Sintra - 3º Dia - Visita ao Paço Real - Da Câmara do Ouro à Sala dos Brasões - Parte VI

À Sala das Pegas seguem-se a Câmara do Ouro e a Sala das Sereias, onde continuam a ver-se exuberantes painéis de azulejos mudéjares, que ali dominam todo o ambiente.
A chamada Câmara do Ouro é uma sala do início do séc. XV. Foi nos finais do séc. XVI, o quarto de dormir do rei D. Sebastião, cujo retrato se observa na sala. Nela pode-se admirar uma cama em ébano de dimensões pouco comuns, e ornamentada com pinturas sobre cobre. O seu revestimento azulejar único, é constituindo por motivos de parra em alto-relevo do início do séc. XVI.

Na sala seguinte, a Sala das Sereias cuja designação provém da pintura do teto. Há a destacar nesse curioso teto apainelado e pintado, uma nau portuguesa que se vê ao centro, e dos lados sereias tangendo instrumentos musicais, que data de finais do séc. XVII ou inícios do séc. XVIII. No início do século XV estava aqui instalado o guarda-roupa.
Passa-se em seguida pela Sala Júlio César, uma pequena sala íntima, cuja designação é proveniente de uma tapeçaria flamenga do século XVI, representando uma cena de vida do general romano.

Alcançamos depois a Sala da Coroa, de novo revestida por preciosos azulejos mudéjares. Daqui se sai para o Pátio de Diana, forrado com belos azulejos manuelinos de parra e cacho, situando-se aí uma interessante fonte renascentista.
Sobre este pátio alonga-se a Sala das Galés, para a qual se sobe através de uma escadaria geminada. Trata-se de um acrescento de finais do século XVI, que dá acesso a um jardim denominado “Jardim dos Príncipes”, que até nós chegou na sua feição barroca. A Sala das Galés ostenta um teto de madeira em berço semicircular, que data de meados do séc. XVII, no qual vemos pintada a Barra de Lisboa, com múltiplas embarcações e várias perspetivas de fortalezas e de casario costeiro.

Em tempos dividida por paredes de tabique e com um teto falso, esta Sala das Galés foi utilizada como aposentos do príncipe D. Afonso (irmão de D. Luís I) conhecido como "O Arreda". Mais tarde foi recuperada pelo arquiteto português Raúl Lino e utilizada como sala de exposições temporárias. Hoje é mais um espaço museológico onde são exibidas algumas pinturas, contadores e louça de boa qualidade hispano-mourisca.
Em seguida entra-se na Sala dos Brasões, uma sala soberba também conhecida como Sala de Armas, foi mandada edificar por D. Manuel I (1495-1521), e é um dos melhores exemplos da afirmação do poder real. Esta sala situa-se numa torre do palácio, no local da antiga Casa da Meca.


O belíssimo teto em talha dourada ostenta no topo as armas régias, rodeadas por setenta e dois brasões de famílias nobres. No teto, abaixo dos brasões do rei e dos infantes e infantas, podem-se ver setenta e dois outros brasões da mais notável nobreza da época, dispostos por ordem de importância. Os painéis de azulejo com cenas galantes e de caça que cobrem as paredes são do séc. XVIII, e fabricados na antiga Fábrica Real do Rato.

Fonte: http://www.cm-sintra.pt/ http://pnsintra.imc-ip.pt/ http://palaciodesintra.paginas.sapo.pt/Visita.htm

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