Saint-Jean-de-Luz - 3º Dia - Parte II



Depois de algum tempo abrigados debaixo de um chapeu de esplanada, esperando que a chuva passa-se, a sentir o bom cheirinho a terra molhada, fomos a pé até à vizinha Praça Louis XIV, para ali podermos visitar a mansão de um antigo armador da cidade.

"La Maison de l'Infante" é uma mansão classificada como monumento histórico, sendo a casa onde ficou hospedada a rainha-mãe Ana de Áustria e a infanta de Espanha, Maria-Theresa de Habsbourg, aquando do seu casamento ali realizado na cidade, em 8 de maio de 1860, com o jovem rei francês D. Louis XIV.

Outrora a antiga cidade corsária de Saint-Jean-de-Luz esteve desde muito cedo voltada para o mar, com a construção de barcos, principalmente virada para a pesca da baleia e do bacalhau, em excursões ao longo da Terra Nova. Durante esta época, os armadores enriqueceram e puderam construir opulentas mansões ainda facilmente avistadas entre a igreja e o porto. Mas a tradição pesqueira ainda hoje se mantem, sendo atualmente, o primeiro porto de pesca de atum de França.

Naquele dia a Praça Louis IV encontrava-se cheia de turistas e veraneantes, não só por ser época alta, mas sobretudo por se realizarem naquela ocasião, as festas da cidade.

Depois de se juntarem algumas pessoas interessadas na visita à mansão e de se subir uma alta escadaria em madeira, foi iniciada a visita ao interior da residência. Esta antiga casa de planta quadrangular, foi oferecida à cidade pela família desse rico armador e é hoje um dos museus mais visitados da cidade.

Possui uma excelente posição, com uma das suas alas virada à praça principal da cidade e outra virada à baía. Tem uma bela arquitetura, com arcos duplos nas galerias venezianas, apoiadas por colunatas, com uma grande varanda virada ao porto de pesca.

Há sua volta e um pouco por toda a cidade, veem-se outras casas de arquitetura tradicional basca, embora mais simples, mas cheias de encanto, com estrutura em pedra e tijolo, de paredes pintadas com cal, com janelas e portadas pintadas de cor ocre, vermelho vivo ou verde.

Esse patrimônio arquitetónico espalha-se um pouco ao longo de todas as ruas pedestres da cidade e para melhor as observarmos, o ideal é caminharmos a pé pela cidade ou fazermos uma visita a bordo do comboio turistico, que pode ser apanhado junto do porto de pesca. O comboio possui fones com explicação em várias linguas, o que é uma vantagem acrescida e faz um precurso bem planeado, que pode ser usado posteriormente pelo visitante, para noutras ocasiões se fazer uma visita mais personalizada e creteriosa aos principais pontos turisticos.

Antes de terminar o percurso, faz-se uma paragem junto da praia, para ali ser feita mais uma alusão à história da cidade. Há muito tempo, a cidade ficava alagada pela enchente das marés, mas atualmente, não há nenhum risco, pois Napoleão encarregou-se de mandar contruir diques para defender a cidade das frequentes investidas do oceano.

A praia perfeitamente protegida das correntes marinhas, faz a alegria das famílias e jovens veraneantes que habitualmente frequentam o areal. Para oeste e bem perto da praia, encontra-se a Ponta de Sainte Barbe, onde se podem observar as míticas ondas conhecidas internacionalmente pelos surfistas.

No final da visita, o encanto da chegada ao pitoresco porto instalado no coração da cidade, onde os barcos de pesca são muitos, com partidas e chegadas a todo o momento.

Fonte: http://br.rendezvousenfrance.com/ ; http://www.decouvrez.fr/fr/-Cote-Atlantique/maison-infante-saint-jean-luz.html ; http://br.franceguide.com/

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