À Sala das Pegas seguem-se a Câmara
do Ouro e a Sala das Sereias,
onde continuam a ver-se exuberantes painéis de azulejos mudéjares, que ali
dominam todo o ambiente.
A chamada Câmara do Ouro é uma sala do início do
séc. XV. Foi nos finais do séc. XVI, o quarto de dormir do rei D. Sebastião, cujo retrato se observa na sala. Nela pode-se admirar
uma cama em ébano de dimensões pouco comuns, e ornamentada com pinturas sobre
cobre. O seu revestimento azulejar único, é constituindo
por motivos de parra em alto-relevo do início do séc. XVI.
Na sala seguinte, a Sala das Sereias cuja designação provém da pintura do teto. Há
a destacar nesse curioso teto apainelado e pintado, uma nau portuguesa que se
vê ao centro, e dos lados sereias tangendo instrumentos musicais, que data de
finais do séc. XVII ou inícios do séc. XVIII. No início do século XV estava aqui instalado o guarda-roupa.
Passa-se em seguida pela Sala Júlio César, uma pequena sala
íntima, cuja designação é proveniente de uma
tapeçaria flamenga do século XVI, representando uma cena de vida do general
romano.
Alcançamos depois a Sala da Coroa, de novo revestida por
preciosos azulejos mudéjares. Daqui se sai para o Pátio de Diana, forrado com belos azulejos manuelinos de parra e
cacho, situando-se aí uma interessante fonte renascentista.
Sobre este pátio alonga-se
a Sala das Galés, para a qual se
sobe através de uma escadaria geminada. Trata-se de um acrescento de finais do
século XVI, que dá acesso a um jardim denominado “Jardim dos Príncipes”, que até nós chegou na sua feição barroca. A Sala das Galés ostenta um teto de
madeira em berço semicircular, que data de meados do séc. XVII, no qual vemos pintada
a Barra de Lisboa, com múltiplas
embarcações e várias perspetivas de fortalezas e de casario costeiro.
Em tempos
dividida por paredes de tabique e com um teto falso, esta Sala das Galés foi utilizada como aposentos do príncipe D. Afonso (irmão de D. Luís I) conhecido como "O
Arreda". Mais tarde foi recuperada pelo arquiteto português Raúl Lino e utilizada como sala de exposições temporárias. Hoje é mais um espaço
museológico onde são exibidas algumas pinturas, contadores e louça de boa
qualidade hispano-mourisca.
Em seguida entra-se na Sala dos Brasões, uma sala soberba também
conhecida como Sala
de Armas, foi mandada edificar por D. Manuel I (1495-1521), e é um dos melhores exemplos da afirmação do
poder real. Esta sala situa-se numa torre do palácio, no local da
antiga Casa da Meca.
O belíssimo teto em talha
dourada ostenta no topo as armas régias, rodeadas por setenta e dois brasões de
famílias nobres. No teto, abaixo dos brasões do rei e dos infantes e
infantas, podem-se ver setenta e dois outros brasões da mais notável nobreza da
época, dispostos por ordem de importância. Os painéis de azulejo com cenas galantes e de caça que
cobrem as paredes são do séc. XVIII, e fabricados na antiga Fábrica Real do
Rato.
Fonte: http://www.cm-sintra.pt/
http://pnsintra.imc-ip.pt/ http://palaciodesintra.paginas.sapo.pt/Visita.htm
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