Durante a estadia de D. João VI
em Mafra (1806), alguns dos espaços deste torreão foram divididos por tabiques
de madeira “ricamente pintados”. Com o fim da monarquia e transformação deste
real edifício em museu, os tabiques e a respetiva decoração mural foram destruídos.
Ficaram, no entanto, em arquivo registos fotográficos desses espaços.
Entra-se no Quarto das Rainhas, ou de D. Maria II, onde se encontra uma cama estilo império e um berço dos príncipes. Foi no Quarto das Rainhas, onde o rei D. Manuel II passou a última noite em Portugal, antes da sua partida para o exílio, quando da implantação da República a 5 de Outubro de 1910.
Ao lado do Quarto das Rainhas situa-se a Toilette de Sua Majestade a Rainha com uma reconstituição da decoração mural existente no século XIX, segundo
fotografias em arquivo.
Começa-se pela visita ao Oratório sul ou da Rainha, uma capela privada para uso pessoal da rainha. E seguida passa-se à Antecâmara da Rainha, a sala de espera para a entrada nos aposentos da rainha.
A Sala de Nápoles é a sala que se segue, e que faz a transição entra a zona privada da rainha e a zona de lazer da Família Real. A Ala Sul deste Paço foi
a mais utilizada durante o séc. XIX, talvez por ser uma zona confortável e
ensolarada, correspondendo não só a uma procura de mais conforto, como a uma
alteração de mentalidades no que respeita à vida familiar e social da Família
Real, que se torna mais intimista e “privada”. A Ala Norte passou apenas a ser
usada por hóspedes importantes de visita a Mafra.
Passamos à Sala D. Pedro V ou Sala de Espera. Nesta ala ficavam, em finais do séc. XVIII, os aposentos da “Senhora
Princesa” D. Maria Francisca Benedita,
viúva do seu sobrinho D. José, filho
primogénito de D. Maria I, estando
as salas divididas de outra forma. A presente divisão e decoração refletem a
vivência romântica do séc. XIX.
Depois a Sala de Música ou Sala Amarela, uma grande sala de estar, onde aos
convidados era oferecido convívio e saraus musicais. Ali podemos ver um bonito piano de cauda inglês com respetivo banco, obra de Joseph Kirkman (Londres, séc. XIX), e um piano de mesa, de fabrico francês (Collard & Collard - séc. XVIII). A Sala de Música
mostra ainda vários instrumentos pertencentes a D. Carlos, que lhe foram oferecidos quando realizou uma viagem aos
Açores em 1901; de salientar também um quadro alusivo a Santa Genoveva, da autoria de António
Ramalho.
À Sala Amarela, segue-se a Sala de jogos e em seguida entramos na enorme
Sala da caça, que
é a Sala de Jantar, que possui mobília decorada com cabeças e
hastes de veado e gamo, tendo no teto, suspenso ao centro, um grande lustre com
análoga decoração. O Palácio de
Mafra nunca foi residência habitual da Família Real, sendo no entanto
frequentemente visitado ao longo do ano por períodos de tempo dedicados à caça
de veados, gamos e outras espécies existentes na Tapada e daí a decoração desta
sala.
No final dos aposentos da rainha e já bem perto da famosa biblioteca do
palácio, encontramos o grande Salão Grande dos Frades, uma reconstituição da área conventual, que foi cedida ao Exército
desde finais do século XIX.
E finalmente o momento mais esperado da visita, a Sala da Livraria ou Biblioteca, uma das mais importantes do século XVIII, com um acervo de cerca de 35 mil volumes.
Deve ainda referir-se que o último residente do
Palácio foi um antigo tipógrafo, de nome Gil Mangens. Descendente de uma
família de origem francesa, que chegou a Lisboa no séc. XVIII, por altura da
construção do Palácio, na pessoa de um gravador de nome Mangens, que devotou, à
imagem de seu pai e avô, toda a sua vida ao monumento que o acolheu.
Fonte: http://e-cultura.sapo.pt/ http://cambetabangkokmacau.blogspot.pt/
http://www.lifecooler.com/ http://www.slideshare.net/aneto/o-convento-de-mafra-presentation
http://gloriaishizaka.blogspot.pt/
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