"Não acredito na separação entre o popular e o inteligente, como se fossem coisas antagónicas".
Vik Muniz.
Depois do gostoso lanche na Fábrica dos Pastéis de Belém, caminhamos até ao Centro Cultural de Belém, para mais uma vez visitarmos o Museu de Arte Moderna e Contemporânea - Coleção Berardo.
Queríamos mais do que tudo, visitar uma exposição temporária que não queríamos perder por nada , com a emblemática obra de Vik Muniz, um artista plástico brasileiro, que àquela data, ali expunha os seus 25 anos de trabalho, no Museu da Coleção Berardo e que só ali estaria patente até dia 31 de dezembro.
Além desta exposição temporária, o Museu Coleção Berardo apresenta todos os anos diferentes espólios, uma vez que a Coleção Berardo é enorme e o espaço não é suficiente para uma mostra completa. Em 2011 o Piso 1 apresentava uma mostra de arte que ia de 1960 a 2010, que dava continuidade ao período 1900-1960, instalado no Piso 2 do Museu. Com estes núcleos expostos em permanência, era proposta uma panorâmica da história da arte do século XX até aos nossos dias.
A visita iniciava-se com o Minimalismo, o Conceptualismo e a Arte Povera, movimentos que originaram uma pluralidade de atitudes modificadoras do estatuto do objeto artístico; em seguida percorria também as emergências da narrativa e as reconfigurações da imagem fotográfica ou em movimento, e concluía-se com uma diversidade dos discursos de alteridade e uma generalizada prática de interrogação do arquivo histórico.
(Ver mais em: http://www.museuberardo.pt/original_site/Files/MCB_CB_1960-2011.pdf)
No último piso esperava-nos a bela e intrigante exposição com os trabalhos de Vik Muniz. Diamantes, caviar, açúcar, calda de chocolate, lixo, vários materiais reciclados, compota de morango e muitos outros materiais, são utilizados por Vik Muniz para realizar os seus belos e imaginativos trabalhos.
É simplesmente surpreendente a obra deste artista de São Paulo, que começou sua carreira como escultor, no final de 1990, depois de se mudar do Brasil para Chicago, e em seguida para Nova York.
O artista começou a se destacar mundialmente com a série Sugar Children (Crianças do Açúcar - 1996), a partir de uma viagem feita ao Caribe, na Ilha de Saint Kitts, onde fotografou filhos de operários de uma plantação de açúcar, retornando a Nova York para reproduzir estas imagens em papel preto e usando vários tipos de açúcar para desenhá-las e em seguida fotografá-las.
Vik considera-se um desenhador, escultor, geógrafo e até cientista. A sua arte funde variadas técnicas, desde a montagem até à fotografia das suas obras. Obras como a Mona Lisa feita com compota, é depois fotografada ou um Mapa Mundo realizado com pedaços de computadores velhos, despertam a curiosidade do público visitante, sendo a originalidade o seu denominador comum.
Visitar a sua obra é fazer um pequeno passeio reflexivo pela história da arte. Algumas de suas obras são reproduções surpreendentes de obras do Renascimento, do Barroco, do Romantismo, que aproveita as liberdades trazidas pelas vanguardas do início do século passado e representando exemplarmente as tendências contemporâneas, onde não faltam referências ao pop arte de Andy Warhol, numa mistura que originou uma obra fabulosa, original e criativa.
Fonte: http://www.museuberardo.pt/ http://cinples.blogspot.pt/2011/
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