Guimarães - 2º Dia - Visita ao Paço Ducal - Parte IV


Deixa-se o Castelo de Guimarães, desce-se toda a Colina Sagrada e chega-se à entrada do Paço dos Duques. Naquele dia não havia visitas guiadas, pelo que após a compra dos ingressos a visita foi iniciada com base no desdobrável comprado por um euro na loja do museu.
O Paço dos Duques de Bragança de Guimarães é uma majestosa casa senhorial fortificada do séc. XV, que exibe invulgares influências arquitetónicas do Norte da Europa. Foi mandada construir por D. Afonso I de Bragança (filho ilegítimo do rei D. João I e de D. Inês Pires Esteves, uma aristocrata galega), 1º Duque da Casa de Bragança (nomeação feita pelo seu meio-irmão D. Pedro, à altura regente, sendo este o momento da fundação da Casa de Bragança) e 8º Conde de Barcelos (por herança de seu sogro, D. Nuno Álvares Pereira, pai de sua primeira esposa e filha única do condestável, herdeira da casa mais opulenta do reino), por altura do seu segundo casamento com D. Constança de Noronha (filha de D. Afonso, Conde de Gijón e Noronha e D. Isabel, Senhora de Viseu).  


Foi um Paço essencialmente habitado durante o séc. XV, mas nas centúrias seguintes conheceu um progressivo abandono e uma quase consequente ruína, motivada por fatores políticos e económicos, que se foram agravando até ao séc. XX.
O edifício que hoje se visita, corresponde a uma reconstrução quase integral levada a cabo durante o Estado Novo para uso dos governantes de então, e mandado rechear com o espólio de outros museus e palácios nacionais, como as famosas tapeçarias de Pastrana, inspiradas na tomada de Ceuta (Monumento Nacional).
 


Hoje está entregue Instituto dos Museus e da Conservação (IMC), sendo um Museu de visita imperdível. No entanto no 2º piso, a fachada principal ainda possui uma ala destinada à Presidência da República, e uma vasta área vocacionada para diversas iniciativas culturais (no rés do chão).
O Palácio tem vastas dimensões e possui características arquitetónicas de casa fortificada, com coberturas de fortes vertentes e inúmeras chaminés cilíndricas que denotam a influência da arquitetura senhorial da Europa Setentrional e trata-se de um exemplar único na Península Ibérica.


É um edifício de excecionais dimensões com quatro corpos que cercam um pátio interior de planta retangular. É neste pátio que se inicia a visita, caminhando-se em direção a uma das salas térreas do Paço dos Duques de Bragança, onde se observa-se uma exposição permanente de José de Guimarães. Ali é possível admirar um conjunto de obras que o pintor e escultor vimaranense doou à sua cidade natal.

A visita ao Palácio  é iniciada de seguida, numa atmosfera e conceção decorativa que tenta reconstituir “como teria sido a vida no interior do Paço no fim da Idade Média”. Cada sala possui denominação diferente, e sempre que possível foram mantidas as primitivas funcionalidades dos espaços.
 
Fonte: http://pduques.imc-ip.pt/ http://www.guimaraesturismo.com/ http://www.portugal-live.net/

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