ingleses. Embora fosse em criança muito dócil, após a morte
de sua mãe e, posteriormente, a trágica morte de seu pai, foi criado tal como o
seu irmão, pelo avô materno, Jean de
Craon, que ensinou aos garotos o narcisismo, a soberba, o poder, o orgulho,
moldando negativamente a personalidade de Gilles.
Gilles de Rais o senhor do castelo
no séc. XV, ficou conhecido por Barba
Azul por ser acusado e condenado por torturar e estuprar um grande número
de crianças, sendo considerado o precursor do assassínio em série.
Localizado numa pequena
encosta rochosa na costa norte do porto de Pornic,
o castelo tem sido um símbolo da cidade, mas outrora foi uma espécie de fortaleza que fazia a defesa medieval do antigo porto.
Na
periferia da cidade, na estrada que liga Pornic
às cidades de Sainte-Marie e de Clion, é um prazer descobrir os megálitos
que atestam de uma presença humana extremamente antiga em Pornic.
Fonte: http://ec.europa.eu/ http://pt.franceguide.com/
http://fr.wikipedia.org/