A Mértola
ancestral apresentava um sistema defensivo desde, pelo menos, a ocupação romana
da região, com descrições datadas de 440 a.C..
A partir do séc.
VIII, os árabes iniciaram o domínio da região, com o consequente fortalecimento
do povoado. Este domínio duraria até a conquista portuguesa em 1238. Depois da
restauração muitos trabalhos de renovação ocorreram, como a construção da Torre de Menagem
por iniciativa do Mestre
da Ordem de Santiago a quem o castelo foi entregue.
Uma
vez no Castelo
de Mértola,
caminha-se em direção à sua Torre de Menagem,
ainda imponente no seu formidável volume, que assinala a época em que Mértola foi
durante um século, a sede nacional da Ordem de Santiago.
No
recinto do castelo, cujas muralhas foram recentemente consolidadas, o acesso
está atualmente condicionado por obras de reabilitação.
A
antiga alcáçova, assim como troços importantes da muralha que envolvia a
população, ainda se mantêm conservados. Trabalhos arqueológicos realizados na
alcáçova do castelo puseram a descoberto um bairro mouro dos séculos XII/XIII,
e várias estruturas romanas do séc. IV. As peças cerâmicas árabes encontradas
nas escavações, estão expostas no núcleo do museu de Mértola.
A
Torre de Menagem
situa-se sobre a encosta mais alcantilada. Na sala de armas coberta por uma
abóbada de cruzaria de ogivas, estão reunidos alguns elementos arquitetónicos
recolhidos na vila e nos arredores e atribuíveis a um período de transição
entre os séculos VI e IX, uma época dominada pelas formas decorativas ao gosto
visigótico. Esta mostra, além de um catálogo temático, possui um painel
didático referindo a implantação topográfica dos objetos expostos. Numa sala
superior, recentemente recuperada, está prevista a montagem de um outro
programa expositivo dedicado à história da própria fortaleza.
Do
topo da fortaleza avista-se uma paisagem já mais algarvia do que alentejana. As
planícies dão lugar a um relevo acidentado, onde se destacam as serras de Alcaria, de S. Barão e S. Brissos.
Estas duas últimas tomaram o nome de dois santos nascidos em Myrtilis Iulia.
Segundo
reza a história dizia-se que S. Brissos, o
primeiro mertolense notável de que há registo, seria irmão de S. Barão, sendo
os dois naturais da Mértola romana,
e que S. Brissos
teria recebido o notável título de Bispo da Diocese de
Évora. São
Brissos hoje considerado um santo português semi-lendário, e que terá sido
o segundo bispo de bispo de Évora, foi martirizado pelos romanos por volta do
ano 312 e o seu culto está bem atestado na região do Alentejo, sendo orago em
várias das suas povoações.
De
cima da Torre de Menagem,
o olhar desce até ao rio, acompanhando os telhados das casas com os seus pátios
interiores recheados de limoeiros e canteiros de flores. Um milhafre pairava no
ar, rondando por vezes a Torre de Menagem,
que alberga um conjunto de fragmentos arquitetónicos da época pré-islâmica,
recolhidos na região.
No
final da tarde, quando a noite já se avizinhava, desceu-se o morro e nos
bombeiros dá-se de novo a reunião de família, anteriormente combinada, para se
jantar um bom caldo verde e um prego no pão. No final do jantar, resolvemos
partir a caminho da povoação de Mina de S. Domingos onde
fomos pernoitar naquele dia.
Fontes: http://pt.wikipedia.org/; http://cathedral.lnec.pt/portugues/mertola.html ; http://www.flickr.com/ ; http://museus.cm-mertola.pt/nucleos/castelo.html ; http://www.aaaio.pt/public/ioand259.htm;
http://www.rotas.xl.pt/1204/500.shtml; http://www.geocaching.com/; http://www.portugalromano.com/2011/09/myrtilis-iulia-mertola/;
http://www.igogo.pt/castelo-de-mertola/
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