Antes de se deixar o Miradouro da Pedra Bela, olha-se durante largo tempo as belas vistas, a partir daquela que é uma perfeita janela aberta sobre o Parque Nacional da Peneda Gerês, observando atentamente a magnífica beleza daquele espaço imenso, formado pela Albufeira da Caniçada, os rios que molham a serra, e claro a própria serra ondulante e com densa vegetação, que formam no seu todo uma das paisagens mais belas do Portugal.
Parte-se depois a caminho de Ermida, para mais uma etapa de encantar. Falar do Gerês é falar de natureza, é ver por entre o granito cinzento das montanhas o verde da densa vegetação. As águas cristalinas que correm ora por fontes, ora por cascatas, ora por rios, ora por ribeiros, envolvidas por toda essa imensa biodiversidade e ar puro, e que nos proporcionam uma calma e um prazer enorme a todos aqueles que o visitam.
A Mata de Alberegaria fica situada entre as Caldas do Gerês e a Portela
do Homem a oeste, estendendo-se para norte em direção a Ermida e Fafião, e para sul, onde termina em Campo do Gerês. É uma reserva botânica que
alberga um importante carvalhal em estado natural, que além do seu valor
ecológico, possui importante valor histórico, pois é visível em toda a sua extensão, o
resto da Geira Romana, com os seus
marcos miliários.
Possui um ecossistema quase intacto, uma vez que a baixa presença humana nesta mata não rompeu o seu frágil equilíbrio, cuja riqueza e variedade contribuíram para a sua classificação pelo Conselho da Europa, como uma das Reservas Biogenéticas do Continente Europeu.
Quando se chegou ao cruzamento situado à entrada de "Ermida", com as indicações "Pedra Bela" à direita e "Cascata do Arado" à esquerda, virou-se nesta última direção e é ali que e acaba o luxo do alcatrão.
Seguimos então por uma estrada estreita em terra batida e em muito mau estado. Quando o caminho começa a descer deixámos a autocaravana e a pé continuámos o caminho, até à ponte que faz a ligação entre as duas margens do rio Arado.
O segundo objetivo do percurso que se tinha idealizado para aquele dia, a observação da linda “Cascata do Arado”, estava próximo de ser realizado!... O entusiasmo aumentava à medida que se caminhava, atingindo-se um sentimento de verdadeira espectativa…
Junto da ponte observa-se o rio Arado que corre entre calhaus rolados, no sentido sul–norte. Ali o rio é ainda muito jovem, acabado de nascer lá em cima, no início da cascata, nos contrafortes da elevação abrupta, situada na margem direita do vale, para onde corre o rio Arado.
A Serra do Gerês é entalhada por uma rede de drenagem organizada em torno de cinco cursos de água principais, todos afluentes do Rio Cávado. O rio Arado é um desses troços.
Passa-se a ponte e toma-se o caminho do lado esquerdo, que sobe encostado à encosta do morro escarpado, que limita a margem esquerda do rio. O caminho com lanços de escadas, está em mau estado, mas nota-se que não foi sempre assim, fazendo adivinhar que já teve melhores dias.
No caminho e a meia encosta, pára-se para se beber água fresquinha da serra, numa fonte à direita do caminho e logo à esquerda encontramos o miradouro de onde se observa bem a Cascata do Arado, que cai de uma altitude de cerca de 750 metros.
A Cascata do Arado faz parte de um belo conjunto de cascatas formadas por numerosos ribeiros que pontificam no Parque Natural da Peneda-Gerês. A Cascata do Arado diferencia-se de muitas outras pela precipitação das águas em consecutivos degraus, onde se formam conchas que armazenam água muito límpida.
Seguindo o caminho com espírito aventureiro, sobe-se o monte até ao alto e chega-se a um pequeno planalto onde existe uma grande rocha de granito. Descansa-se... E ao fundo um pequeno riacho que tem a sua foz no Arado. Lá em baixo, bem pequenina, a ponte sobre o rio espera por nós à descida.
Fonte: http://www.oquevisitarem.com/ ; http://www.cm-terrasdebouro.pt/ ; http://www.lifecooler.com/ ; http://www.igogo.pt/ ; http://www.serra-do-geres.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário