Chambord é o maior e mais famoso de todos os castelos da região do rio Loire, e é também um dos mais belos exemplos do estilo característico da arquitectura da renascença. Ele costumava ser descrito pelo poeta Vigny como O Castelo Mágico, e isto é compreensível quando vemos os números e dados relacionados com a sua construção.
Para erguer Chambord foram necessários 1800 homens, trabalhando durante vários anos. O terreno do palácio, incluindo os bosques à sua volta, cobrem uma área de 5.500 hectares, e o edifício mede aproximadamente 160 metros de comprimento por 120 metros de largura. Ao todo tem 440 aposentos, 14 grandes escadarias, 70 escadas menores, e 365 lareiras. Como se não fosse suficiente, Chambord ainda teve seu projecto elaborado em parte por Leonardo da Vinci.
É um dos mais conhecidos castelos do mundo devido à sua distinta arquitectura em estilo renascentista francês que combina as suas formas medievais francesas tradicionais com as estruturas clássicas italianas. Embora seja o maior palácio do vale do rio Loire, foi construído apenas para servir de pavilhão de caça a Francisco I de França, que mantinha a sua residência no Château de Blois e no Château d'Amboise.
O projecto original do Château de Chambord é atribuído, apesar de várias dúvidas, a Domenico da Cortona, cujos modelos de madeira sobreviveram tempo suficiente para serem traçados por André Félibien, no século XVII. Porem alguns especialistas, afirmam que o arquitecto renascentista francês Philibert Delorme teve um papel considerável no desenho do palácio.
Chambord foi alterado consideravelmente ao longo dos vinte anos que durou a sua construção (1519 ‑ 1547), período durante o qual foi supervisionado in loco por Pierre Neveu. Em 1913, Marcel Reymond fez a primeira sugestão de que Leonardo da Vinci, um convidado do rei Francisco I, em Clos Lucé próximo de Amboise, fosse responsável pelo desenho original, o qual reflecte os planos de Leonardo para um château em Romorantin para a Rainha-mãe, e o seu interesse no planeamento central e na escadaria em dupla-hélice; a discussão ainda não está concluída. Próximo do final da obra, o Rei Francisco I exibiu o seu enorme símbolo de poder e riqueza, ao convidar o seu velho inimigo, Imperador Carlos V, para Chambord.
Os telhados de Chambord contrastam com o resto da sua construção e têm sido comparados frequentemente com a silhueta de uma cidade (figura 2 a contar de cima): mostram onze tipos de torres e três tipos de chaminés, sem simetria, enquadrados nas esquinas das torres massivas. O seu desenho tem paralelo com a arquitectura característica do Norte da Itália e as obras arquitectónicas de Leonardo.
Merecem destaque, os apartamentos reais, galerias, escadarias e labirintos diversos, dentro do castelo, assim como a capela real, e as sacadas superiores, com uma vista fantástica para os bosques em volta. Outro ponto famoso é sua engenhosa escadaria dupla central, projectada de forma que duas pessoas, podem subir e descer sem se encontrarem no trajecto. Vale a pena também observar os tetos decorados com a salamandra, símbolo do rei François I, que tem as suas iniciais gravadas por todo lado.
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