Depois da visita à Igreja Matriz voltamos para trás, cortamos na segunda rua à
esquerda, para a Rua Olinda Ferreira
Dias Nogueira. Caminhamos agora para dentro da mais velha parte do “burgo”,
passando por lojas medievais e casas que estão neste lugar já a vários séculos.
Do lado esquerdo situa-se um velho edifício cinzento com um pátio que outrora
foi uma escola. O único vestígio desta é um azulejo de um forte azul, colocado
no poste do portão que diz, ‘Um amigo
falso é o pior dos inimigos’, uma frase antiga mas sempre muito atual.
Encontramos aqui casas que, pertenceram outrora a
judeus, que estavam proibidos de possuírem bens imóveis. Assim, apenas podiam
fazer uma vida de comerciantes e negociantes na vila.
No fundo da rua, do lado esquerdo, podemos ver uma
arcada em pedra que tem um distinto padrão mourisco. Outra casa, com um
peitoril bastante gasto pelo tempo, diz-se ser a entrada para a casa dos Templários. Estamos, agora, no
velho Largo do Terreirinho, que,
provavelmente era o centro da velha vila de Góis.
Caminha-se pela ruas de Vila de Góis. As ruas estreitas de
calçada juntam-se no centro histórico, no Largo
Francisco Inácio Dias Nogueira, mais conhecido por Largo do Pombal. Francisco Inácio Dias Nogueira foi um político e antigo presidente da Câmara Municipal de Góis, além de empresário. Viveu em Góis em finais da monarquia e início
da 1ª República e foi ele quem instalou a Central
Hidroelétrica de Monte Redondo.
Entramos então no
espaçoso Largo do Pombal. Até 2007
teve aqui lugar a praça do mercado semanal, mas o largo foi recentemente
renovado.
No topo da
praça encontramos a imponente Igreja da
Misericórdia que com orgulho carrega a inscrição ‘500 anos’. Em frente da Igreja situa-se um velho fontanário
ornamentado, uma fonte do séc. XVI e algumas casas solarengas.
Esta é uma fonte de espaldar constituída por duas colunas, com frontão
interrompido em volutas no cimo, duas bicas e, no centro, um busto. Encontra-se
num nível inferior da via pública, sendo o seu acesso feito através de um lance
de escadas. É crença por terras de Góis, que os casais que ao
mesmo tempo beberem das suas águas (um em cada bica), viveram para sempre
juntos.
Por detrás do
fontanário encontra-se uma nascente muito antiga, lindamente decorada com
azulejos azuis e amarelos hispano-árabes (cerâmica de Sevilha) do século XVI. Para a poder ver melhor, ou fotografar, é
possível abrir a porta vítrea de proteção.
Antes da
República (até o dia 05/10/1910) este largo estava embelezado com uma coroa
real dos “Braganças”, que segundo reza a história, foi deitada abaixo depois do
dia da Implementação da República.
Segue-se por uma
estreita rua que desce ligeiramente e num pequenino largo, antes da rua fazer uma
volta à esquerda, observa-se à esquerda um portão que dá entrada para um pequeno
pátio. É o pátio da casa de Alice Sande. Encontramos ao portão o seu
marido e viúvo que nos acolheu com gentileza.
Neste local,
conforme documentação histórica existente e recente pesquisa arqueológica,
ter-se-á erguido, em tempos remotos, o primeiro Paço dos senhores de Góis
(os Silveiras) – os “Paços velhos”. A casa atual poderá manter alguns vestígios do
antigo palácio, no entanto, à primeira vista, dessa construção atualmente pouco
resta.
Hoje, a casa
pertence à Câmara Municipal de Góis, por doação, em legado testamentário,
da última proprietária, a pintora e miniaturista Alice Sande, com raízes
familiares na terra, que passou parte da sua vida em Góis. O compromisso
da Autarquia é abrir ao público a Casa-Museu Alice Sande.
Atualmente está a
decorrer o trabalho de inventariação do espólio doado pela artista ao
Município.
Fonte: http://www.goisproperty.com/ http://www.igogo.pt/
http://www.trivago.pt/ http://www.cm-gois.pt/
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