Três dias são quanto basta para recuperar as energias perdidas e ficar totalmente preparado para a rentrée da semana que se aproxima. Em terras do norte alentejano são os caprichos da natureza que ditam o quotidiano. Até porque quem para aqui vem por gosto, escolhe partilhar os seus dias com a serra, o vento, a chuva ou o sol. Neste local onde tudo é Natureza podemos verdadeiramente repousar e retemperar forças.
O fim-de-semana estava no fim, mas o caminho para casa ainda teve uma paragem em Castelo de Vide. O sol radioso que se fazia sentir à chegada a Castelo de Vide, foi o convite da vila a um passeio pelas suas belas ruas, ruelas e seu castelo altaneiro.
Castelo de Vide situada na vastidão da planície meridional com os seus coloridos tão característicos desta época do ano, que lhe emprestam beleza e magnitude. Com uma localização privilegiada do nordeste alentejano, integrada no Parque Natural da Serra de S. Mamede, com o seu casario branco, Castelo de Vide surge aos olhos do visitante como um oásis de beleza arquitectónica e riqueza arqueológica.
Ao olhar do cimo do seu belo Castelo, para a totalidade do seu casario, fiquei encantada, e veio-me à ideia a velha frase, que poderia muito bem ser proferida por esta bela vila... Espelho, espelho meu... há alguém no mundo mais bela do que eu?
Castelo de Vide irrompe numa fresca colina da Serra de São Mamede, por entre as densas matas de oliveiras e soutos. A airosa vila, já chamada de "Sintra do Alentejo", é um museu vivo que concentra relíquias seculares de inolvidável beleza.
A mais antiga referência escrita conhecida sobre a povoação data de 1273, mas terá sido que, D. Dinis, que lhe outorgou o primeiro foral em 1310, e que mandou construir o castelo, seguindo-se-lhe o foral de D. Manuel I.
Conhecida pelos inúmeros monumentos do passado, entre os quais se encontram valiosos vestígios arqueológicos da Pré-História e Alta Idade Média, dezenas de igrejas, encantadoras vielas que conservam o maior e mais belo núcleo de portas góticas em Portugal, Castelo de Vide dispõe também do privilégio de ser um dos mais reconhecidos centros termais de Portugal, possuir um clima ameno e situar-se perto da Barragem da Póvoa, um importante pólo de atracção turística a acrescer a esta vila cuidadosamente preservada.
O seu belo castelo foi mandado edificar por D. Dinis, que só foi terminado em 1327 pelo seu filho, D.Afonso IV, marcando a existência histórica da antiga "vila de Vide". A fortaleza funcionou como retaguarda no sistema defensivo conduzido pelo castelo do Marvão, pertencendo os muros e os baluartes, que ainda hoje cercam a vila, aos tempos conturbados da guerra da Restauração.
Hoje, quase que é possível olhar para as pedras e reconhecer nelas o seu passado. Na Praça de Armas, encontramos o poço ao qual foi dado o primitivo nome de Castelo de Vide Aloaca. Ao lado, ergue-se uma torre redonda do século XIII que funcionou como posto de vigia e na torre de menagem, os janelões abertos dão largas ao olhar: a Noroeste o miradouro do Santuário da Senhora da Penha e os promontórios de granito que ainda lembram as Beiras, a Este as planícies que adivinham o Alentejo profundo e a Sudeste o elevado monte do Marvão.
O castelo de Castelo de Vide, poderá ter sido reconquistado aos árabes por D. Afonso Henriques, apesar de só por volta de 1232, esta povoação aparecer devidamente referenciada. A importância deste castelo levou a alguns conflitos, nomeadamente entre os filhos de D. Afonso III, já que este monarca doou o castelo ao infante D. Afonso, que começou a reforçar as suas defesas, acto que seu irmão, o rei D. Dinis, achou suspeito, pelo que cercou o castelo e foi a intervenção do reino de Aragão que pôs fim à contenda.
D. Afonso IV, em 1327, conforme inscrição sobre uma das portas, mandou reforçar as defesas do castelo e sob o reinado de D. Fernando, é entregue à Ordem de Avis. À semelhança de muitas outras fortalezas, durante a Guerra da Restauração, depois de 1640, foram-lhe introduzidas alterações para a utilização de artilharia. Alguns anos depois é alargada a sua estrutura defensiva e construído o Forte de São Roque.
As guerras com Espanha e as invasões francesas, causaram grandes danos e esta posição militar foi desactivada. O castelo está classificado como Monumento Nacional, e conserva as muralhas e torres, a Torre de Menagem e no exterior existem ainda parte das muralhas da vila e os edifícios dos aquartelamentos.
D. Afonso IV, em 1327, conforme inscrição sobre uma das portas, mandou reforçar as defesas do castelo e sob o reinado de D. Fernando, é entregue à Ordem de Avis. À semelhança de muitas outras fortalezas, durante a Guerra da Restauração, depois de 1640, foram-lhe introduzidas alterações para a utilização de artilharia. Alguns anos depois é alargada a sua estrutura defensiva e construído o Forte de São Roque.
As guerras com Espanha e as invasões francesas, causaram grandes danos e esta posição militar foi desactivada. O castelo está classificado como Monumento Nacional, e conserva as muralhas e torres, a Torre de Menagem e no exterior existem ainda parte das muralhas da vila e os edifícios dos aquartelamentos.
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