Marrocos e a sua capital - Rabat



Situado no extremo ocidental da África do Norte, numa região designada Magreb, Marrocos possui um litoral que se estende do Mediterrâneo ao Atlântico. A costa mediterrânica é muito acidentada contrariamente à do Atlântico que oferece numerosas praias. Uma imensa planície fértil com inúmeros vales e colinas estende-se entre o Atlântico e a cordilheira do Grande Atlas que atinge, no cume de Toubkal, a Sul de Marrakech, 4.165 m de altitude.

A cerca de cinco mil metros de altitude, o reino de Marrocos parece uma manta de retalhos, alternando entre verde, castanho e vermelho. Em Marrocos, a terra é de um vermelho absorvente, tal como as bandeiras que ondulam ao vento por todos os caminhos das cidades imperiais.

As cidades imperiais são quatro: Rabat, Meknes, Fez e Marrakech, distanciadas por 1047 quilómetros, foram erigidas para deslumbrar. Atravessando séculos de História, os monumentos e a agitação destas cidades encantam qualquer visitante.
Nas ruas estreitas das medinas, centenas de pequenos bazares, alojados nos soukes (mercados), oferecem um espectáculo de aromas e cor, típico destas paragens. Faquires, encantadores de serpentes, vendedores de remédios, corretores de apostas, dentistas e aguadeiros, invadem as praças numa mescla agitada. Balak-balak - cuidado, cuidado,... é o aviso constante a quem impede a passagem.
Todas as cidades marroquinas têm sua cor própria nas construções, que as personalizam e identificam: Marrakech é a cidade vermelha, Meknes é verde; Fez é amarela e Rabat, a cidade branca do litoral do Oceano Atlântico.
Em todas as cidades imperiais há palácios imperiais. Em Rabat porém, ergue-se o maior deles todos e que é a residência oficial do rei, o Palácio Real. Rabat é também a sede do Governo Marroquino, dos ministérios e da administração central. Nela se encontra a maior universidade do país, diversos armazéns, livrarias, cinemas e teatros.
Abrigada no ocre das muralhas, a capital Rabat é uma cidade em que a cor branca é a mais utilizada nos edifícios da cidade, muitos dos quais possuem inúmeros pátios floridos e jardins encantadores. A tudo isto dever-se-á juntar as extensas praias de areia dourada e as florestas de sobreiros da Mamora.
A necrópole de Chellah, (necrópole construída fora das muralhas pelos Merenidas no século XIII, abriga as ruínas da antiga cidade), construída sobre a antiga colónia romana de Sala é hoje refúgio de cegonhas. O café mouro das Oudaías, para saborear a pâtisserie e o típico chá de menta, são lugares a não perder, bem como o Mausoléu Mohamed V, (belo e luxuoso mausoléu, que contém os restos mortais do avô do actual rei, e pai do rei Hassan II, que governava Marrocos à data da nossa viagem), com os olhos postos na Torre Hassan (enorme torre de 44 metros, é o que resta de uma antiga mesquita, que desmoronou aquando do terramoto de Lisboa -1755).
A capital Rabat encanta e inspira. Outrora porto de escala de navegadores fenícios e cartagineses, foi mais tarde refúgio de corsários. A sua história leva-nos a viajar no tempo, na era pré-romana, quando a instalação de Chellah foi estabelecida na boca do rio Bou Regred. A sua fortaleza, juntamente com o seu Kasbah e Oudayas são provas do passado grandioso de Rabat.
Rabat tornou-se capital de Marrocos em 1912, e desde esta altura, passou a ser a cidade moderna e dinâmica de hoje. Rabat é uma cidade do século XXI, com todas as conveniências e entretenimento dos nossos dias.
Como a maioria das culturas árabes, a população de Rabat é famosa pela hospitalidade. Os marroquinos adoram visitantes internacionais e ficam sempre empolgados em dividir sua cultura connosco.

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