A
tarde já decorria quando a viagem foi iniciada. O caminho até Pombal foi
realizado rapidamente, pela A1. A partir de Pombal o caminho é mais estreito e
segue para Ansião. Esta é para mim uma estrada muito familiar, uma vez que foi
muitas vezes percorrida, quando já há muitos anos atrás, ainda solteira e em
início da carreira, lecionei na Escola Básica e Secundária de Ansião.
Um
pouco mais à frente de Ansião, na povoação da Cumeeira, seguimos a caminho da Lousã. "Ali, no extremo sul da Serra da Lousã, onde
o xisto e o quartzo se mesclam na mais bela das uniões, as aldeias expõem-se
numa ruralidade ímpar de comunitarismo".
Antes de se chegar à Lousã volta-se à direita a
caminho de Góis. O percurso passa por um conjunto de aldeias vivas do concelho
de Góis, onde os visitantes podem desfrutar de características e tradições
únicas do território do xisto.
Estrategicamente
situadas bem no coração de Portugal,
estas aldeias usam conjuntamente o alambique, a eira, o
forno e moinho comunitários, hortas e culturas serranas, exploração de cabras,
soutos, cozinhas e caniços tradicionais, gateiras, pocilga do porco, produtor
artesanal de mel da Serra da Lousã.
As serranias avistam-se imponentes e com alguma sorte será possível avistar-se uma qualquer ave de rapina ou mesmo veados neste percurso. Estes são locais que se caracterizam pela riqueza dos espaços naturais, pouco sujeitos a agressões e intervenções humanas.
As serranias avistam-se imponentes e com alguma sorte será possível avistar-se uma qualquer ave de rapina ou mesmo veados neste percurso. Estes são locais que se caracterizam pela riqueza dos espaços naturais, pouco sujeitos a agressões e intervenções humanas.
A
tarde vai caindo mansamente e já se adivinha a noite. A estrada transporta-nos
através de uma bela mancha de sobreiros, pinheiros e carvalhos, onde antigas
azenhas fazem perceber antigas levadas.
Nas zonas mais altas da estrada, onde o vento corre sem peias e onde o olhar se alonga em absoluta liberdade, sentimos a proximidade dos caminhos do céu. Observam-se as serranias a perder de vista. Nos vales lá em baixo, entre as vertentes, correm veios de águas refrescantes onde azenhas ainda trabalham na moagem dos cereais.
A
noite cai ainda antes de chegarmos a Góis. Lá chegados rumamos logo ao parque
de campismo, que parecia estar fechado. Experimenta-se o portão que
abre, e entra-se num parque absolutamente solitário. Subimos até ao topo da
encosta onde está instalado o parque e lá em cima, onde a vista tudo alcança,
parámos e instalámo-nos.
A pé descemos à vila e procurámos um lugar que servisse refeições. Junto ao ponto de combustível, num pequeno restaurante propriedade de uma simpática senhora, jantamos comida caseira da melhor qualidade. No fim do jantar e antes de voltarmos ao parque de campismo, foi dada uma passeata pelas margens do rio Ceira, à luz amarelada de antigos candeeiros de rua.
Fonte: Wikipédia.org /http://www.transserrano.com/desporto-aventura-e-animacao-turistica/ http://turismocadentro.com/serra-da-lousa/
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