Torre de Moncorvo - 6º Dia - Parte II

 


Torre de Moncorvo (muitas vezes chamada simplesmente de Moncorvo) é uma vila da sub-região do Douro, situada no Sul do Nordeste Transmontano, na confluência dos rios Sabor e Douro.

Pelo caminho a viagem é desmesurada de horizonte e terra áspera. Já bem perto de Torre de Moncorvo observa-se que os rios Sabor e Douro são uma marca na paisagem destas terras, bem como o peculiar Vale da Vilariça e a Serra do Reboredo.

Nos vales e margens dos rios, a paisagem é feita de encostas íngremes e acidentadas com penedos ciclópicos e vegetação rasteira, de onde sobressaem inúmeras giestas brancas. Mas no fértil Vale de Vilariça as culturas cerealíferas e as hortas proliferam, com oliveiras, amendoeiras e laranjeiras à mistura. Este vale ter-se-á formado a partir de um lago interior que foi enchendo ao longo de vários séculos com detritos arrastados pelas correntes. Em todos os Invernos é alagado pelas águas, num fenómeno em muitos aspetos semelhante às cheias do Egipto, mas dentro das suas proporções. Esta região é por isso mesmo referida entre os geógrafos do norte como o "Vale do Nilo Português".

A Serra do Reboredo além de ser um grande reservatório de água com muitas nascentes está revestida por um manto vegetal com inúmeras espécies, onde se destacam manchas de pinheiros, medronheiros, cedros, castanheiros, sobreiros e carvalhos. De notar ainda que o carvalhal primitivo é referido como a maior mancha de carvalhos brancos da Europa, onde podemos encontrar invulgares orquídeas bravas.

Naquele domingo a chegada à vila de Moncorvo encontrou-a numa calma própria de um domingo pascal, sendo poucas as pessoas que pela rua deambulavam.

Com a autocaravana estacionada na Praça Francisco Meireles, fomos visitar o centro da vila a pé. Na praça destaca-se ao centro o grande Chafariz Filipino, que data de 1636 e fica em frente à escadaria que liga a ao Largo do Castelo.

Caminha-se depois para o núcleo medieval que espera por nós, fazendo-se destacar ao longe pela presença altaneira da imponente torre da Igreja Matriz.

Sempre a subir ligeiramente por ruas empedradas de traça medieval, os nossos passos ecoavam nas calçadas, enquanto íamos subindo em direção da magnífica Igreja Matriz, do séc. XVI.

Procurávamos a Moncorvo da Igreja Matriz, templo desmesurado, o maior de Trás-os-Montes; dos labores artesanais; da amêndoa tratada com excelência, como não há igual; do azeite que se diz o melhor de Portugal, e, claro, da gastronomia e dos vinhos da região.

No núcleo medieval além de lindas casinhas que mais parecem de bonecas, incluem-se também as casas solarengas. No casario sobressaem as varandas de alpendre, pequenas janelas de guilhotina e largos beirais, num misto entre o granito e paredes alvas caiadas.

Também ali encontrámos o Museu do Ferro, infelizmente fechado e as inúmeras “lojas artesanais” (2 ou 3 abertas naquele dia) de venda de produtos regionais e confeção das famosas “amêndoas cobertas de Moncorvo”.

Dentro das lojas inúmeras iguarias da região, como os queijos, os licores, os bolos e biscoitos, os vinhos do Porto e de mesa brancos e tintos, as frutas e claro as largas bacias em bronze, onde senhoras confecionam à nossa frente, as deliciosas “amêndoas cobertas”.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/  http://www.torredemoncorvo.pt/  http://viajar.clix.pt/  http://www.cafeportugal.net/
 


Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=vwkOlclFLLo

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