Sintra - Noite do 3º Dia - Caminho da Luz, Lumina IV




Ponto 12 - Escadinhas Félix Nunes - Título da obra: “não fosse, desde já, um admirável e surpreendente esforço chegar aqui… prossigo!”

Embora fora dos percursos habituais no centro da vila, mas sempre aliciantes de se fazerem, são as ruelas e escadinhas da vila antiga. Foi ali no meio do labiríntico seio da vila velha, que encontrámos no cimo das Escadinhas de Félix Nunes, um gigante luminoso, que mais parecia estar “chorando” e uma de suas lágrimas, escorresse com luz própria por aquelas escadinhas abaixo. Esta ‘lágrima de luz’ fazia parte de uma escultura de André Banha em madeira, iluminada no seu interior, criando uma aura muito especial na ruela inclinada.

Ponto 13 – Igreja de São Martinho“Lumières d’aveugles”
Logo a seguir e no meio do emaranhado de ruelas, aparece a Igreja procurada. Entrando na Igreja de São Martinho, observavam-se logo vários monitores que nos mostravam relatos extraordinários de cegos que testemunhavam a exploração das suas perceções. Este era um trabalho da artista francesa Pierrine Lacroix, que pretendia ser uma viagem a um outro tipo de perceção sensorial, que demonstrava uma espécie de mundo paralelo ao de quem vê, construído com reflexos de luz percecionados por cegos.

Ponto 14 – Finalmente caminha-se ao encontro da última projeção marcada no Caminho da Luz, que nos esperava no Edifício do Turismo. Com o nome de “Moon Mountain” e já explicada na descrição da primeira noite da Lumina – Festival de Luz, esta projeção multimédia, tinha como tema principal a evocação Monte da Lua, como ali é chamada a Serra de Sintra. Era uma projeção também feita sobre a fachada principal deste edifício, tendo como base a inspiração da envolvência mística e da sua vegetação verde, demonstrando como a luz da Lua nos pode guiar através do nosso inconsciente e mostrar-nos novas ideias, que nos podem enriquecer neste mundo, em que somos meros convidados durante os anos da nossa sobrevivência.

Ponto 15 – No interior do Edifício do Turismo, também podíamos brincar com a nossa própria sombra, que era repetida indefinidamente. Funcionando como uma “mise en abysme” que repetia uma obra dentro de outra infinitamente, esta projeção (“Shadow in Depth - Sombra em profundidade”) utilizava em tempo real, apenas branco e o negro, que lhe conferia um sentimento de intemporalidade no qual nos podemos perder. A interatividade desta obra não passava por nenhum interface, não havendo barreiras entre ela e o utilizador.

Findo o Caminho da Luz, voltámos à autocaravana, e como esta já estava sem baterias, resolvemos regressar a casa, para no dia seguinte ainda termos um dia de descanso, antes de se iniciar uma nova semana de trabalho.

Fonte: http://www.sintraromantica.net/ http://www.streetartportugal.com/

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