O
acordar no Piódão, foi lá pelas 10h00. Foi um acordar aos poucos, com o barulho
dos carros que chegavam com os visitantes da manhã. Depois o pequeno-almoço,
na esplanada do "Solar dos Pachecos", um pequeno café situado numa pequena casa de xisto, do largo que serve de átrio ao povoado.
A
aldeia já fervilhava de atividade àquela hora, o que testemunha que o cartaz
turístico da aldeia tem na realidade sortido efeito.
A
visita detalhada à aldeia foi iniciada só após o almoço e foi antecedida de um
longo repouso numa esplanada situada bem perto das diversas lojas tradicionais,
que nos oferecem o que de melhor se produz na aldeia, entre artesanato,
licores, mel, pão ou outros deliciosos produtos gastronómicos. Aproveitámos
para ler e observar o remoinho de gentes que chegavam ou partiam do Piódão.
O Piódão viveu isolado do
mundo durante séculos e ainda há poucos anos o único acesso à “aldeia presépio”
era um “caminho” de bois em terra batida. Face
à sua localização, escondida no fundo da serra, e à dificuldade de acesso, o Piódão
foi, em tempos que já lá vão, abrigo ideal para foragidos da Justiça,
pensando-se que ali se terá escondido um dos assassinos de D. Inês de Castro..
O
próprio conjunto arquitetónico e a sua disposição tão característica, é o maior
atributo de Piódão, destacando-se também locais de interesse como a Igreja
Matriz do século XVII ou o Núcleo Museológico do Piódão, por onde iniciámos a
visita e onde estão expostos os costumes, as tradições e modo de vida destas
antigas paragens.
O Piódão tem um traçado e
uma disposição típica de um povoamento de montanha. Abrigadas dos ventos
dominantes, as casas trepam pela encosta acima.
A
maioria das casas guarda a estrutura de antigamente. São compostas por dois
pisos, sendo o térreo destinado a guardar as alfaias agrícolas, as arcas dos
cereais e as salgadeiras. No primeiro piso está a habitação propriamente dita,
muito escura e parca de mobiliário. O interior é construído em madeira de
castanho e o telhado suspenso em barrotes cobertos por xisto.
As paredes das casas têm
duas camadas, uma exterior com pedras maiores e uma interior com pedras mais
pequenas. Os telhados têm uma ou duas águas, chegando a ter quatro graus de
inclinação média, por causa dos nevões invernais.
Talvez por causa das
distâncias ou das dificuldades de acesso, a matéria-prima utilizada na
construção da aldeia é predominantemente a madeira e o xisto local, que aparece
também no pavimento das ruelas e os telhados feitos em ardósia.
O azul que pinta as portas
e janelas é outro dos mistérios ainda por resolver. Ninguém sabe ao certo a
razão. São várias as explicações, mas a mais conhecida prende-se com o
isolamento da aldeia e com a chegada de uma lata de tinta azul. Não havendo
escolha, o azul impôs-se e é atualmente parte integrante do conjunto arquitetónico
da aldeia do Piódão.
Fonte:
http://www.visitportugal.com/NR/exeres/5DB73E2D-6C3C-4A9C-AEA4-9378F1948E5E,frameless.htm
/ http://www.regiaocentro.net/canais/passeios/2002/Piodao/default.asp / http://www.guiadacidade.pt/pt/poi-piodao-1691
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