Pinhão - 5º Dia - Parte IV




Chegados ao Pinhão ao final da tarde parámos no Café Veigas, no Largo da Estação, mesmo em frente da Estação de Caminho-de-Ferro, onde habitualmente compramos o vinho do Porto branco e onde se pode degustar sempre vinho do produtor de grande qualidade.
 

Pinhão é uma vila rica de belas paisagens, pois fica situada junto da confluência do rio Pinhão (afluente) com o rio Douro. A primeira vez que visitámos esta bela vila, já foi há muitos anos atrás, quando realizámos o primeiro cruzeiro subindo o rio Douro, até ao Cachão da Valeira (o lugar onde morreu o Barão de Forrester, de nome Joseph James Forrester, quando se encontrava hóspede de D. Antónia Adelaide Ferreira e que veio a encontrar a morte quando o barco em que se faziam transportar, se virou numa viagem de recreio).


O Cachão da Valeira fica situado a apenas 1 Km, a montante da Barragem da Valeira, e é um impressionante estrangulamento do rio Douro, entre enormes fragas abruptas que faziam precipitar as águas numa queda de 7 metros de altura e que só é possível visitar de barco.
A base económica do Pinhão é o vinho e ali se produzem os melhores vinhos generosos de toda a região vinícola do Douro, encontrando-se também ali sediadas algumas das mais importantes Quintas do Douro. Devido à sua localização geográfica, tornou-se num importante entreposto comercial, sobretudo para o transporte do vinho do Porto, que antigamente se fazia nos barcos “rabelos” e que mais tarde, com o aparecimento do caminho-de-ferro, passou a ser expedido e comercializado através do comboio.


O turismo constitui atualmente uma fonte importante de riqueza e é habitual encontrarmos nos cafés do Pinhão muitos estrangeiros, que ali vão para sentir de perto a vila que historicamente é o ponto fulcral da produção do vinho do Porto. Através do rio, também por ali passam centenas de turistas vindos dos cruzeiros que anualmente navegam pelo rio Douro.
Em termos patrimoniais, destacam-se a Igreja da Nossa Senhora da Conceição com um cruzeiro e uma pequena capela e a Estação de Caminho-de-Ferro que é também um lugar de visita imperdível, uma vez que se encontra ornamentada por azulejos oitocentistas, autênticos retratos da faina duriense.


Mas ali também não devem deixar de observar-se, a bela ponte rodoviária sobre o rio Douro, a ponte metálica ferroviária, a ponte romana sobre o rio Pinhão, o barco rabelo fundeado no porto, as quintas e os velhos solares que atestam a riqueza proporcionada pela produção do vinho do Porto, e sobretudo as belas paisagens durienses que convidam os visitantes a voltar sempre.
A paisagem envolvente é de uma beleza única, devido em grande parte à sua situação idílica, numa encosta do vale do douro, descendo em desníveis para o rio, rodeada de vinhas, laranjeiras e amendoeiras, com uma vista cinematográfica sobre o encantador Douro e rodeada de uma natureza envolvente.
 
 
Depois de uma volta à vila que aquela hora já se encontrava quase adormecida, seguimos viagem com rumo a São João da Pesqueira, onde iriamos pernoitar.
Passa-se novamente a ponte rodoviária sobre o Douro e desce-se a margem esquerda do rio até à povoação de Bateiras, onde está situado o cruzamento com a estrada nacional que nos leva até São João da Pesqueira. Pelo caminho e antes de anoitecer totalmente, a subida da serra faz-nos apreciar a fabulosa e esmagadora beleza o vale do Douro visto lá de cima.



Fonte: http://sjoaodapesqueirafotografia.fotosblogue.com/ http://turismo.cm-alijo.pt/ http://www.guiadacidade.pt/ http://www.casatorresoliveira.com/

Nenhum comentário: