Depois
de muitos quilómetros a serpentear a Serra do Açor, chegamos a terras mais
chãs. É ali que encontramos Vide,
encravada entre os contrafortes das Serras do Açor e da Estrela.
Vide
é uma pequena povoação que é atravessada por vários ribeiros, que acabam por
desaguar na ribeira de Alvoco. Nas suas margens abundam locais que oferecem
boas condições para a pesca desportiva e para o lazer.
Em Vide foram encontrados três núcleos de arte rupestre gravada e encontramos ainda um vasto e bem preservado conjunto de curiosos aglomerados rurais edificados em xisto, cujos habitantes, orgulhosamente, mantêm vivos.
Segue-se
caminho e a povoação que encontramos a seguir é Aldeia das Dez. À sua volta
observa-se uma das mais belas paisagens. É um lugar ainda
de montanha, cheio de recantos e encantos de atmosfera serrana… onde a
ruralidade está presente nos mais simples pormenores, na arquitetura, nos
montes e vales…
Poucos quilómetros à frente chegamos a Avô, que nos surpreende do lado esquerdo da estrada. É uma bonita vila, banhada pelo rio Alva e pela ribeira de Pomares que aqui tem a sua foz, no Pego de Avô, um pitoresco lago com uma ilhota no meio, sendo mesmo a Vila de Avô considerada como uma das mais bonitas vilas do País.
A
vila de Avô tem origens muito antigas, que remontam há época do início da nossa nacionalidade. Esta antiga vila foi senhorio de D. Urraca Afonso, uma filha "ilegítima" de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, como nos diz Isabel de Lencastre no seu livro "Bastardos Reais").
Tendo anteriormente o topónimo de “Couto de Avao“, porque, não havendo pontes sobre o rio Alva e a ribeira de Moura, só se podia entrar no velho burgo atravessando a “vau” estes cursos de água.
Tendo anteriormente o topónimo de “Couto de Avao“, porque, não havendo pontes sobre o rio Alva e a ribeira de Moura, só se podia entrar no velho burgo atravessando a “vau” estes cursos de água.
Avô foi
habitada por romanos que aqui procuravam minérios de chumbo e ouro, tendo estes
sido, provavelmente, os fundadores do Castelo, hoje em ruínas. Avô foi também
povoada pelos Mouros, e reconquistada pelo primeiro rei português, D. Afonso
Henriques, que mandou reedificar o Castelo.
Já a caminho de
Coimbra e depois de uma subida de estrada, deparace-nos do lado esquerdo um
amplo miradouro. Este é um bonito miradouro, conhecido por Varandas de Avô.
A receber-nos um painel de azulejos, com um bonito verso de V. Campos, ali colocado na primavera de 1988.
Dali tem-se um panorama fantástico, enriquecido pela beleza patrimonial da vila. Lá em baixo a bonita povoação de Avô, com o rio Alva e a ribeira de Pomares a emoldurá-la, com o seu casario a fazer lembrar uma pintura, com a fantástica e forte natureza envolvente.
Ali bem perto, merece
também destaque a Praia Fluvial de Avô, situada na zona marginal do rio Alva,
junto à Ilha do Picoto, recentemente renovada e contando com uma piscina
infantil alimentada com água do rio, zonas de relvado, parque de merendas,
balneários e passeios pedestres.
A caminho da Ilha
do Picoto, situa-se a grandiosa Casa de Brás Garcia Mascarenhas, um solar
quinhentista no seu traço original, com bonitas janelas manuelinas.
Depois
só mais uma paragem para o jantar, no famoso leitão da Mealhada, antes de se
rumar a casa, onde se chega já de noite.
Fonte: http://www.feriasemportugal.pt/ http://www.aldeiadasdez.pt/ http://www.flickr.com/http://www.guiadacidade.pt/
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