Deixamos Carnac
já ao final da tarde e rumámos a Vannes
onde queríamos ir pernoitar e onde já tínhamos passado de raspão para irmos até
Carnac.
Já chegámos a Vannes
tarde, e como o GPS não detetava qualquer AS perto da cidade, resolvemos ir
para o parque de campismo municipal, o Camping
du Conleau, que se encontra bastante afastado da
cidade.
Lá chegados encontrámos a receção e as cancelas
fechadas, mas por sorte, um francês acampado no parque, que no seu dizer tinha
muitos amigos portugueses, abriu-nos a cancela para entrarmos. Há entrada o
parque possuía uma AS para autocaravanas, mas estava lotado, pelo que fomos
para o interior do parque.
O Camping du Conleau fica
situado na periferia da Península
Conleau, de onde tirou o seu nome. Esta península foi uma ilha no passado,
e está agora permanentemente ligada ao continente por uma ponte lhe confere um
charme especial. Hoje é um lugar tranquilo, com algumas casas cafés e
esplanadas e uma enorme mata de pinheiros, que alberga um circuito de
manutenção e pista de ciclistas, sendo um prazer pedalar por ela.
O parque é um lugar também muito tranquilo, ótimo para descansar e relaxar,
com a água do golfo ali bem perto, possuindo uma enorme piscina de água do mar
a céu aberto.
No dia seguinte fazia bom tempo e resolvemos ir de
bicicleta até Vannes. Foi pedalar
até mais não, uma vez que a estrada era sempre a subir e contornava toda a
baía.
No coração do
Golgo Morbihan, no sul da Bretanha, Vannes é uma cidade muito antiga, com
mais de 2000 anos, que está localizada na foz de dois rios, o Marle e Vincin. É uma cidade
ligada ao mar por uma baía bastante bem protegida.
O seu nome provém da palavra “Veneti”, um povo marítimo celta, que vivia na parte sul-ocidental
da Armórica (are mori -
"à beira-mar"), na antiga Gália,
antes das invasões romanas. Os veneti foram derrotados pela frota de Júlio César em 56 a.C. em frente da
pequena aldeia piscatória de Locmariaquer,
que ainda hoje existe; todos os veneti foram mortos ou levados e vendidos como
escravos. Os romanos vencedores estabeleceram-se em “Darioritum” (o nome romanizado da cidade gaulesa de Vannes) num local anteriormente
pertencente aos Veneti.
Durante a primeira metade do séc. VI, Benetis (antigo nome de Vannes) pertenceu ao condado de Waroch um conde galo-franco e primeiro
senhor da região, que era segundo reza a história, um homem bom e justo.
De acordo com uma lenda, um monge eremita chamado Gweltas
(Saint Gildas), que tinha fugido da
Grã-Bretanha e que vivia por aquelas terras, veio visitar Waroch para lhe pedir um pedaço de terra perto da costa para se
deter em oração. Waroch, que era um
homem justo e temente a Deus e que
reverenciava os seus ministros, quando estes eram fiéis às suas promessas, ou
seja, quando se mostravam piedosos, humildes e defensores dos pobres,
ofereceu-lhe uma casa e campos na Península
de Rhuys, onde Saint Gildas
fundou uma abadia.
Saint Gildas (c. 500-570) veio a ser no séc. VI, uma das figuras
melhor documentadas da igreja cristã nas ilhas britânicas durante este período.
Gildas viveu grandes experiências na
sua vida que lhe proporcionou viajar, casar e, até, viver como eremita. Essas
experiências tornaram-no um homem com uma capacidade de observação e reflexão
profundas. Os seus conhecimentos e ensinamentos, bem como o seu estilo literário,
valeram-lhe a designação de Gildas Sapiens (Gildas, o Sábio).
É conhecido em especial pela sua obra “De Excidio et Conquestu Britanniae”,
que contém narrativas da história pós-romana da Bretanha, que é a única fonte
substancial para a história deste período. Neste seu livro, Gildas faz uma reconstituição
histórica da sociedade de sua época. Mostrando-se extremamente duro com os
homens de sua época, aponta erros e injustiças gritantes. Obviamente, os seus
textos desagradaram a muitos, e muitas também foram as críticas que receberam.
Com sabedoria, Gildas enfrentou a todos, pois, seu mais profundo desejo era
o da conversão do homem.
As suas obras tentam também criar a monástica ideal.
Fragmentos de cartas que ele escreveu, revelam que compôs uma Regra para
a vida monástica que foi um pouco menos austera do que a Regra escrita
por seu contemporâneo, Saint David,
que define adequadas penitências por sua violação.
Fonte : http://www.vannes-camping.com/
http://en.wikipedia.org/ http://www.tourisme-vannes.com/ http://amaivos.uol.com.br/
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