Sobe-se ao 1º piso e inicia-se a visita ao Palácio. A primeira sala visitada é um grande salão denominado Salão dos Passos Perdidos. Trata-se de uma enorme sala de espera, cujo nome é alusivo ao longo tempo de espera daqueles que pretendiam ser recebidos pelo Duque.
O
Salão dos Passos Perdidos está
decorado com mobiliário português e indo-português dos séculos XVII e XVIII, tendo
em lugar de destaque dois jarrões de porcelana da Companhia das Índias, com o
brasão dos Melo e Sampaio, três potes e duas floreiras de porcelana chinesa.
No
chão veem-se três tapetes persas e duas grandes tapeçarias revestem a parede do
lado do claustro, que são reproduções das tapeçarias encontradas em Pastrana (Espanha), feitas sobre
motivos provavelmente pintados por Nuno Gonçalves, pintor português do séc. XV,
alusivos às campanhas de El-Rei D.
Afonso V em África. A primeira
representa “O Desembarque” das tropas portuguesas em Arzila e a segunda “O
Cerco” que levou à conquista daquela praça em 1471. Num dos ângulos, um atril
de ferro do séc. XVII, com um livro de cantochão do séc. XVIII e uma escultura
representando Santa Bárbara, em
calcário policromado, do séc. XVI. Estas
cópias de tapeçarias são peças (únicas) e foram adquiridas pelo Estado
Português em 1957, sendo executadas em Espanha pela Real Fábrica de Tapices de Madrid.
No
final da Sala dos Passos Perdidos
passa-se uma porta e dirigimo-nos para a esquerda, onde encontramos a Sala de Armas. Nesta sala encontram-se
expostas algumas das armas que foram reunidas pelo segundo Visconde de Pindela
(1852-1922), e mais tarde adquiridas pelo Estado. Trata-se de uma coleção dos
séculos XV a XIX e compreende vários exemplares de armas brancas e de fogo,
elementos de armaduras dos séculos XV a XIX e dois telizes, sendo um brasonado
com as armas do colecionador. Completam o recheio da sala, peças de mobiliário
português, com outros elementos de adorno e ainda o Estandarte do Regimento de
Milícias de Guimarães nº 15, que ali esteve aquartelado naquele Paço no início
séc. XIX.
À Sala de Armas passa-se a uma pequena Sala de Passagem. Esta sala está decorada com
mobiliário português do séc. XVII, um tapete persa, uma base de talha
renascença sobre a qual se apoia um grande pote de cobre. No nicho central do
armário da parede do fundo, uma escultura em calcário policromado representando
a “Virgem com o Menino” do séc. XVI. Nos lados da escultura, nos balaústres, observam-se
várias peças de faiança portuguesa. Ali ainda podem ver-se castiçais de latão,
um prato de Nuremberg e um vaso de Talavera de la Reina que completam a
decoração. Nas paredes, uma tapeçaria de Aubusson
do séc. XVIII e dois Tapetes de Oração do séc. XVII.
A
Sala de Passagem antecede o Salão de Banquetes, no centro do qual
se observa um conjunto de mesas de cavalete que são reproduções de mesas do
séc. XV e sobre estas, louças em estanho. Este salão está decorado com
armários, mesas e arcas do séc. XVII. Sobre estes móveis há faianças,
porcelanas e grés de fabrico português e oriental, dos séculos XVII a XVIII.
Numa das paredes, vê-se a terceira reprodução das Tapeçarias de Pastrana, “O
Assalto a Arzila”, que ocorreu em 1471.
Ao Salão dos Banquetes segue-se a Sala
dos Contadores. Nesta sala as paredes desta estão decoradas com duas
tapeçarias de Bruxelas do séc. XVII
que representam cenas de caça. O mobiliário é constituído por elementos dos
séculos XVII e XVIII, dos quais se destacam cinco contadores, encontrando-se
sobre estes, faianças da mesma época. Dois aquários de porcelana chinesa e uma
poncheira em porcelana chinesa alusiva à Ordem da Jarreteira completam a
decoração da sala.
Em
homenagem às proezas marítimas dos portugueses, o teto da Sala de Banquetes reproduz o casco virado de uma caravela.
Fonte:
http://pduques.imc-ip.pt/
http://www.guimaraesturismo.com/ http://www.portugal-live.net/ http://pduques.imc-ip.pt/ Panfleto
desdobrável (IMC), Guia de Visita ao Palácio Ducal de Guimarães.
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