De Peso da Régua ao Pinhão - 5º Dia - Parte III




A chegada ao Peso da Régua já para o final da tarde, ainda encontrou todos os estabelecimentos comerciais abertos, o que nos proporcionou as habituais compras de pão de centeio e de saborosos enchidos do norte, que ali se podem comprar nos talhos da marginal.
De todos estes, a minha preferência recai nas saborosas alheiras, nascidas em Trás-os-Montes. Diz a lenda que foram inventadas pelos judeus, que no tempo da Inquisição e para fugirem às perseguições, faziam enchidos que eram maioritariamente feitos com carne de porco.
 

Os judeus ao confecionarem as alheiras iludiam os cristãos e as autoridades eclesiásticas, comendo as alheiras que todos suponham serem chouriços de carne de porco, quando na realidade para as fazerem utilizavam carne de aves de caça, galinha caseira e pão. Hoje em dia, as alheiras já são convencionadas com outro tipo de carne inclusive carne de porco, carne de javali e até bacalhau...
Depois a viagem continuou sem mais demoras uma vez que ainda queríamos chegar de dia ao Pinhão, para a compra habitual de vinho generoso branco, o melhor aperitivo do mundo, quando bebido bem fresquinho.

Lá vai ficando a Régua para trás com as suas três pontes altaneiras. Momento interessante, este, o passar junto aos pilares fortes e altos destas três obras de engenharia. A cidade e o movimento da marginal da Régua desaparecem, como que espontaneamente. Em Juncal de Baixo atravessa-se o rio e o percurso feito pela estrada acompanha o rio, seguindo pela marginal desde a Régua ao Pinhão, obrigando a uma condução quase em jeito de passeio.
As belas paisagens surgem a cada instante, como em qualquer parte do vale do Douro. E mais uma vez a encantadora simbiose nos espanta, numa perfeita harmonia entre o enorme rio que vai desaguar à cidade do Porto, os montes adoçados e os vinhedos. É uma delícia para quem quer que por ali passe. Em Juncal de Baixo atravessa-se o rio e o percurso feito pela estrada acompanha o rio, seguindo pela marginal desde a Régua ao Pinhão, obrigando a uma condução quase em jeito de passeio.

As belas paisagens surgem a cada instante, como em qualquer parte do vale do Douro. E mais uma vez a encantadora simbiose nos espanta, numa perfeita harmonia entre o enorme rio que vai desaguar à cidade do Porto, os montes adoçados e os vinhedos. É uma delícia para quem quer que por ali passe.
Quanto às amendoeiras, encontram-se um pouco por toda a parte, em especial no Douro Superior, e que a partir de finais de fevereiro até ao início de abril, formam no seu conjunto, um dos espetáculos naturais mais bonitos do nosso país.

O grandioso rio vai espelhando reflexos fiéis das margens. Do outro lado da margem, Covelinhas, uma aldeia no sopé da montanha, que só a passagem do comboio lhe faz reparo.
Mais à frente uma grande diversidade de quintas vão aparecendo a meia encosta, quer do lado direito, quer do lado esquerdo, sendo neste em maior número.


Lá mais para montante observa-se a Quinta de Santo António, já no concelho de Tabuaço, no alto de Santo António da freguesia de Adorigo, muito privilegiada em estar de face virada para o rio.
À beira da estrada visualizam-se muitas tabuletas com as indicações “vende-se vinho” e “vende-se azeite biológico”, num chamariz sedutor à compra das iguarias da região.
 
No lugar onde o rio faz uma apertada curva à esquerda, o Pinhão aparece logo mais à frente, do outro lado da margem. Passa-se para a margem direita numa antiga ponte de ferro, assente sobre pilares largos e robustos e quando chegamos, sente-se logo ali uma certa magia, não estivéssemos nós no epicentro da mais antiga região demarcada do mundo, considerada Património Mundial pela UNESCO.


Fonte: http://www.cp.pt/ http://maps.google.pt/ http://valores-beira-alta.blogs.sapo.pt/ http://quintadaribeira.blogs.sapo.pt/

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