A segunda noite em Saint-Jean-de-Luz foi iniciada com um jantar requintado, do ponto de vista gastronómico, na esplanada do Chez Kako, situado na Place des Halles, um modesto restaurante situado junto do Mercado Municipal da cidade. Em França um dos pratos mais comuns durante o verão, são os “moules frites”, que se pode traduzir como “mexilhões acompanhados de batata frita”. No entanto naquele dia, os “moules” além de muito frescos estavam cozinhados de forma groumet, seguidos de uns chipirons grelhados às tirinhas, fazendo jus à fama da cozinha francesa.
O resto da noite foi
passada na Place Louis XIV, a olhar
de uma das muitas esplanadas de numerosos cafés e restaurantes, a animação de
rua que aquela praça tem sempre durante o verão.
O dia seguinte acordou sem
chuva e o sol já brilhava logo pela manhã, sendo dedicado a percorrer a cidade
de bicicleta.
A pedalada iniciou-se com
uma incursão pelas ruas da cidade até encontrarmos o Mercado da cidade, onde
parámos na esplanada do mesmo café/restaurante onde no dia anterior tínhamos jantado.
Dali até à Eglise St. Jean-Baptiste é um pulinho. A igreja, a maior do país basco francês
é de fachada bastante simples, mas esconde um interior
magnífico. Ali pode ser encontrado um esplêndido altar barroco, onde o
jovem rei de França, D. Louis XIV se casou com a Infanta Marie-Thérèse
de Espanha, em 9 junho de 1660.
Este magnífico altar possui
um retábulo monumental em talha dourada com esculturas de madeira, que ocupa
toda a altura da parede do fundo da abside e duas pequenas paredes laterais.
Nele podemos ver dezoito estátuas de santos, duas
alegorias, a pomba que representa o Espírito
Santo, além da figura de Deus Pai.
Pode ainda nele ser observado um pelicano, símbolo da Paixão de Cristo, rodeado por colunatas adornadas com videiras, flores, folhagens,
pássaros, crianças rindo… Todos os ornamentos estão de acordo com o rigor dos
cânones clássicos e os gostos do rei Sol,
que ao mesmo tempo mandou construir, o seu famoso Palácio de Versalhes.
Não se sabe ao certo quem foi o seu arquiteto, pensando-se ser provavelmente uma obra mandada edificar por um rico armador da cidade. O retábulo foi classificado como monumento histórico a 5 de dezembro de 1908.
Não se sabe ao certo quem foi o seu arquiteto, pensando-se ser provavelmente uma obra mandada edificar por um rico armador da cidade. O retábulo foi classificado como monumento histórico a 5 de dezembro de 1908.
Nas paredes laterais, a igreja possui galerias porticadas, com três pisos em madeira rodeando toda a nave da igreja. Esta é uma característica própria das igrejas da região de Labourd, sendo única na Europa.
Seguimos depois pela vizinha rue Gambetta, a rua mais comercial da cidade, uma grande área comercial pedestre e o lar de lojas e boutiques elegantes, sempre repleta de passantes e visitantes. Pelo caminho podemos observar de perto os belos edifícios de arquitetura basca, bem como algumas das suas praças agradáveis.
Dali rumamos à praia, a fim de se percorrer a marginal que abraça a costa ao longo da sua baía protegida, que segue sempre paralela à bela e longa praia de areia. Pedala-se até à Ponta de Santa Barbara (Pointe Ste. Barbe), no extremo norte da baía, que nos oferece vistas fantásticas de St.-Jean-de-Luz.
Fonte:
http://espacoerrante.blogspot.pt/ http://fr.wikipedia.org/
http://www.francetravelguide.com/
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