Ao balcão a proprietária, uma portuguesa muito bonita, da fronteira, casada com um espanhol da aldeia, sendo em seu dizer, vulgar este tipo de casamentos por aquelas paragens. Pelos vistos ali não se aplica o velho ditado português: “De Espanha, nem bons ventos, nem bons casamentos” e ainda bem, até porque eu acredito mais no também velho ditado português, muito acertado por sinal, que diz: “Santos da casa não fazem milagres”.
Olhando lá de cima, quer para norte, quer para oeste, podemos verificar o desenvolvimento ondulado da Serra de Montesinho, numa sucessão de formas arredondadas, aqui e ali separadas pelos vales de rios profundamente encaixados.
Passado algum tempo chegamos a Lobeznos e a partir dali, é um vale que nos acompanha até Puebla de Sanábria, que de longe nos acolhe e que nos aparece um pouco mais à frente, em todo o seu esplendor, após uma leve curva da estrada.
Puebla de Sanábria fica situada em cima de um promontório rochoso, que se destaca ao longe e onde se encontra o burgo antigo. É uma pequena cidade de origem medieval, cujas construções mais recentes lhe foram descaracterizando os flancos.
No entanto o velho burgo continua a merecer uma visita atenta. O monte onde se empoleira é encimado pelo Castelo dos Condes de Benavente, cuja possante torre central é chamada de “El Macho”. O burgo derrama-se por ruas empedradas, estreitas e íngremes, ladeadas de edifícios antigos, muitos deles de traça solarenga.
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