Lisboa - 3º Dia - Visita ao Mosteiro dos Jerónimos - Parte VIII

Sai-se do Refeitório e continua-se o percurso pelo Claustro em direção à Sala do Capítulo.
À medida que se vai andando nas galerias do Claustro, reparamos que o Claustro dos Jerónimos tem dois pisos com tetos abobadados. Nas alas e arcos do piso inferior abunda uma decoração manuelina, com representações naturalistas (plantas e animais de terras distantes), símbolos nacionais e emblemas do rei, bem como temas religiosos e náuticos, como é aliás normal neste tipo de estilo.


No piso superior a decoração é renascentista obedecendo a uma evolução natural do projeto, à medida que foi sendo executado sob a responsabilidade dos mestres João de Castilho e Diogo Torralva.
A caminho da Sala do Capítulo não podemos deixar de reparar no Túmulo de Fernando Pessoa. Este poeta nasceu em Lisboa em 1888 e morreu em 1935. Os seus restos mortais foram trasladados para o Claustro do Mosteiro dos Jerónimos em 1985. Fernando Pessoa escreveu um livro de poemas alusivos ao tema dos Descobrimentos, que é um marco na literatura portuguesa e se chama Mensagem. Para além disso, Fernando Pessoa gostava de visitar os Jerónimos com frequência.


Nos mosteiros, a Sala do Capítulo era a sala de reuniões dos monges. Após a missa da manhã, a comunidade juntava-se na Sala do Capítulo para a reunião diária que começava com a lembrança do santo do dia, seguindo-se a leitura de um Capítulo da Regra de Santo Agostinho. Depois os monges discutiam problemas relativos à sua vida administrativa: compra de terras; atribuição e distribuição de determinadas tarefas entre eles, etc. A disciplina era também um assunto ali tratado.
Neste Mosteiro, o Portal da Sala do Capítulo ficou terminado no séc. XVI. O seu interior é do séc. XIX, conforme a inscrição num dos fechos da abóbada. É nesta sala que ao centro está colocado o Túmulo de Alexandre Herculano, historiador e romancista do séc. XIX, e primeiro presidente do Município de Belém.

De novo no Claustro, encaminhamo-nos para a porta que dá acesso ao segundo piso do Claustro e ao Coro-Alto. Antes, porém, deve reparar-se na parede sul, com as várias portas que correspondem aos antigos confessionários. Do outro lado da parede ou seja, do lado da igreja, há portas iguais a estas. O confessor entrava pelo Claustro e o penitente pela igreja, ficando ambos separados por uma grade de ferro.
Fonte: http://www.strawberryworld-lisbon.com/ http://www.mosteirojeronimos.pt / http://www.e-cultura.pt/WebPatriPatrimonio.aspx?IDPatrimonio=2489&print=1

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