Agosto de 1988 em Marrocos


Recordar esta viagem, vai ser como rejuvenescer 20 anos, pois foi à precisamente 20 anos que a fizemos. Marrocos é um país quente, e em Agosto é de um calor quase insuportável.

Ao pensar nisto e na inicial ideia de rejuvenescimento, lembrei-me de um mito da antiga cultura mediterrânea sobre o rejuvenescimento das águias. De tempos a tempos, reza o mito, a águia, como a fénix egípcia, se renova totalmente. Ela voa cada vez mais alto até chegar perto do sol. Então as penas incendeiam-se e toda ela começa a arder. Quando chega a este ponto, precipita-se do céu e lança-se qual flecha nas águas frias de um lago. Através desta experiência de fogo e de água, a velha águia rejuvenesce totalmente (fénix renascida). Volta a ter penas novas, garras afiadas, olhos penetrantes e o vigor da juventude. Seguramente este mito constitui o substrato de um salmo da bíblia, que diz: "O Senhor faz com que minha juventude se renove como uma águia". Assim sendo, vamos ver se depois de recordar esta viagem, e ao olhar para o espelho, verei novamente os olhos brilhantes da menina mulher que fui.

Dos mares às montanhas, passando pela imensidão do deserto do Sahara e seus belos oásis, Marrocos é um país de contrastes com as suas enormes praias e suas cidades ao mesmo tempo históricas e cosmopolitas. Aqui se fundem o Oriente e o Ocidente, a África e o mundo Mediterrâneo, não só na arquitectura, mas também na gastronomia, no folclore, no artesanato e em tantos outros aspectos da vida deste país.

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