No dia seguinte porque tínhamos alguns arranjos para fazer na autocaravana, fomos logo de manhã procurar uma oficina de autocaravanas, que nos resolvesse os problemas. Começámos então o dia de regresso a Rochefort, na mira de um representante da Burstner, que não só foi difícil de ser encontrado, como difícil foi a aceitação da pretendida assistência em época alta, sendo necessário o pedido do livro de reclamações para que resolvessem ceder ao arranjo dos equipamentos.
Voltámos então a La Rochelle, para que fosse iniciada a visita à cidade. Com a caravana novamente estacionada na AS, fomos de bicicleta até à cidade velha. A tarde de sol e uma boa pista para ciclistas ao longo da costa foi deleite na arte de pedalar entre jardins verdejantes, mar azul e muitos yates.
A «bela e rebelde» La Rochelle, é uma antiga capital huguenote,
que foi marcando a diferença ao longo da história. De uma vila de pescadores,
tornou-se num importante porto desde o séc. XII baseando o seu poder no
comércio do sal e do vinho, mais tarde citada como protestante.
La Rochelle tem um célebre porto de pesca que é também um porto de recreio internacional, com 3500 pontos de ancoragem, sendo o porto com o maior número de yates do norte da Europa.
Mas La Rochelle possui ainda um porto de águas profundas comercial, chamado La Pallice. É lá onde estão atracados os grandes submarinos franceses construídos durante a Segunda Guerra, embora não estão já em uso podem ser observados de perto. O Porto de La Pallice está equipado com equipamentos para descarga de petróleo, sendo o porto francês que está destinado para o descarregamento de madeiras tropicais. É também o local destinado à frota de pesca, que foi transferido do "Vieux Port", no centro da cidade durante a década de 1980.
Por La Rochelle manteve ao longo da sua historia fortes ligações com o mar e nela foi construída a maior marina para barcos de recreio na Europa, a Les Minimes, além de preservar até aos dias de hoje uma rica indústria de construção de barcos.
Da sua história, a cidade guarda uma
herança de prestígio. La Rochelle foi fundada no séc. X e tornou-se um importante porto já no
séc. XII. O estabelecimento de La Rochelle como porto foi uma consequência
da vitória de Guillaume X, Duque da Aquitânia sobre Isambert de Châtelaillon em
1130 e a posterior destruição do porto de Châtelaillon. Em 1137, Guillaume X, o Santo, fez do porto de La Rochelle um porto livre
e deu-lhe o direito de estabelecer-se como uma comunidade.
Cinquenta anos mais tarde, a filha mais velha de Guillaume X, Eleonor de Aquitânia, mulher muito culta para a sua época (rainha consorte da Inglaterra e França), confirmou a carta comunal promulgada por seu pai, e pela primeira vez na França foi nomeado um “governante” para La Rochelle, que foi assistido nas suas responsabilidades por 24 magistrados municipais, e 75 notáveis que tinham jurisdição sobre os habitantes. Segundo a Carta Comunal, a cidade obteve muitos privilégios, como o direito cunhar as suas próprias moedas, e livrando algumas empresas de impostos reais, fatores que favoreceram o desenvolvimento da burguesia na cidade.
Além das suas belas marinas tem também as suas célebres torres à entrada do Porto Velho, que podem ser visitadas e que nos propiciam belas vistas sobre as embarcações do porto e sobre a cidade antiga.
Destacam-se
na cidade antiga as ruas com arcadas e casas medievais com tabiques de madeira
e ardósia, e as belas habitações dos séculos XVII e XVIII, bem como o seu “Hotel de
Ville” (Câmara Municipal) renascentista...
Extremamente próxima, ligada ao continente por uma ponte, a Ilha de Ré pode ser visitada
principalmente de carro ou de bicicleta. São
de referir na Ilha de Ré as suas casas brancas com postigos coloridos que
decoram os seus povoados, sendo algumas consideradas como das mais belas de
França.
Fonte: www.larochelle-tourisme.com ; www.iledere.com ; http://pt.franceguide.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário