3º Dia - 3ª etapa - Passeio pelo Parque Nacional de Montesinho

Ao final da tarde, foi o momento do regresso a Bragança. Ao pé da nossa mota, uma placa indica Espanha e Puebla de Sanábria, o local de onde viemos e outra indica Bragança. É por aqui que seguimos.

A estrada sobe até ao planalto e por este segue por longos quilómetros, deambulando pela crista da Serra do Montesinho. Neste percurso pode admirar-se o enquadramento, paisagístico da região pois a Serra de Montesinho ergue-se imponente a noroeste e a Alta Lombada a leste.
É ali que se podem observar com alguma regularidade, o açor e a águia-real, que sobrevoam estas paragens em busca de alimento.

A breve trecho a paisagem agreste das encostas desnudadas vai aos poucos dando lugar a uma paisagem que varia desde as elevações planálticas da chamada Lama Grande, mais a norte, aos lameiros (campos mantidos sempre verdes e reservados ao pasto do gado) lá mais para baixo.
É ali que se encontra Varge, a única povoação que se encontra à beira da estrada, desde que se deixou Rio de Onor. É nesta aldeia que se pode saborear a famosa “posta mirandesa”, no restaurante “o Careto”, recomendado por vários sites gastronómicos. Mas ainda não tínhamos apetite, pelo que seguimos viagem.

Saindo de Varge, a paisagem ondulada de campo aberto, onde o lameiro e as terras de cereal são a tónica dominante. Mais para baixo, as matas, estão igualmente presentes e incluem carvalhais, soutos, pinheiros e vidoeiros.

Na estrada e do lado esquerdo, o rio de Onor acompanha-nos, num vale verdejante, sombreado por alto arvoredo. Quando chegamos ao cruzamento do aeroporto, que fica do lado direito da estrada, seguimos para a esquerda em direcção a Bragança.

Na direcção oposta, a estrada leva-nos à aldeia típica de Baçal, berço do erudito Abade de Baçal e às aldeias de Sacoias e Aveleda, mais adiante.

Começamos a descer lentamente e dali pode-se admirar o belo panorama da cidade de Bragança e da Serra de Nogueira que ficam em direcção ao sul.

Depois a paragem para o jantar, no restaurante “o Javali”, do lado direito da estrada, a caminho de Bragança, recomendado pela Michelin e onde se degustou um excelente javali estufado.

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