No vale do rio Fervença, por onde caminhámos muito tempo, somos envolvidos por uma paisagem muito natural, de carácter pitoresco, que sem dúvida valorizou as margens do rio criando um bonito e singelo arranjo paisagístico da envolvente. Ao longo do percurso é possível passar de uma margem para a outra por meio de pontes de ferro, num total de quatro.A vegetação acompanha as margens do rio, e está também instalada em canteiros, organizados em socalcos, alguns apresentando declive apreciável. As zonas das margens assim como as dos canteiros encontram-se relvadas ou cobertas de vegetação herbácea espontânea. Espécies arbóreas e arbustivas de porte, folhagem e estrutura bastante diversificada estão isoladas, organizadas em linhas ou em grupos, formando manchas que se distinguem atendendo a vários critérios, tais como: porte, persistência ou caducidade das folhas, tonalidade de cascas e folhagem, floração ou frutificação.
Na margem esquerda, ao longo da zona pedonal que conduz ao Jardim Doutor António José de Almeida, e principalmente, nos trajectos planos e mais afastados do leito do rio, foi utilizada alguma vegetação arbustiva de porte rasteiro que reveste o espaço e que forma intenso contraste com os relvados através da cor da folhagem ou da presença de frutificações abundantes.
A encosta da capela do Senhor da Piedade configura um espaço com declive acentuado, organizado em patamares e socalcos, e que ocupa maioritariamente a margem direita do rio Fervença. Toda a área é percorrida por vários caminhos empedrados e em gravilha, rasgados segundo as curvas de nível.Na maioria da sua extensão, os taludes encontram-se relvados, ou pontualmente, cobertos de casca de pinheiro. Nestes taludes foram plantadas espécies arbóreas e arbustivas, em linha, formando pequenos bosquetes, ou pequenos grupos de forma geométrica ou irregular.
No declive do lado leste, contíguo à escadaria que liga o espelho de água à Capela do Senhor da Piedade, existe uma área de olival, que corresponde ao coberto arbóreo e herbáceo inicialmente instalado naquela zona, antes da intervenção. Trata-se de um espaço com bastante interesse pela presença de castanheiros, do olival e da restante flora que lhe está habitualmente associada.
Na base desta pequena colina, o rio faz um cotovelo no qual fica o último dos quatro açudes existentes desde a ponte do Fervença. A comporta encontrava-se encerrada, formando um apreciável espelho de água, que permite a observação dos vestígios do antigo fontanário em pedra.
No ponto em que a rua do Fervença se encontra com a rua Tomás Ribeiro encontram-se também um bar com esplanada, onde tomámos um refresco e um talhão ajardinado, limitados por uma sebe de fotínias de folhagem bicolor e brilhante, que confina na sua parte superior com a estrada do Turismo.
Após a visita à cidade, foi hora de jantar, mais uma vez no restaurante "O Javali", onde já tínhamos estado anteriormente e onde tínhamos sido muito bem servidos. O jantar foi na esplanada do restaurante, em mesas de ferro e debaixo de cerejeiras, onde se degustou uma "posta mirandesa", tão afamada por aquelas bandas. No entanto, desta vez, o serviço não teve a qualidade da primeira refeição, no dia anterior.
Fonte: cm-braganca.pt
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