Quando a visita guiada ao
centro histórico de Vannes acabou,
deixou-se o comboio turístico e caminhou-se pela cidade antiga até à Cathedrale
Saint Pierre para a visitarmos.
A Cathedrale
Saint Pierre domina
toda a cidade antiga. Situada dentro de muralhas numa pequena elevação de
terreno, vê-se de qualquer ponto da cidade.
Entra-se na
cidade medieval de Vannes pela porta da prisão, que é um dos acessos
mais antigos à cidade das muralhas. Durante a idade média denominava-se Porta de Saint-Patern, em honra ao
bairro sobre o qual se abre. Esta porta possui ao seu lado direito um torreão
que serviu outrora de prisão, sendo por isso que na cidade ela é denominada de “Porta
da Prisão”, no entanto o seu nome atual é Porte St-Vincent Ferrier, em honra ao padroeiro da cidade.
A partir desta
porta, seguimos pelas belas e estreitas ruas que desembocam em pequenos largos,
com casas multicoloridas, com vigamentos em madeira, conservando o seu estado de
construção medieval em madeira.
As ruas
respiram antiguidade, pois a cidade ainda hoje mantem presentes os principais
vestígios da sua história: a muralha, os lavadouros, o mercado e os museus, a
catedral e numerosos e floridos jardins.
A
Catedral é um magnífico e enorme edifício gótico, que encontramos em pleno
coração da antiga Vannes. À sua volta as típicas casas bretãs envolvem a toda a volta a magnífica
Catedral.
Na
sua fachada principal, o portal gótico possui 12 estátuas dos apóstolos. No seu
interior encontramos vários túmulos de bispos de Vannes e de mais dois homens santos. Sepultado no coro está o túmulo San
Vicente Ferrer, um santo espanhol de
Valência, o
padroeiro da cidade, que morreu em Vannes, em 1419.
San Vicente Ferrer, também conhecido como o “Anjo do Apocalipse” (que significa anjo da
revelação divina ou
profeta
escolhido por Deus), foi um frade dominicano que depois de ensinar
filosofia e teologia em várias cidades espanholas, partiu de Espanha a fim de
pregar a fé cristã. Anos mais tarde, em Avignon (França), caiu gravemente
doente a ponto de quase falecer. Foi aí que teve uma visão de Cristo, acompanhado de São Domingos e São Francisco, conferindo-lhe a missão de pregar pelo mundo a
verdadeira fé, e repentinamente, recuperou a saúde. Partiu então para essa missão, no meio de uma grande crise espiritual na qual estava imersa a
sociedade daquela época. Nas suas pregações
segundo reza a história, havia sempre multidões e dizia-se que os pecadores sentiam-se
movidos ao arrependimento, as pessoas sedentas de perfeição seguiam-no e as
inimizades públicas cessavam.
Ainda
no interior da Catedral, na Capela da Santíssima encontra-se também sepultado o Beato Pierre René Rogue, também
conhecido por Pierre René Vampira
(1758-1796), que podemos observar numa tumba envidraçada sob o altar, vendo-se
por isso o seu corpo jacente. Este beato que foi beatificado em 1934 foi um sacerdote
que nasceu em Vannes, sendo conhecido
por sua forte devoção à religião. Foi condenado à morte e guilhotinado durante a Revolução Francesa, por ter ido às
escondidas levar a comunhão a um moribundo, enquanto
estava proibido de praticar o sacerdócio, sendo traído por denúncia de um homem, a quem sua mãe havia
conseguido trabalho e de quem ainda recebia ajuda financeira.
No final da visita à
antiga Vannes, ficámos sentados numa
esplanada mais uma vez em frente ao porto, sossegadamente a ver o entardecer,
antes de se iniciar a partida de bicicleta até
Península Conleau, a caminho do
parque de campismo.
O jantar daquele dia foi no
belíssimo Camping du Conleau,
seguido de uma caminhada refrescante pela quietude do parque.
Fonte:
http://wikitravel.org http://atreve-te-a-viver.blogspot.pt/ http://grandessantos.blogspot.pt/
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