O nosso passeio ciclístico
continuou e já ao anoitecer deixa-se definitivamente a Cidade das Artes e das Ciências,
deixando para trás as suas belas obras brancas, estranhamente orgânicas, que se espelham
nos lagos que as circundam e se integram na perfeição com o azul intenso do céu
de Valencia.
Deixam-se também para trás
o Parque Jardín del Turia e o Parque Gulliver
a caminho do centro de Valencia. Os Jardines del Turia são lindos e compõem um parque
que circunda a cidade antiga e têm uma extensão de 9 Km. Ocupam hoje o lugar
onde corria outrora o rio Túria, que antigamente compunha a geografia
valenciana.
As pontes que interligavam a zona antiga da cidade e a zona nova, continuam preservadas e misturam-se harmoniosamente com o verde do parque. Passa-se novamente a Ponte Angel Custodio, agora em sentido inverso, a caminho do centro histórico. Pedalando vigorosamente percorrem-se as ruas movimentadas por transeuntes, alegremente iluminadas pelos letreiros e montras de lojas que aquela hora ainda laboravam.
A sensação do vento no rosto e de descobrir as cidades pelos nossos
próprios caminhos é uma experiência sempre incomparável e gratificante. Mas
naquele dia a orientação foi-nos proporcionada pela Torre
Micalet, que de longe nos guiou as pedaladas até ao centro. É uma torre
belíssima que leva o nome do sino colocado no seu topo e que é dedicada a São
Miguel.
O centro da cidade de Valencia fica situado na margem direita do rio Túria e nele se encontra o bonito e antigo bairro d'El Carmen. A maioria dos monumentos podem ser descobertos num simples passeio a pé pela Plaza del Ayuntamiento.
Na Plaza del Ayuntamiento, paramos para um aperitivo numa esplanada do centro, a ver a Catedral. Deixam-se as bicicletas amarradas por cadeados e caminha-se até à catedral que ainda se encontrava aberta. Espreita-se para o seu interior, mas como a hora já é tardia, destina-se o dia seguinte para a visita.
O jantar foi na típica e central La Taberna de la Reina, onde a dieta mediterrânica está bem presente, mas o prato com maior destaque é mesmo a paella. Semelhante ao nosso arroz à valenciana, os legumes, peixe, marisco e carnes são os reis e senhores neste canto do país vizinho. Para a acompanhar da melhor forma possível, é a “orxata”, uma bebida típica de Valencia, que mistura espumante e sumo de laranja.
La Taberna de la Reina é um bom lugar para a qualquer hora do dia se comerem
bons “pinchos” (tapas) no centro da cidade. Possui uma grande variedade de pinchos, que são servidos sob uma
pequena fatia de pão.
É no bairro antigo da cidade, onde se encontram os melhores bares de tapas, restaurantes e cafés, que oferecem qualidade a preços honestos. A cervejaria Los Toneles é também um desses locais. Outro sítio que também merece destaque é a cervejaria 100 Montaditos numa das zonas mais modernas da cidade, onde cada pincho custa só 1 euro.
Após o jantar
faz-se uma caminhada pela Plaza
del Ayuntamiento, onde se podiam degustar ainda várias sobremesas, por se
encontrarem abertas, pastelarias, geladarias e bancas próprias das festas da
cidade, que vendiam churros com chocolate e a famosa bebida da cidade, a orxata.
No centro da Plaza del Ayuntamiento, destacava-se a Falla de Lope de Veja, que estava relacionada com o Circuito de Fórmula 1 de Valencia. As Fallas são obras esculturais feitas de cartão, que muitas vezes são caricaturas de figuras conhecidas e que ardem na noite de 19 de Março em Valencia, para celebrar as festas da cidade, dedicadas a San José.
Fonte:
Wikipédia.org / http://joaoterra.com.br/ http://members.virtualtourist.com/
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