O primeiro dia de viagem a caminho da Galiza foi iniciado pelo meio da tarde, e realizado pela autoestrada, para rapidamente se fazerem os quilómetros necessários até Caminha, onde queríamos ir jantar.
Caminha é uma vila onde sempre gostámos de estar, sendo há já alguns anos atrás,
quando a nossa filha ainda era pequena, um local várias vezes escolhido, para
ali passarmos alguns dias de férias, no Hotel Porta do Sol. Situado à entrada de Caminha, junto à foz, de frente para o rio Minho, entre as montanhas
e os campos salgados pela brisa atlântica, este hotel sempre nos proporcionava ótimos dias de
sossego e descanso.
Por bem conhecermos Caminha,
foi ali que quisemos parar para degustar mais uma vez o seu famoso Bacalhau à
Moda de Caminha, (estufado em cebolada e rodelas de batata) e os seus Rojões à
Moda do Minho, no Restaurante Primavera.
Após o jantar, uma caminhada levou-nos até ao centro da
cidade, onde se encontra a sua bonita praça circular e onde sempre gostámos de
estar, descansando nas suas refrescantes esplanadas.
A
Praça Central da vila de Caminha possui uma fonte do século XVI,
ao centro, e em volta podemos ainda observar a sua antiga e iluminada Torre do Relógio, os Paços do Concelho e os restos da
muralha do século XIV, bem como a Igreja
da Misericórdia.
Depois
mais uma caminhada pela rua direita, que nos leva para junto da autocaravana, a
fim de realizarmos a última etapa daquele dia, até Vila Nova de Cerveira, onde queríamos pernoitar, à beira rio, junto
do porto de pesca tradicional, para no dia seguinte irmos ver a 16ª Bienal de Cerveira, que naquele ano
decorria e cuja fama já ultrapassou as nossas fronteiras.
Vila Nova de
Cerveira
é uma bonita vila, localizada no noroeste português, na
margem esquerda do rio Minho, que
lhe dá
uma beleza mística, dando a quem a visita a vontade de querer sempre lá voltar.
Esta
é também uma vila do nosso passado, onde passámos alguns verões, no excelente Edifício do Inatel, pois sempre
gostámos de lugares sossegados para passar as nossas férias. Nunca me vou
esquecer dos passeios que dava à beira rio, na sossega da manhã, visitando entusiasmada o lugar das escavações
arqueológicas de Vila Nova de Cerveira.
A
noite em Vila Nova de Cerveira decorreu como era esperado sem qualquer sobressalto e o acordar foi magnífico, a olhar a
deslumbrante paisagem, com o rio e o intenso verde da vegetação ribeirinha, com
os pequenos barcos de pesca tradicional, a ondularem ao sabor da brisa e da
corrente.
A
tranquilidade ao início da manhã era só interrompida pela passagem de um ou
outro veículo motorizado, ou pelos gritos das gaivotas que sobrevoavam o
cais. Ali perto um pescador remendava as suas redes, outro tentava fazer
melhorias no seu barco, e a brisa da manhã, espalhava um forte cheiro a
"maresia".
A zona
ribeirinha de Vila Nova de Cerveira além do porto de pesca tradicional e do
porto de recreio possui uma série de infraestruturas, como o Museu das Pescas, um Aquário e um Aquamuseu, que proporciona aos
visitantes uma viagem desde a nascente até ao estuário do rio Minho, durante a
qual se podem conhecer as espécies piscícolas mais representativas daquele
curso de água.
Ali também coexiste o Parque do Castelinho, um
excelente espaço de lazer voltado para o rio e onde não faltam infraestruturas
de divertimento e de descanso para crianças e adultos.
Fonte: http://www.cm-vncerveira.pt/ http://www.anossaterra.pt/
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