Carnac - 12º Dia




No dia seguinte ao da chegada a Le Croisic, acordou mais ensolarado e fomos até ao porto para um melhor reconhecimento do lugar mais pitoresco da cidade.


Le Croisic fica situada numa pequena península, La Baule, que faz o acabamento sul da entrada de uma baia de águas brandas, a Baia de Pouliguen, que faz com que os portos daquela região sejam de fácil acesso por mar. O outro lado da baia é uma restinga que faz o “fecho” da baia.


O pequeno e belo porto de Le Croisic protege a cidade do oceano, circulando em torno do canto norte de um baixo promontório. É um lugar muito atraente para ficar de La Baule. É um verdadeiro prazer observar os barcos de pesca que ainda navegam a partir deste porto, observando-se o percurso de navegação desde a boca fina da baía até à sua chegada. À entrada do porto, há um mercado de peixe moderno, onde se pode assistir à exposição do pescado capturado no dia sendo leiloado.

Os montes de ambos os lados do porto, Mont Lenigo e Mont Esprit, não são naturais, tendo sido formados a partir do lastro deixado pelos navios do comércio do sal.

Para norte, todo o litoral é rochoso sendo conhecido como Costa Grande, onde existem uma série de parques de campismo de grande qualidade e um Oceanógrafo. Na pequena povoação de Saint-Marc-sur-Mer, encontra-se o familiar Hotel de la Plage, onde em 1953, Jacques Tati filmou grande parte do filme “Les Vacances deMonsieur Hulot”, uma espécie de sátira ao turista. 

 
Seguimos depois rumo a Carnac e Vannes, onde iriamos pernoitar. Chegámos cedo a Carnac e fomos direitos à zona dos alinhamentos, que é a principal atração do lugar. Uma das curiosidades desta zona é que esses alinhamentos se estendem por vários quilómetros em volta de Carnac, constituindo um enorme conjunto de menires conhecido como Rochas de Carnac.

A Bretanha é por si só, o lar de muitos monumentos megalíticos (os menires, famosos entre nós por causa das historias do Astérix), que estão espalhados por toda a região. No entanto é perto de Carnac que se encontram os maiores alinhamentos. O porquê destes monumentos terem sido ali colocados em tão grande quantidade ainda é desconhecida, e muitos habitantes locais são relutantes em especular sobre o assunto, ou seja, não adianta perguntar por lá que ninguém sabe.

Carnac (do celta cairn ou carn, que significa morrinho ou elevação) é habitada há mais de 450 mil anos. O local de alinhamentos de menires, de dólmens e de alamedas cobertas, (alguns deles associados ao culto dos mortos), estende-se por mais de quatro quilómetros e conta com cerca de 4 mil megálitos, constituindo o maior conjunto deste tipo do mundo.


As Rochas de Carnac foram erguidas no período pré-histórico por comunidades sedentarizadas, entre o quinto e o segundo milénio a.C.. Os megálitos foram erguidos durante o período Neolítico,que durou de 4500 aC até 2000 aC. A data precisa das Rochas de Carnac é difícil de determinar, pois como material datável pouco foi encontrado debaixo delas.

Existem dois grupos principais de alinhamentos de pedra em Carnac, que são conhecidos como o Menec e alinhamentos Kermario. Alinhamentos ainda menores estão espalhados pela área, incluindo o Kerlescan e o Menec Petit.

Os alinhamentos Menec são 12 linhas convergentes de menires de alongamento com mais de 1 quilómetro, com os restos de um círculo de pedra em cada extremidade. As pedras maiores, com cerca de 4 metros de altura, encontram-se na extremidade mais larga ocidental, tornando-se menores ao longo do comprimento do alinhamento, atingindo cerca de 60 cm de altura. No extremo leste crescem também em altura.

Estas comunidades aproveitaram a presença na região de grande quantidade de granito existente no subsolo, propício à construção de grandes blocos, (o maior deles todos, o gigante do Manio), deixando para a posteridade estes magníficos testemunhos da sua ancestral existência e religiosidade.

Talvez jamais saibamos quais eram os seus objetivos exatos, mas eles são claramente expressões de um sistema de crença, assinalando as estações e os movimentos cíclicos do Sol, da Lua e das estrelas.

Fonte: http://france-for-visitors.com http://maps.google.pt/ http://pt.wikipedia.org/ http://www.france.fr/pt/ http://www.sacred-destinations.com/

 

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