Um pouco mais à frente a Ponte Risorgimento leva-nos de novo até à margem esquerda do rio Ádige, e entramos novamente em território outrora situado na antiga cidade amuralhada. A Ponte Risorgimento, é mais uma das pontes sobre o rio Ádige, que atravessa a cidade. Projetada por Pier Luigi Nervi, foi construída para comemorar o centenário da Unidade da Itália, dai o seu nome. Do final da ponte é um pulinho até à Piazza San Zeno que se encontrava em trabalhos de remodelação/conservação, mas mesmo assim com esplanadas onde alegres convivas passavam um bocado da noite. Seguimos pela Via San Procolo, onde encontramos a pequena igreja com o mesmo nome. Mais uns passos e chegamos à antiga Basílica di San Zeno, também com obras de conservação.
A Chiesa di San Procolo é uma pequena igreja onde se encontram os restos mortais de San Procolo, que além de ter sido o quarto bispo de Verona é também o seu padroeiro. A igreja data do séc. VI ou VII, tendo sido erguida na necrópole cristã, na antiga Via Gallica, sendo mencionada pela primeira vez em 845. Após o terremoto 1117 foi totalmente reconstruída e no seu interior existem frescos de várias idades, incluindo a “Última Ceia” e "Blaise a curar os doentes”, por Giorgio Anselmi.
Logo a seguir encontramos a Basílica di San Zeno, também conhecida como San Zeno Maggiore. É a igreja medieval mais importante de Verona, que foi fundada no séc. V e reconstruída no séc. XII. Tem uma magnífica fachada românica, com portas em bronze e muita estatuária importante no exterior. No interior além da cripta onde descansam os restos mortais de San Zeno, há a destacar o retábulo famoso de Mantegna, a sua obra-prima, que marcou o início da pintura renascentista, em Verona.
A torre sineira ou campanário destaca-se num edifício separado. É encimado por um pináculo cónico com pináculos pequenos em cada ângulo. O exterior é decorado por esculturas romanas. A sua fama repousa, em parte na sua arquitetura, mas sobretudo na tradição que situa a sua cripta, como o local onde ocorreu o casamento secreto de Romeu e Julieta, como está referido no romance trágico e eterno de Shakespeare. Juntamente com a Abadia a Igreja é dedicada a San Zeno de Verona.
Nascido no norte da África, San Zeno é creditado como o conversor de Verona ao cristianismo e muitos dos seus sermões sobreviveram até aos nossos dias.San Zeno morreu em 380 e segundo a lenda, sobre o seu túmulo, situado ao longo da Via Gallica, foi construída a primeira igreja, erguida por Teodorico, o Grande, rei dos ostrogodos.
A história da basílica presente e o mosteiro beneditino associado começa no séc. IX, quando o Bispo Ratoldus e o rei Pepino da Itália participaram na transladação das relíquias do santo para a nova igreja. Esse edifício foi danificado ou destruído por uma invasão no início do séc. X e o corpo de San Zeno foi transferido para a Catedral de Santa Maria Matricolare.Quando a igreja foi restaurada, o corpo de San Zeno foi colocado na cripta da igreja atual (em 21 de maio, 921), num sarcófago, estando o rosto coberto por uma máscara de prata. San Zeno, bispo de Verona, nasceu grego e veio da Síria para a Itália. Na sua juventude, tornou-se monge e dedicou-se ao estudo da Sagrada Escritura. Viajando acabou por visitar vários mosteiros, chegando à cidade de Verona onde se estabeleceu e mais tarde o povo escolheu-o como bispo da cidade.
Segundo reza a história, após a morte do santo ocorreu um milagre no ano 558, precisamente no dia de San Zeno, enquanto decorria a festa. Houve inundações de primavera na Itália. O rio Ádige transbordou e inundou a área circundante à igreja onde estavam depositadas as relíquias de San Zeno e a água atingiu a igreja chegando até as janelas. No entanto embora as portas do templo estivessem abertas, a água não entrou, parando à porta não inundando o seu interior, num milagre observado por todos os que estavam na festa e que se recolheram na igreja.Fonte: Wikipédia.org / http://www.sacred-destinations.com/
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