Visita a Góis - Parte I

No dia seguinte à nossa chegada a Góis e depois de um bom banho e de um farto pequeno-almoço almoçarado, fomos até à vila, para passarmos o dia a visitar os seus cantos e recantos.


A panorâmica que, ainda no Parque de Campismo, desfrutámos sobre o centro histórico é de uma rara beleza pois o parque situa-se a uma altitude superior à da vila, num local privilegiado denominado “Morro do Castelo”. 
Góis encontra-se acente em terrenos aplanados da fértil bacia do rio Ceira, junto à Serra do Rabadão. A vila desenvolveu-se nas duas margens do rio, em plano pegado à base da Serra do Carvalhal, ficando assim situada num vale fértil.

Pela sua natureza rural, tem muitas belezas naturais para oferecer aos visitantes que ali chegam. O rio, principal elo de ligação de toda a vila e arredores, oferece aos visitantes uma paisagem deslumbrante. As suas praias fluviais, servidas pela bela paisagem circundante e pelas límpidas águas do rio Ceira, são frequentadas na época de Verão, por milhares de turistas e de residentes.
Foi para ali que nos dirigimos logo que descemos a encosta ingreme, que separa o parque de campismo da vila de Góis.

Pelas margens do Ceira caminha-se para montante da antiga Ponte Manuelina de três arcos em pedra, ex-libris da vila. A paisagem que nos rodeia é de um verde intenso e de rara beleza. O caminho serpenteia as margens do rio. É aqui que temos a primeira aproximação a uma das suas praias fluviais.
As águas de rio Ceira cortam a montanha, fazendo um longo vale verdejante, onde se respira um belíssimo ar puro, abrindo espaço para as suas margens extensas, favorecendo espaços abertos para as magníficas praias fluviais.
Aproveitando as belezas naturais e em particular as qualidades da água do rio Ceira, os visitantes podem desfrutar de praias de águas transparentes e de ótima qualidade. É ali que no verão acodem os muitos visitantes de todo o país e do estrangeiro, que tal como os filhos da terra gozam encantados as potencialidades da região e a tranquilidade que encontram em Góis.
Além de nós, quem adorou o vale do rio Ceira foi o nosso Epagneul Breton mais novo, que connosco viajou e que alegremente nos acompanhou na empolgante caminhada pelo vale, aproveitando a proximidade das águas do rio, para nelas se refrescar, quando o calor apertava debaixo do seu branco e farto casaco de peles.

Nas margens do rio Ceira liricamente debruadas de diversificado arvoredo, de onde se destacam choupos, amieiros, pinheiros, eucaliptos e acácias, o vale mostra-nos toda a sua fertilidade na presença de muitos pedaços de terra cultivados, com hortas e pastos onde deambulam ovelhas e cabras à solta, que dão serventia a duas ou três casas que por ali se encontram.
No meio daquele verde todo, um silêncio maior que o mundo acompanha-nos, que é só quebrado quando se faz ouvir o chilrear de pássaros ou o coaxar das rãs.

No final do percurso encontramos um moinho de água, com telhado de telha lusa e uma bonita roda de azenha, que outrora foi utilizado para moer cereais. Ali o Ceira, com alguma sonoridade, assinala a sua passagem apressada por aquela zona talhada na rocha, enquanto de soslaio olha para as pedras que ainda resistem às suas águas e onde em tempos o moinho cantarolava a sua canção de trabalho.
É de referir ainda que o rio Ceira, no percurso feito, tem vários açudes que têm como objetivo principal regularizar o seu leito e fazer com que o rio ganhe profundidade a fim de servir como piscina natural aos banhistas.

Fonte: Wikipédia.org / http://www.apena.rcts.pt/aproximar/monumentos/escolas/lousa/trab3/Gois.htm / http://www.guiadacidade.pt/pt/poi-gois /http://www.apena.rcts.pt/aproximar/monumentos/escolas/lousa/trab3/Gois.htm

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