






Casablanca (Dhar-al-Bayda) é a maior cidade de Marrocos, na costa atlântica do país. Tem cerca de 3,7 milhões de habitantes e é o maior porto e o maior centro industrial e comercial de Marrocos. Símbolo da hospitalidade marroquina, é a capital económica do país e um dos portos mais activos de África. Casablanca parece mais uma cidade comum da Europa, do que uma cidade Árabe, contudo, mantém as características que a tornaram uma das cidades mais apreciadas do reino de Marrocos.A cidade possui uma praça principal, da qual irradiam todas as avenidas. Na generalidade, os edifícios constituem uma versão francesa da arquitectura árabe-andaluza, brancos com linhas simples, sendo de especial interesse a área da Praça das Nações Unidas, onde se localizam as maiores infra-estruturas. Dinâmica e próspera, alberga toda uma miscelânea de culturas, conjugando tradição e modernidade, proporciona um ambiente único e especial, seduzindo irresistivelmente os forasteiros.
Mais conhecida mundialmente, pelo famoso filme «Casablanca», contudo, não deixa de ter laços íntimos com os Portugueses. Conquistada por estes, em 1468 e 1515, a então cidade conhecida pelo nome de Anfa, foi destruída também pelos portugueses em 1468, que em 1515 fundaram a actual cidade com o nome de Casa Branca. A cidade foi definitivamente anexada ao reino de Marrocos no século XVIII, passando-se a chamar-se Dhar Bayda (tradução literal de Casa Branca).
Destruída novamente pelo terramoto de 1755, foi reconstruída pelo sultão de Marrocos em 1757. Nessa época instalaram-se na cidade muitos mercadores espanhóis passando Casa Branca a ser conhecida como Casablanca. Foi ocupada em 1907, pelos franceses que promoveram o seu desenvolvimento.
A crescente actividade mercantil atraiu um grande número de comerciantes e artesãos que se instalam na Medina Velha - um mundo que vive de cores e cheiros únicos e fascinantes. No início do século XX, chegam os franceses que lhe dão um toque mais parisiense - surgem largas avenidas, ladeadas por brancos edifícios que albergam lojas e residências e servem de sede às grandes empresas acabadas de chegar a Marrocos.
Durante a Segunda Guerra Mundial, em Janeiro de 1943, foi o palco de uma conferência entre o presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt e o primeiro-ministro britânico Winston Churchill.
Casablanca possui um dos maiores portos artificiais do mundo, sendo um local importante de negócios e comércio. As principais indústrias são a pesqueira, a vidreira, a de mobiliário, a de materiais de construção e a do tabaco. Existem várias áreas de comércio, onde são vendidos vários tipos de produtos, nomeadamente o artesanato.
Com uma forte influência ocidental, especialmente francesa, Casablanca apresenta-se como uma cidade moderna, diferente das outras cidades do país. Aqui, o uso do véu por parte das mulheres é praticamente inexistente, sendo usado apenas por mulheres tradicionalistas ou algumas mulheres mais velhas. As jovens, além de andarem com o rosto descoberto, preferem roupas mais ao estilo europeu.
Mas não pense que a cidade perdeu a sua identidade! Nas ruas ainda impera o uso do djellaba, fato tradicional marroquino usado por homens e mulheres que nos pés trazem calçados os belgha, espécie de chinelos em pele, bastante confortáveis. E atenção, quando se pretende fotografar alguém, deve-se pedir autorização antes, porque se não, poderemos passar por situações um pouco embaraçosas!
Como monumento mais importante, existe a Mesquita Hassan II, (concluida recentemente à data da nossa viagem), e que parece flutuar no oceano, é um dos edifícios mais altos do mundo. O seu minarete ergue-se a uma altura de 200m. A Mesquita Hassan II, a segunda maior do mundo, com espaço para abrigar 20 mil pessoas na suntuosa sala de orações feita inteiramente de mármore e granito. Na esplanada externa, há vagas para 80 mil pessoas. Mais de 2.500 artesãos de todo o país trabalharam em turnos ininterruptos para que a mesquita fosse inaugurada em agosto de 1993. O templo está aberto aos não-muçulmanos.
Seguindo o Islamismo como religião oficial do reino, o dia rege-se pelos cinco chamamentos à oração, anunciados pelo muezzin (sacerdote) do cimo do minarete das mesquitas. Mas a coexistência com outras religiões é perfeita, sendo autorizada pela Constituição a prática de outras crenças. A igreja cristã de Notre Dame de Lourdes, com os seus belíssimos vitrais, é disso exemplo.
Ao longo da La Corniche (Avenida Marginal) de Casablanca pode apreciar-se o mar que ali surge com todo o seu esplendor. No Verão a agitação é permanente, com as praias cheias de gente que ali vai descansar, apanhar sol ou nadar numa das várias piscinas naturais que ali foram construídas. Hotéis, bares e restaurantes rodeiam a larga avenida, dando-lhe vida durante todo o ano. Se se perguntar a um marroquino qual a zona mais animada da cidade, de certeza que a resposta será La Corniche!...
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