Meknès









Meknès é também uma cidade Imperial do norte de Marrocos, capital da província homónima, situada numa fértil planície ao norte do médio Atlas. Embora não tivéssemos tempo para visitar a cidade de forma mais pormenorizada, conforme queríamos, uma vez que as férias estavam a acabar, resolvemos dar umas voltas, que nos dariam, pelo menos uma ideia geral da cidade. Assim, ficam aqui algumas impressões relativamente ao que vimos e li sobre ela.

Na sua produção industrial, predominam a industria alimentar - transformação de frutas e verduras, a elaboração de azeite de palma, as fundições de metal, as destilarias, a elaboração de cimento e o artesanato (tapetes e lã).

A agricultura nesta região, dedica-se ao cultivo de cereais e frutas. A cidade está rodeada por uma tripla fila de muralhas que abriga o palácio do sultão e uma cidadela Almóadas.
Ao norte, encontram-se as ruínas romanas de Volúbilis e a cidade santa de Moulay-Idriss, fundada em 788 d.C.

Meknès foi construída há mais de 350 anos e continua a abrigar mesquitas, palácios, e jardins. A cidade histórica é rodeada por uma enorme muralha, de 40km de ameias e torres. Meknès já foi a antiga capital de Marrocos. Uma das principais atracções é o Palácio de Dar El Kebira, mandado construir pelo sultão Moulay Ismail no séc. XVII.
A visita à cidade deve começar fora da Medina, na Ville Nouvelle, onde estão localizados os hotéis e restaurantes, circulando-se para se verem as grandes muralhas e suas portas de entrada na Medina, as "babs".

O Palácio Real, com seus estábulos imensos e bonitos, que segundo os guias abrigava 12.000 cavalos e todas as infra-estruturas para os cavaleiros, tratadores, inclusive os silos para os alimentos secos e palhas, o reservatório de água com um mecanismo engenhoso para alimentar de água, tanto o palácio quanto a "Medina", além dos jardins suspensos com oliveiras.

A Mesquita, com interior ricamente ornado, é uma das poucas visitáveis por não muçulmanos.

O Mausoléu de Moulay Ismail, sultão marroquino que reinou de 1672 e 1727, teve 500 esposas, 548 filhos e 340 filhas. Ele ordenou que os palácios em Fez e Marrakech fossem destruídos para que nenhuma cidade fosse mais bonita que Meknés, escolhida por ele para sua capital. Considerado um tirano, Ismail reinou durante 55 anos e é apontado como responsável pela morte de 30 mil pessoas.

O Aquedal, imenso reservatório de água, foi construído apenas para regar os jardins reais e divertir suas 500 esposas. Por essas realizações, este sultão é venerado na cidade, como seu rei eterno. Mulheres muçulmanas passam o dia a rezar no mausoléu, onde estão depositadas as suas cinzas.

Em Meknès tal como em Fez, existem muitos artesãos de primeira, que se dedicam à arte decorativa marroquina: São uma beleza..., a carpintaria, os mosaicos cerâmicos decorativos com desenhos geométricos e composições impressionantes, o estuque (a caligrafia cursiva com versos do Corão em árabe escrito nas paredes) e as delicadas filigranas sobre metal. Um choque visual exótico, belo e inesquecível. Espero um dia lá voltar...

Nenhum comentário: