A Itália


A Itália é o quinto país que recebe mais turistas no mundo e ao lado da Grécia, é considerada um dos berços de diversos movimentos artísticos e intelectuais que se espalharam pela Europa e pelo mundo. Possui por isso, 3 mil anos de tradição cultural, que se mostra presente em cada um dos milhares de museus e palácios do país.

A contribuição italiana na pintura, escultura, arquitectura, literatura, ciência, música e filosofia são indiscutíveis, sendo enorme o número de obras de grande valor, que ao longo dos tempos imortalizaram os grandes homens que as criaram.
É um país em forma de bota e banhado pelas águas do Mediterrâneo e do Adriático, que se encontra dividido em 20 regiões. Possui ainda os estados independentes de San Marino e do Vaticano, que são enclaves no interior da Península Itálica.

A Itália que conhecemos hoje, foi formada pela unificação destas regiões, que outrora tinham sido independentes, começando aqui uma das características marcantes deste país, sendo comum, que alguém nascido em terras italianas, se definia como siciliano ou piemontês, em vez de simplesmente italiano.

E os seus habitantes têm uma certa razão, uma vez que a realidade histórica e cultural de cada uma dessas regiões, para além das suas diferentes características, continua a distingui-las de forma marcante.

A Itália moderna é uma república democrática e um país desenvolvido, com a oitava melhor classificação no índice de qualidade de vida. O país goza de um alto padrão de vida, sendo o 18º país mais desenvolvido do mundo. Foi um dos membros fundadores do que é hoje a União Europeia, tendo assinado o Tratado de Roma, em 1957.

O idioma oficial é o italiano, falado por quase toda a população. O italiano padrão, é uma língua derivada do dialecto da Toscana, sobretudo aquele que é falado na região de Florença. Há no entanto vários dialectos, falados em algumas regiões do país, bem como algumas línguas, como o francês, o alemão ou o esloveno, em cidades ou regiões próximas dos países de origem dessas mesmas línguas.

A economia da Itália era baseada outrora na agricultura. Porém, após a 2ª Guerra e depois de ter passado por grandes mudanças, o país tornou-se primordialmente industrial. A Itália possui grandes diferenças socioeconómicas entre a região norte e a região sul do país. O norte da Itália é altamente industrializado, sendo Milão o seu centro financeiro. Porém o sul é ainda predominantemente agrícola.

A simpatia do seu povo, faz-nos sentir como que em casa, sendo mais fácil encontrarmos pessoas respeitadoras, amáveis e prontas a ajudar, do que no nosso próprio país. Dei muitas vezes por mim a pensar, que não é por acaso que o seu cinema é dos mais polémicos, criativos, mordazes e críticos da sociedade contemporânea, sendo este uma espécie de espelho de uma sociedade que facilmente se autocritica, crescendo por isso positivamente.

Na Itália o autocaravanismo itinerante está muito desenvolvido. Vêem-se muitíssimos italianos e casais jovens de autocaravana, as áreas para autocaravanas existem em todas as cidades com interesse turístico e são boas. Os parques de campismo são de muito boa qualidade, têm bastantes sombras, mas são caros, ficando a diária acima dos 60 euros. Vendem a internet caríssima, sendo em média a 3 euros à hora, à excepção do parque de campismo de Florença, que a vendia a 1 euro - 12 horas.

O custo de vida é comparável ao nosso, em especial na alimentação, roupa, sapatos (mais baratos e de melhor qualidade), restauração e espectáculos, mas as entradas nos museus e palácios, bem como as auto-estradas são caras.

A culinária italiana tem várias características específicas, conhecidas mundialmente. No entanto, dentro da própria Itália, a culinária não só é regional, como também sazonal. As regiões têm características próprias, que as diferenciam umas das outras. Utilizam diferentes ingredientes, receitas e até modos de preparo.

Na antiga Itália, as refeições podiam ter até cinco pratos servidos, com mais três achegas depois de terminada a refeição. As refeições duravam horas e, em dias de festividades, podiam durar até o dia inteiro. Hoje em dia, esta tradição só é utilizada em feriados especiais e, mesmo assim, não de forma tão exagerada. No entanto os cardápios nos restaurantes, permitem uma enorme escolha, inclusive todas as hipóteses abaixo incluídas.

As refeições seguiam a seguinte regra:

1. Antipasti - tiragostos quentes ou frios.
2. Primo - um prato quente como pasta, risoto, gnocchi ou polenta.
3. Secondo - o prato principal. Normalmente, composto por peixe, carne bovina ou suína ou aves.
4. Contorno - uma guarnição, normalmente de salada ou legumes cozidos. Servido com o prato principal.
5. Formaggio e frutta - queijo e frutas, a primeira sobremesa.
6. Dolce - a sobremesa em si, com bolos e biscoitos.
7. Caffè - Café e/ou expresso.
8. Digestivo - licores ou vinhos que, tradicionalmente, encerravam as refeições.

A culinária italiana que conhecemos hoje não é verdadeiramente italiana. A culinária de cada região da Itália difere bastante da das outras e não existe uma culinária própria para o país inteiro. Neste caso, costuma-se dizer que a culinária italiana é mundial, pois todos os países adicionam o seu toque especial às receitas italianas.

No entanto, as várias regiões presenteiam-nos com belíssimos pratos que resultam de uma evolução de séculos de mudanças sociais e políticas. As suas raízes encontram na Idade Média e mostram a influência dos árabes e normandos. Essas influências ajudaram a moldar o que hoje é conhecido como culinária italiana, adicionando itens como: batatas, tomates, pimenta e milho.

Na gastronomia do norte da Itália predominam produtos de influência francesa, austríaca e húngara, com o emprego de muitos produtos derivados do leite, enquanto que no sul, predominam os de influência árabe, com o uso de muito molho de tomate, pouca carne bovina e muita carne de coelho, ovina, caprina e suína.

Nos bosques e montanhas predominam os famosos “funghi” (cogumelos) e muita caça. Já no litoral, encontra-se diversos tipos de peixe, com destaque para o atum e o peixe-espada, além muitos outros frutos do mar e bacalhau.

Salames, queijos e vinhos de primeira linha completam a riquíssima cozinha tipicamente regional de todas as partes da Itália.

Fonte: Wikipédia / reismagos.com.br / mundi.com.br/Turismo

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