A imprensa europeia está revoltada com a Google, acusando-a de pilhar as suas riquezas sem nada pagar em troca. Esta é uma visão cada vez mais partilhada por governos e empresários da comunicação social europeia.
Começa pelo parlamento alemão, que se prepara para aprovar uma “Lei Google”, com o objetivo de obrigar os motores de busca a pagar pelos conteúdos de informação que apresentam.
Em França, François Hollande acaba
de deixar um ultimato claro nas mãos de Eric Achmit, o número dois do Google,
dando-lhe apenas 3 meses, para que haja um entendimento com a imprensa
francesa. Caso contrário, o governo francês fará aprovar uma lei que atingirá a
Google e empresas similares. Uma solução imposta pela dureza dos californianos
que recusaram qualquer diálogo.
“Recordo-me ainda do dia em que
Carlo d’Asaro, diretor do Google Europe, me disse que jamais pagaria um cêntimo pela informação, pois ela não tinha qualquer
valor”, recorda, indignado, Francis Morel, presidente do grupo editorial
francês Les Echos.
A informação não tem valor? É precisamente o que repetem os responsáveis do
Google, em todos os países, a todos os editores. “A sua tática é simples: dizer a
cada um que é o único a queixar-se e que essa atitude não tem nenhuma
possibilidade de êxito”, refere o alemão Christoph Keese, responsável pelas
relações públicas do colosso editorial alemão Alex Springer.
Há um momento em que a tática de
“dividir para reinar” não funciona: é quando os cofres dos jornais ficam
vazios, enquanto os do Google transbordam, graças à venda dos seus “links com
patrocínios”. Os editores exigem-lhe pois, que partilhe as receitas que os seus
artigos geram, mas a resposta da multinacional é sempre negativa.
”Somos a principal fonte de tráfego dos jornais. Damos-lhes 4 milhões de cliques
por mês, no planeta. Compete-lhes transformar este tráfego em receitas de
publicidade”, dizem os seus porta-vozes, acrescentando que a empresa coloca à
disposição dos jornais o poder da sua máquina publicitária, assim como toda a
sua experiência. Este discurso exasperou os alemães, que resolveram obrigar a
Google News a pagar a sua contribuição. Os dois gigantes locais da informação,
a Bertelsmann e a Axel Springer, fizeram causa comum desta luta, desde há
quatro anos, e convenceram Angela Merkel a apresentar uma lei. O parlamento
alemão vai examiná-la nas próximas semanas, e como é apoiada por ambos os
partidos da coligação no poder – CDU e liberais – será improvável um fracasso…
apesar da oposição dos socialistas e dos Verdes.
“O que mais nos surpreendeu foi a recusa do
Google de negociar o que quer que fosse connosco. Todos os outros agregadores
de conteúdos e motores de busca vieram discutir. “Eles não” revela Christoph
Keese, que se espanta, igualmente, com a estratégia de uso da força da empresa:
“Um pequeno grupo de empresários de Internet apoia-os ruidosamente, falando de
liberdade. Descobrimos que eram financiados pelo Google de forma totalmente
opaca.” Sente-se hoje aliviado, por os editores franceses terem desencadeado
uma ofensiva semelhante à sua: “É a melhor das notícias, pois demonstra que não
somos os únicos a pensar assim.”
Em Portugal também se começam a levantar vozes contra os agregadores de
conteúdos. Francisco Pinto Balsemão, presidente do conselho de administração do
grupo Impresa, ao qual pertencem a
VISÃO, a SIC, o Expresso e outros meios de comunicação social, deixou bem clara
a sua posição sobre o Google e outras empresas similares. “Os grandes
agregadores de conteúdos – eles próprios não produzem conteúdos – não podem
continuar a usar e a abusar dos nossos conteúdos, a tirarem-nos a publicidade e
a não serem obrigados a recompensar-nos”, disse durante a conferência Media de Futuro, promovida pelo
Expresso e pela SIC Notícias. (...)Claude Soula, in Revista VISÃO, pag. 66/67, de 15 a 21 de novembro de 2012.
Enfim!… Agora, também têm o descaramento de pedir dinheiro aos utentes dos blogues, para que estes possam publicar neles as suas próprias fotos (ficando com a sua publicação impedida em jeito de chantagem - "ou pagas ou não publicas!"), que lhes são dadas de mão beijada, para além de lhes darem a publicação de muitos textos com muita informação, que são resultantes de muitas horas de trabalho totalmente gratuito, usando estes blogues para aplicar publicidade a seu belo prazer. Enfim!...
Para além de tudo isto, ainda usam como prática habitual (pelo menos no que me diz respeito) várias arbitrariedades, como: 1 - Descriminação, exigindo a uns uma retidão a nível cientifico, no que se refere à colocação das referências bibliográficas e web gráficas e descurando muitos outros, senão a maioria, que livremente usam textos na integra, sem qualquer tipo de referência. 2 – Impedimento de consulta de sites (para impedir a verificação correta do link a referir, como aconteceu quando quis retificar o poste, Chegada a Amarante - 3º Dia - Parte III); 3 -Impedimento da publicação normal, obrigando a uma publicação em HTML (quer de texto, quer de imagens, obrigando a um maior dispêndio de tempo na publicação das postagens), durante mais de um ano, o que revela mais uma vez descriminação em relação aos outros blogues; 4 - Impedimento de retificar algumas postagens, só conseguindo fazê-lo depois de ter passado o poste para rascunho e depois publicá-lo em HTML; 5 - Impossibilidade de colocação de imagens no Layout, para impedir não sei bem o quê! (será que só eles querem ter o direito de colocação de publicidade na blogosfera?...)
Ler mais em: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-google-contra-os-jornais-europeus-,951635,0.htm
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