«Estamos
a avançar para uma ditadura de relativismo que não reconhece nada como certo e
que tem como objetivo central o próprio ego e os próprios desejos».
Joseph Ratzinger, in homilia que dominou a missa «Pro
eligendo Romano Pontifice».
A renúncia do Papa Bento XVI trouxe abalo e desilusão a uns, surpresa, e ainda compreensão e admiração a outros. Para mim foi um ato de grande humildade e generosidade.
Uma certeza porém temos,
estamos a viver uma época muito rica em acontecimentos, e a renúncia de Bento XVI (o primeiro Papa a renunciar nos últimos 600
anos), que
continua como Papa emérito, e a
eleição do novo Papa Francisco I, faz-nos sentir que ficámos mais ricos,
por termos a sorte em podermos assistir a um acontecimento como este, sem que
tivéssemos que perder um deles para sempre.
Nunca estivemos tão acompanhados!
Como nos diz João Pereira Coutinho, in
Correio da Manhã – 15/03, “Quando Ratzinger foi eleito, ‘Bento’ era uma
homenagem a Bento XV, que enfrentou a 1ª Guerra; mas também a S. Bento, que
ajudou a apanhar os cacos da civilização depois das invasões bárbaras. A visão
de Ratzinger era uma visão de resistência ante a ‘ditadura do relativismo’.
O novo ‘Francisco’ evoca Francisco de
Assis e a sua postura despojada e benemérita. Mas é igualmente uma referência a
Francisco Xavier, o grande evangelizador, o que prova que o novo Papa está
atento ao principal desafio da Igreja: não perder uma Europa
‘descristianizada’; não perder a (sua) América Latina para as congéneres
evangélicas; e não perder os católicos de África (e da China) com as
perseguições lá praticadas.
Se a tudo isto o novo Papa juntar mão
firme no governo da Cúria e punição exemplar para crimes ou abusos (ser jesuíta
é óptimo sinal), a expressão ‘temos Papa’ poderá ser usada com dupla
propriedade.” (Texto escrito com a antiga grafia)
Fonte:
http://www.tsf.pt/ http://www.cmjornal.xl.pt/
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