Sintra - 3º Dia - Palácio dos Milhões e Palácio de Seteais - Parte VIII

Da Sala Renascença passa-se ao Hall de Escada, que se segue à entrada. É uma ampla zona de circulação onde figura a imponente escadaria em madeira de castanho, artisticamente entalhada, que dá acesso aos pisos superiores.
Caminha-se depois em direção da Sala dos Reis, a antiga Sala de Bilhar. É uma sala ampla que possui no friso do teto representados 20 reis e 4 rainhas da monarquia portuguesa da sua preferência, bem como os escudos das cidades de Braga, Porto, Coimbra e Lisboa. Sobre a lareira encontrava-se o brasão de Carvalho Monteiro (que ainda se pode ver em cima de uma mesa da sala), onde hoje figura o brasão da vila de Sintra.
Do Piso 0, sobe-se ao Piso 1 e 2. O Piso 1, mais intimista é onde estão concentrados os quartos e os espaços reservados à família, como as Salas de estudo, dos brinquedos e a sala Lusíada, um espaço de estar que estava integrado nos aposentos do casal.
No piso 2, situado no ângulo sul do edifício, destaca-se a volumetria da Sala Octogonal, que sugere a Charola do Convento de Cristo de Tomar. Para além desta sala e do escritório, este piso destinava-se a alguns quartos e arrumos.

O edifício ainda tem no Piso 3, uma Torre Neomedieval no ângulo norte e ainda incluía um escritório com ligação direta a um laboratório e aos terraços. O terraço panorâmico é rematado por 8 pináculos profusamente decorados com figuras naturalistas e fantásticas. Num dos pináculos, virado ao oceano, figura o poeta Luís de Camões. Dali se desfruta de uma panorâmica surpreendente sobre a Serra de Sintra, o Castelo dos Mouros e o Palácio da Pena, bem como da caldeira e do oceano.
Há ainda um fabuloso conjunto de torreões que nos oferecem paisagens deslumbrantes, com recantos estranhos de gosto requintado, bem como outros terraços dispostos para apreciação do mundo celeste.

Finda a visita ao Palácio dos Milhões, foi hora para um aperitivo no Terraço das Quimeras onde está instalado o bar da Quinta da Regaleira, com uma breve passagem pelas Cocheiras.
Nas Cocheiras, os sinais de Alquimia voltam a estar presentes, em duas esculturas que formam símbolos clássicos da Arte de Hermes: a serpente que morde a cauda, simbolizando a Unidade, origem e fim da Obra, e a luta entre as duas naturezas, ali representada por dois dragões, cada um mordendo a cauda do outro.

No final e antes de rumarmos à vila para o jantar, ainda caminhámos até ao Palácio de Seteais, um belo palácio construído durante o período pombalino, nas últimas décadas do séc. XVIII, por encomenda de Daniel Gildemeester, na altura Cônsul da Holanda em Portugal.
Implantado majestosamente num local paisagístico por excelência, ergue-se o Palácio de Seteais, uma belíssima construção civil setecentista, situado em lugar de calma absoluta.

Este palácio (hoje em dia Hotel) tem um desenho muito atual, depois das obras de ampliação que sofreu nos princípios do século XIX. Trata-se de um edifício neoclássico, cujo projeto é atribuído ao arquiteto José da Costa e Silva, edificado dentro dos valores renascentes do "neo-palladianismo".
O nome Seteais deve-se, segundo uma antiga lenda, ao facto de naquele local, ao dizer-se “ai”, o seu eco se repetir por sete vezes. No entanto, existe uma outra lenda também associada ao nome, que remonta à época da conquista de Sintra aos mouros.

Numa varanda deste Palácio divisa-se uma esplendorosa vista da várzea de Sintra que se estende até ao mar.

Fonte: http://maconariaiguatu.hd1.com.br/ Wikipédia.org / Plano-guia da Quinta da Regaleira  / http://www.cm-sintra.pt/

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