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O caminho junto da muralha
a beijar Le Gironde, leva-nos mais
rapidamente à Igreja, uma joia românica, do séc. XII, construída pelos monges da
Abadia de Saint Jean d'Angely. A bela igreja de claro calcário está construída no
final da península e envolta por
penhascos que caem a prumo sobre as
águas de Le Gironde.
Lá chegados, observamos as
esculturas do portal, que ali estão disponíveis como um livro aberto, para
peregrinos e visitantes de todas as idades. A fachada oeste do edifício da
igreja foi reconstruída em estilo gótico no séc. XV, depois de uma falésia ter
caído no estuário.
A
bela igreja românica tem assim sido
ameaçada pela erosão das falésias corroídas por
correntes do poderoso estuário, que ali se começa a
encontrar com o Oceano
Atlântico, mas têm sido feitos trabalhos que ajudaram a restaurar o seu esplendor.
Com vista para a aldeia, a igreja
fica no pico São Radegund acima do Gironde
e é cercada por um pequeno
cemitério selvagem e belo, imbuído de uma poesia impar,
pois encontra-se cheio
de flores da espécie hollyhocks, que no verão nos mostram uma enorme perfusão de
maravilhosos tons. Deste pequeno cemitério a vista sobre o estuário Le Gironde e as falésias que cercam Meschers sur Gironde, é
absolutamente fabulosa.
Atrás da igreja, junto da
muralha e rodeada pelos restos de uma passarela, oferece-nos uma vista única
sobre o estuário e da costa do Médoc.
Neste lugar, Le Gironde atinge sua maior
largura, 12 km.
Esta igreja servia de etapa obrigatória para os peregrinos que, em cada ano, faziam a peregrinação para São Tiago de Compostela, na Galiza.
Esta igreja servia de etapa obrigatória para os peregrinos que, em cada ano, faziam a peregrinação para São Tiago de Compostela, na Galiza.
Depois
é hora de se percorrerem as ruas medievais, estreitas, empedradas e por vezes
sinuosas, que nos levam pelo interior do pequeno povoado na descoberta da sua
peculiar arquitetura, com casas baixas, caídas de branco de portadas pintadas
de azul clara ou mais profundo. Ladeando as portas também azuis, mais uma vez a preferência
pelas hollyhocks de
várias cores, marcam para sempre presença nas recordações daqueles que visitam Talmont.
Nas ruelas artesãos e artistas, pintores e ceramistas, lojas de cartões postais e souvenirs, cafés e restaurantes aguardam os tão esperados visitantes, que vão trazendo vida em todas as estações à antiga vila e animando pacientemente aquele lugar, que vai domesticando os perigos e sobrevivendo aos séculos.
Nas ruelas artesãos e artistas, pintores e ceramistas, lojas de cartões postais e souvenirs, cafés e restaurantes aguardam os tão esperados visitantes, que vão trazendo vida em todas as estações à antiga vila e animando pacientemente aquele lugar, que vai domesticando os perigos e sobrevivendo aos séculos.
Foi para um destes
restaurantes que caminhámos quando anoiteceu e mais uma vez os “moules
frits” (mexilhões com batatas fritas) eram o prato mais servido e mais
fresco. Parece que nos restaurantes franceses mais populares não só os moules frits são o prato forte, como
parece haver pouco tempo, paciência ou arte para coisa diferente.
Pretendíamos pernoitar na vila, e ali ficámos pelo menos até depois da meia-noite. O parque de estacionamento relvado fronteiro à village era extraordinariamente convidativo à pernoita, mas estava estranhamente vazio. Já passava da meia-noite quando sensitivamente me apercebi que havia perigo, e essa desconfiança foi confirmada um pouco mais tarde, com um murro dado do lado de trás à autocaravana, possivelmente para experimentarem se estava alguém acordado. Abrimos a porta e viemos ver o que se passava, mas só vimos um carro arrancar a grande velocidade.
O parque de estacionamento vazio e alguns letreiros a anunciarem cuidados
com os pertences deixados dentro dos automóveis, foram o suficiente para
deixarmos a bela village e rumarmos a
Royan.
Em Royan descobre-se que todos
os arredores são hostis à presença de autocaravanas. Rumámos então ao centro da
cidade para pernoitar em lugar de sugestão do GPS, registado a partir de um Site
de ACs francês.
Acordar, tomar o pequeno-almoço e tomar banho “no meio da rua”, no centro
da cidade enquanto esta acontece e labora, é uma sensação única, de
invisibilidade e liberdade, difícil de descrever…
Ali mesmo ao nosso lado, dois pequenos carros servem durante a noite, à vez e por turnos, de
quarto de dormir a rapazes e raparigas que por ali, tinham o seu
emprego estival. Todas as épocas e todos os países têm gerações de sacrifício...
Fonte:
http://www.pays-royannais-patrimoine.com/ ; http://www.location-et-vacances.com/
; http://villagesdefrance.fr/ www.espacoerrante.blogspot.com/
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